Conhecendo alguns dados da vida da autora e, após a leitura, quer-me parecer que a sua história de vida tem muitos pontos em comum com a história narrada. Até onde acaba a ficção e começa a verdade é coisa que só a própria pode esclarecer... O que me fez também sentir isso, foi o facto de a história ter sido contada na primeira pessoa. O "eu" está sempre muito presente. Será este livro um auto retrato e terá sido uma catarse escrevê-lo?
A história não é narrada de forma linear. A narradora quase que vomita vários episódios, fazendo analepses constantes baralhando o leitor muitas vezes. Isso fez com que a leitura se tornasse mais difícil do que gostaria.
Filha de pais surdos que não fizeram nada, ou muito pouco, para comunicar com o mundo exterior e com os filhos, a protagonista sentiu-se empre estrangeira. Em casa, na escola, nas cidades/países onde morou.
Leiam-no e digam o que acharam.
Terminado em 24 de Marco de 2021
Estrelas: 4*
Sinopse
A primeira pergunta que lhe fazem sempre é como aprendeu a falar e, logo a seguir, em que língua sonha. Filha de pai e mãe surdos que se separaram pouco depois de terem os filhos, a protagonista deste livro viveu uma infância verdadeiramente febril, sempre a andar de um lado para o outro – de Brooklyn, em Nova Iorque, para Basilicata, uma aldeiazinha em Itália – e da mãe para o pai; mas, tal como uma planta obstinada, foi capaz de criar raízes em todo o lado e, já adulta, acabou por replicar este comportamento migratório, fosse por causa dos estudos, da emancipação, do inescapável amor.
Sempre Estrangeira é a história de uma educação sentimental contemporânea, desorientada pelo passado e pela consciência das diferenças físicas, das distinções sociais, da pertença a um lugar. Parte memória, parte narrativa culta e romanesca, é uma viagem fascinante em busca da auto-afirmação, na qual a geografia, a arte e a linguagem são simultaneamente armas de revolta e de redenção.
Cris
Fica na lista ☺️
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