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sexta-feira, 31 de agosto de 2012

A culpa é das estrelas de John Green


Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 256
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892320946

Queria desesperadamente que este romance não tivesse terminado! Tal como Hazel, a personagem principal desta história, anda à procura de um fim para o livro preferido dela, que acaba inexplicavelmente e abruptamente, também eu gostava muito que John Green tivesse continuado, por mais umas páginas apenas, este livro. Mas para ser bom, muito bom aliás, tinha de acabar como acabou. Tal e qual!

Mas os livros acabam quando menos se espera e às vezes a vida também... E é precisamente da VIDA que esta obra nos fala e de tudo o que com ela está associado: ao amor e à amizade, à doença e à saúde, à própria vida e à morte.

Intenso, apaixonante, este livro arrebata os nossos sentidos. Consegue-nos colocar tanto no interior da personagem principal como também na pele dos outros personagens, identificando e mesclando os nossos sentimentos com os deles.

Fala-nos do sofrimento e da perda de alguém que amamos, da morte, mas sobretudo, do Amor. Do amor altruísta entre pais e filhos, do amor forte entre casais, do amor sincero e generoso entre dois jovens.

Leitura obrigatória! 

Terminado em 29 de Agosto de 2012

Estrelas: 5*+ 

Sinopse

Apesar do milagre da medicina que fez diminuir o tumor que a atacara há alguns anos, Hazel nunca tinha conhecido outra situação que não a de doente terminal, sendo o capítulo final da sua vida parte integrante do seu diagnóstico. Mas com a chegada repentina ao Grupo de Apoio dos Miúdos com Cancro de uma atraente reviravolta de seu nome Augustus Waters, a história de Hazel vê-se agora prestes a ser completamente rescrita.

PERSPICAZ, ARROJADO, IRREVERENTE E CRU, A Culpa é das Estrelas é a obra mais ambiciosa e comovente que o premiado autor John Green nos apresentou até hoje, explorando de maneira brilhante a aventura divertida, empolgante e trágica que é estar-se vivo e apaixonado.

quinta-feira, 30 de agosto de 2012

Novidades Planeta


NÃO ODIAREI
de Izzeldin Abuelaish
Inspirador e comovente, Não Odiarei é a história de vida extraordinária deste homem, contada na primeira pessoa, que nunca vai desistir de lutar contra a violência entre palestinianos e israelitas.
Médico palestiniano formado em Harvard, nascido e criado num campo de refugiados na Faixa de Gaza, Abuelaish tem cruzado as linhas traçadas na areia que dividem israelitas e palestinianos ao longo de quase toda a sua vida, enquanto médico que assiste as vítimas de ambos os lados do conflito; enquanto humanista acredita numa melhor saúde e educação para as mulheres e numa via para o desenvolvimento no Médio Oriente.
A sua reacção a esta tragédia fez notícia e valeu-lhe prémios humanitários em todo o mundo.

A CIDADE DAS ALMAS PERDIDAS
– CAÇADORES DE SOMBRAS 5 –
de Cassandra Clare
O rapaz que Clary ama desapareceu, bem como o que odeia.
A magia da Clave não consegue localizar o paradeiro de nenhum dos jovens, mas Jace não pode ficar afastada de Clary.
Quando se reencontram, Clary descobre o horror causado pela magia de Lilith – Mal.
Apenas um punhado de pessoas acredita na salvação de Jace.
Juntos, Alec, Magnus, Simon e Isabelle negoceiam com a sinistra rainha Seelie, ponderam acordos com demónios e recorrem, por fim, às implacáveis construtoras de armas Irmãs de Ferro, que poderão forjar uma arma capaz de destruir a ligação entre Sebastian e Jace.
E terão de fazer tudo isto sem Clary, mergulhado num perigoso jogo, na mais completa solidão.
O preço da sua derrota não será apenas a própria vida mas também a alma de Jace.
Ela está disposta a fazer o que for necessário por Jace, mas poderá continuar a confiar nele?

Novidades ASA


O AROMA DAS ESPECIARIAS
de Joanne Harris
Vianne Rocher recebe uma estranha carta. A mão do destino parece estar a empurrá-la de volta a Lansquenet-sur-Tannes, a aldeia de Chocolate, onde decidira nunca mais voltar. Passaram já 8 anos mas as memórias da sua mágica chocolataria. La Céleste Praline são ainda intensas. A viver tranquilamente em Paris com o seu grande amor, Roux, e as duas filhas, Vianne quebra a promessa que fizera a si própria e decide visitar a aldeia no Sul de França. À primeira vista, tudo parece igual. As ruas de calçada, as pequenas lojas e casinhas pitorescas…

DUAS VIDAS
de Jessica Thompson
Esta é quase uma típica história de amor.
Quando os olhares de Sienna e Nick se cruzam, poderia ter sido amor à primeira vista... se Sienna não tivesse resistido com todas as suas forças. Se a intensidade dos olhos de Nick não a tivesse intimidado, levando-a a pensar de imediato:
Estes olhos. Não. Te. Deixes. Levar. Por. Eles.




ESPERO POR TI
de Bárbara Norton de Matos
Carminho é uma atriz de sucesso; está habituada a ser o centro das atenções, todos os olhos estão postos nela. Mas há dias em que preferia ser desconhecida, como agora, que tem um segredo cada vez mais difícil de esconder. Está grávida. E não sabe quem é o pai. No momento em que mais precisa de estar consigo mesma, ela é notícia em todas as revistas, alvo de todas as perseguições.


PERIPÉCIAS DO CORAÇÃO
de Julia Quinn
A sensata Kate Sheffield está decidida a encontrar para a sua meia-irmã Edwina um marido de reputação impecável. Mal ela sabe que o visconde Anthony Bridgerton já traçou um plano… que inclui a belíssima jovem! E ele não está habituado a ser contrariado…
Embora Anthony seja o solteirão mais cobiçado da temporada, a sua reputação de mulherengo perturba Kate. Ela terá de agir rapidamente, pois Edwina vê com muito bons olhos os avanços do visconde. Mas Edwina fez uma promessa que não está disposta a quebrar: nunca casará sem a bênção de Kate.

O estranho caso do cão morto de Mark Haddon


Edição/reimpressão: 2003
Páginas: 236
Editor: Editorial Presença
ISBN: 9789722330565
Coleção: Grandes Narrativas

Não fora a opinião da Teresa (aqui) e este livro ter-me-ia passado completamente despercebido! Ainda bem que, querida como é, ela se prontificou a emprestar-me esta pequena maravilha!

Escrito como se de um rapaz autista se tratasse este livro consegue fazer-nos mergulhar no interior de alguém especial mostrando-nos os seus medos e incertezas, a sua lucidez e inteligência.

Aprendemos e interiorizamos todo um comportamento de alguém a quem a sociedade (nós) denomina como "deficiente" e percebemos como o nosso comportamento perante essas pessoas maravilhosas pode não ser o mais correcto. Aprendemos com os seus pensamentos, as suas atitudes e aprendemos também o quão longe elas podem chegar: o céu é o limite! Só precisam de determinação e vontade, tal como nós.

Ao ler este livro lembrei-me deste aqui, que adorei!

Uma leitura a fixar!

Terminado em 27de Agosto de 2012

Estrelas: 5*

Sinopse

Referido pelo The Times como «um dos melhores livros de 2003» O Estranho Caso do Cão Morto é muito divertido. Conta a história de Christopher Boone, um miúdo autista, com apenas 15 anos que vive enredado no seu próprio mundo, longe de tudo e de todos. Possui uma memória fotográfica e é um aluno excelente a matemática e a ciências mas detesta o amarelo e o castanho e não suporta que alguém lhe toque. Absorvido pela sua doença, Christopher desperta um dia quando encontra o cão da sua vizinha morto, no meio do jardim, com uma forquilha atravessada. A partir daqui nunca mais será o mesmo pois só descansará quando descobrir quem cometeu tão atroz crime. Uma obra de humor irónico, que irá em breve ser adaptada ao cinema, pois os direitos para filme foram já adquiridos pelos produtores de Harry Potter, contando com Brad Pitt como actor.

quarta-feira, 29 de agosto de 2012

O fio do destino de Laura Schroff


Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 240
Editor: Edições Asa
ISBN: 9789892319469

Leitura rápida esta porque, ao saber que era uma história verídica, os meus olhos não despegaram do livro até ao fim. História que, de tão extraordinária, parece irreal.

Prova que, às vezes, o que nos parece impossível à primeira vista, pode tornar-se realidade. Muitas vezes uma semente que é plantada com amor no coração de alguém floresce quando menos se espera e verificamos que, ao dar, recebemos o que damos em dobro...

Com vidas complicadas, sem limites e onde a violência está presente e se revela em vários campos, os dois personagens-reais aprendem entre si a estabelecerem laços de confiança e de amor que irão ser-lhes úteis quando a vida lhes prega algumas partidas.

Um hino de esperança num mundo onde a violência pode quebrar todos os laços mas não o do amor!

Terminado em 26 de Agosto de 2012

Estrelas: 5*

Sinopse


E foi nesse momento que a vida de Laura mudou para sempre. Com uma carreira de sucesso no USA Today - o maior jornal americano - ela era uma mulher privilegiada mas solitária. O seu passado encerrava segredos dolorosos que a impediam de se sentir realizada e feliz. Quando viu Maurice pela primeira vez, Laura não poderia imaginar quão importante viria a ser na vida daquele menino. Maurice tinha apenas seis anos mas a sua história era já devastadora. Com o corpo e o espírito marcados por anos de abandono e fome, o único mundo que conhecia era o da violência e do caos. Com a sua tenra idade ele já sabia o suficiente para temer pela própria vida. Não rezava, não sabia como, mas pensava: Por favor, não me deixem morrer. E de certo modo, esta era a sua pequena oração. Contra todas as expectativas, Laura seria a resposta à sua prece. Com pequenos gestos de bondade, ela permitiu-lhe ter fé no futuro pela primeira vez. E Maurice retribuiu, ajudando-a a descobrir-se a si própria e à sua capacidade de amar. A amizade entre ambos transformou e enriqueceu as suas vidas. Laura e Maurice são até hoje a prova de que tudo é possível quando abrimos o coração aos outros.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A convidada escolhe... Sem ti, Inês


Este é um livro que queremos ler mas que, ao mesmo tempo, temos medo de o fazer... Abre-nos uma porta para sentimentos tão fortes e tão verdadeiros que temos medo de nos intrometer e de pisar terrenos desconfortáveis e para os quais não estamos preparados. E como é possível estar preparado? (Cris)

Nem sei o que dizer sobre esta leitura...

Posso começar por dizer que terminei o livro literalmente lavada em lágrimas. Ana Granja, uma mãe em luto, faz com este livro uma verdadeira revolução na mente do leitor, não creio ser possível ler e ficar indiferente.

Inês, uma jovem como tantas outras, em apenas seis meses perde a batalha com a anorexia nervosa, apesar de ter morrido de pneumonia, foi a anorexia que não lhe permitiu resistir.

A dor de sua mãe é neste livro exposta duma forma muito sóbria, intimista e humana. Ana Granja faz uma autêntica dissecação do processo do luto ao escrever este livro que, embora sirva os seus propósitos de vir a ajudar outros pais que passem pelo mesmo, serve principalmente de catarse ao seu sofrimento.

Queria escolher um parágrafo que fosse marcante no livro e à medida que o ia lendo fui colocando um post-it nas páginas onde encontrava algo mais adequado mas, quando cheguei ao fim do livro tinha 26 parágrafos assinalados...
Acabo por destacar apenas dois que me tocaram mais profundamente devido às
verdades que encerram:

«Dependendo, claro está, de flutuações geográficas e imposições sociais, todos nós vamos tomando consciência da morte e aprendendo a lidar culturalmente com ela. Interiorizamos o carácter efémero da vida, aceitamos a inevitabilidade da morte e preparamo-nos para o fim daqueles de quem mais gostamos. Muitas dessas perdas possuem até uma designação própria: quem perde um dos pais fica orfão, quem vê morrer o cônjuge fica viúvo. E quem perde um filho? Até a linguística se esqueceu de contemplar este desígnio, tão inesperado quanto devastador...»
Pág. 39

« O desaparecimento da minha filha fez-me perceber que a felicidade é feita de
pequenos nadas, de momentos soltos, fragmentos da vida, bem temperados pelo calor dos afectos. Lamentavelmente, a maior parte das vezes, o investimento desenfreado no futuro, a ânsia dessa utopia a que chamamos Felicidade, impede-nos de fruir esses momentos na sua plenitude. Outras vezes, são outros pequenos nadas, outros fragmentos da vida que estupidamente deixamos que ensombrem o brilho e a perfeição daqueles instantes.»
Pág. 131

Embora este livro possa estar directamente relacionado com todos aqueles que tal
com a autora sofreram a perda de um filho, não deixa de ser indirectamente um livro importante para todos nós, quer tenham ou não perdido um filho.

Este livro contém sentimentos únicos e intransmissiveis mas também passíveis de serem compreendidos e assimilados por quem o lê. Não é uma leitura nada fácil mas que deveria ser feita por todos, com abertura e sensibilidade suficientes para perceber as lições nele contidas.

Ana Granja é licenciada em Filosofia e na altura em que este livro foi editado, estava a frequentar o curso de Doutoramento em Didáctica e Formação tendo como tema do seu projecto de investigação o papel da escola no suporte aos alunos enlutados.

Para terminar, é um livro dramático, sofrido, extremamente tocante e sem sombra de dúvidas um dos melhores livros que li acerca do tema da perda de um ente querido.

Teresa Carvalho

segunda-feira, 27 de agosto de 2012

"As mulheres da Fonte Nova" de Alice Brito


Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 320
Editor: Editorial Planeta
ISBN: 9789896572907


Escolhi esta leitura primeiro pela leitura sinopse e depois de ter ido ao lançamento pelas palavras que lá foram proferidas quer por Francisco Louçã quer por Irene Pimentel.
Despertaram a minha curiosidade ao falarem nas dificuldades com que se deparavam quem nessa época viveu, tanto pelas restrições impostas pelo regime, como também pelos aspectos sociais e culturais que ditavam os costumes de então.

Não me foi fácil entrar no estilo desta escritora. As palavras não têm rodeios. Duras, cruéis. Palavrinhas e palavrões. Mas, ao fim de algumas páginas, estava deliciada. Discurso directo, indirecto, figuras de estilo multiplicando-se na nossa frente, combinando-se entre si na perfeição e criando um estilo muito próprio, nada convencional.

As personagens recriam uma época e, mesmo sem querer, vamo-nos lembrando de histórias parecidas contadas por que viveu numa época onde a ignorância e a obediência eram valorizadas por quem estava no poder... Mas é aos poucos que vamos percebendo como a autora, sabiamente, mesclou aspectos reais com ficção.

Não pude deixar de ler em voz alta alguns parágrafos, de humor requintado, que me fizeram sorrir e ter vontade de os partilhar com quem nessa altura se encontrava a meu lado. Os momentos especiais devem ser partilhados e este livro possui alguns realmente surpreendentes.

Um aspecto que me atraiu nesta leitura foi a interferência de numa personagem, logo no início, que questiona o narrador, ajudando-nos a situar na narrativa, percebendo melhor as ligações dos personagens entre si.

Um romance que, quando findo, nos deixa a pensar e a reflectir em tudo o que foi dito sobre o Estado Novo e no que ficou por dizer, subentendido que estava nesta narrativa.
Gostei realmente!

Terminado em 25 de Agosto de 2012

Estrelas: 6*

Sinopse


Cidade de Setúbal, décadas de 30, 40, 50 e 60 do século XX. Num Portugal provinciano, amordaçado e eternamente adiado, Arminda e Maria João nascem no mesmo bairro, no meio da mesma miséria, numa cidade que adormece e acorda ao som das sirenes da indústria conserveira e onde se cruzam múltiplos interesses nacionais e internacionais.

Os seus destinos serão bem diferentes, construídos com obstinação e persistência, tentando não levantar mais ondas do que aquelas que sacodem periodicamente esta cidade de gente do mar. As teias femininas do Largo da Fonte Nova vão-se tecendo sub-reptícias, subversivas, subtis, contra ventos e marés, a romper o cerco do medo e da pobreza de meios e de espírito.

Alice Brito consegue, em As Mulheres da Fonte Nova, a proeza de nos dar, num fundo histórico sólido e rigoroso, uma narrativa forte, de mulheres de armas, realistas e sem concessões, onde um humor desconcertante e um estilo atual despem o drama destas vidas de qualquer sentimentalismo, deixando-nos só com a paixão de uma grande história, que se lê de um fôlego. É urgente, no Portugal da segunda década do século XXI, conhecer estas mulheres.

domingo, 26 de agosto de 2012

Ao Domingo com... Nuno Miguel Miranda

"Chamo-me Nuno Miguel Miranda, nasci em Lisboa em 1979, fui criado no bairro de Alfama, onde ainda hoje resido e adoro viver...

Aceitei este desafio, que, acreditem, não é nada fácil...
Sempre detestei falar de mim, despejar palavras sobre a minha pessoa, por assim dizer...
Sou defensor de que as pessoas se vão conhecendo todos os dias, seja por uma conversa, um comentário, ou mesmo uma ideia que defendam ou uma simples partilha de algo.

O que me puxou até aqui, foi o meu blog, que deu depois origem a uma página no Facebook e por fim, a realização de um sonho, em forma de livro.

Todas as plataformas, com o mesmo nome, “Parvoices” de Um Sonhador.
Nome esse que muitos dizem, não ser, espelho do conteudo, pois que de parvoices, nada têm os meus textos...

O nome surgiu perto de 2004/2006 quando me aventurei  pelas novidades que eram na altura os blogs.
“Parvoices” , entre aspas porque sempre disse, que seriam as minhas parvoices, as minhas palavras, as minhas ideias, os meus sonhos e até a minha dor, por vezes acompanhadas das minhas lágrimas...

Muitos dos meus textos, têm um pouco de mim, um pouco de sonhos, de ideias, de imaginação e fragmentos do dia a dia, em muito, comum a tantas outras pessoas...

O meu livro, surgiu em 2011 pela mão da Editora Universus,  após muita insistência de um pequeno publico que me segue desde o inicio da criação do blog, e depois já com a criação da página no Facebook.
Posso dizer que se não fosse a insistência deles, e o dizerem-me que arriscasse e que sim, os meus textos, valiam a pena serem partilhados e editados...

Confesso, que nunca acreditei, apesar de o ter sonhado, com o desfecho que hoje vejo.
Um livro editado, o gosto pela escrita, aumentado e melhorado, tanto que agora, chega a ser um vicio, e cada vez quero escrever mais e sinto vontade de o fazer todos os dias.
Seja no metro a caminho de casa, pego no telemovel e lá surgem umas palavras, ou um comentário a um texto e quando dou por mim, só de si, esse mesmo comentário é um texto.
Vejo uma foto que gosto, abro uma folha de texto e lá vão palavras voando livremente, ideias emoções e sentimentos.
Gostaria, ainda este ano, de editar o segundo livro.
Veremos como as coisas correm, mas uma coisa eu sei... Com o bichinho já em mim, não me ficarei por aqui, e inclusivé, outros projectos associados aos meus textos, surgem em sonhos e planos futuros.

Quero agradecer à Cristina Delgado por este convite e que com carinho aceitei...
Também claro agradecer à Editora Universus, a toda a equipa, mas em particular à Maria José Lacerda,  por todo o apoio e carinho dado não só a mim, mas a todos os autores que se dirigem até à editora,
E o maior agradecimento, à minha filha claro, pois é ela a minha maior força, e o motivo de continuar aqui...

Obrigado"
Nuno Miguel Miranda

Parvoices de um Sonhador
Facebook – http://facebook.com/parvoices.de.um.sonhador
Blog – http://sonhandolivremente.blogspot.com
Facebook (pag pessoal) - https://www.facebook.com/mirandanuno79

Um dos textos que mais adoro e que vos sugiro

Lágrima
http://sonhandolivremente.blogspot.pt/2009/04/lagrima.html

Sonhem e lutem pelos vossos sonhos, sempre, pois um dia eles tornam-se realidade

sábado, 25 de agosto de 2012

Um livro numa frase



"Por vezes, se não se anda para trás, não se consegue andar em frente."


in pág. 295, "Álbum de Verão" de Emylia Hall
Frase escolhida por Cris

sexta-feira, 24 de agosto de 2012

D.Estefânia, um trágico amor de Sara Rodi


Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 208
Editor: A Esfera dos Livros
ISBN: 9789896263867

Gosto de romances históricos. Gosto especialmente quando eles me fazem sentir na pele as emoções e sentimentos de alguém, sobretudo mulher, que viveu numa época diferente da minha.

E este romance, escrito na primeira pessoa, conseguiu transportar-me para 1858, viver com um nó apertado a vida e morte da rainha D. Estefânia, esposa de D. Pedro V, que só "reinou" em Portugal durante 14 meses. E sentir-me no leito de morte desta princesa que tanto fez e tanto mais queria fazer pelos desfavorecidos, fez-me engolir uma lagrimazita pois Sara Rodi soube aproveitar muito bem os acontecimentos históricos verídicos e mesclá-los com a elaboração de uma personagem muito humana  e cheia de paixão pela vida e por D. Pedro.

O amor entre o rei e a sua rainha, D. Estefânia, a comunhão de ideias que partilharam numa época em que isso não era tido como natural e usual, despertou o meu carinho e empatia por esses dois seres que se completavam tão profundamente.  

Os factos verídicos, muitos deles desconhecidos para mim, fizeram com que a minha atenção se fixasse nesta leitura, que devorei.

Terminado em 21 de Agosto de 2012

Estrelas: 4*+

Sinopse

Quando D. Estefânia saiu da igreja de São Domingos, pela mão do seu marido D. Pedro V, rei de Portugal, as vozes dos portugueses ditaram-lhe o destino: a rainha vai morta! Vai de capela! Três gotas de sangue haviam-lhe manchado o vestido branco imaculado. A jovem princesa alemã não teve forças para aguentar o peso do magnífico diadema que D. Pedro lhe oferecera como prova do seu amor. Um amor cúmplice, puro e apaixonado, entre duas almas gémeas unidas em propósito, durante 14 meses. Apenas 14 meses8. Escrito na primeira pessoa, num tom confessional e recheado de emoção, a autora Sara Rodi revela-nos a apaixonante história de D. Estefânia Hohenzollern- Sigmaringen. Uma rainha que muitos portugueses viram como um anjo que lhes trouxe a esperança que tanto lhes faltava, sempre disposta a ajudar os mais pobres e desfavorecidos. Não fez mais porque morreu jovem aos 22 anos. Sem ter deixado um herdeiro para o trono de Portugal. Mas deixando um último pedido: a construção de um novo e moderno hospital que prestasse assistências às crianças pobres e desvalidas. O Hospital D. Estefânia. D. Pedro cumpriu o último desejo da sua mulher, mas o rei Muito Amado de Portugal não resistiu à morte de Estefânia e dois anos depois partiu para junto dela.




quinta-feira, 23 de agosto de 2012

Álbum de verão de Emylia Hall


Edição/reimpressão: 2012
Editor: Livraria Civilização Editora
ISBN: 9789722635240

Mal terminei esta leitura reli o último parágrafo. Já explico a razão que me levou a tal ...

A acção está tão bem desenvolvida e os segredos que durante o livro são motivo de suspense acabam por ser revelados de uma forma tão imaginativa (podiam bem ser reais!) que me agradaram deveras. 

No entanto, o destino de um dos personagens é como que esquecido e só no último parágrafo nos é aberta a porta que nos leva a imaginar o que lhe aconteceu, mas de uma forma tão imperceptível que tive de ler com mais atenção esse paragrafo que referi anteriormente, deixando em aberto todo um leque de possibilidades, um futuro para idealizarmos, tal como gosto!

Pleno de imaginação (e de pormenores sobre a Hungria que acredito serem reais) o desenvolvimento da personagem principal, quer no seu carácter quer na sua forma de ver e agir com os outros, está excepcionalmente bem conseguido. Tudo isso fez com que esta leitura fosse lida com verdadeiro prazer. 

Gostei especialmente da reviravolta que se efectuou no final e do desvendar dos segredos que nem sequer imaginávamos que existissem...   

Terminado em 20 de Agosto de 2012

Estrelas: 5*

Sinopse


Beth Lowe recebe uma encomenda.
Lá dentro há uma carta que a informa da morte da mãe, com quem cortou relações há muito tempo, e um álbum de recortes que Beth nunca tinha visto. Tem um título - Álbum de Verão - e está repleto de fotografias e lembranças reunidas pela mãe para recordar os sete gloriosos verões que Beth passou na Hungria rural quando era criança.
Durante esses anos Beth dividia-se entre os pais divorciados e dois países muito diferentes. A sua encantadora mas imperfeita mãe húngara e o seu pai inglês carinhoso mas reservado, a fascinante casa de uma artista húngara e uma casa de campo sem vida no interior de Devon, Inglaterra. Esse tempo terminou do modo mais brutal quando Beth completou dezasseis anos.
Desde então, Beth não voltara a pensar nessa fase da sua infância. Mas a chegada do Álbum de Verão traz o passado de volta - tão vivo, doloroso e marcante como nunca.

quarta-feira, 22 de agosto de 2012

A sombra do imbondeiro de Isabel Valadão


Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 256
Editor: Bertrand Editora
ISBN: 9789722524551

Não me foi difícil cheirar os aromas nem visualizar as cores desse país quente de clima e fértil de amizades que é África! Nasci lá e, embora mais nova que a autora, também tive a minha infância feliz e livre. E gostei de lá voltar através dos relatos da vida de Isabel Valadão. Se bem que não tivesse nem metade das aventuras que ela viveu... E foram tantas que ficamos com a impressão que se trata de ficção! Só mesmo num país com uma fauna e flora tão rico poderia ter vivenciado tantas maravilhas! 

O livro não está escrito na primeira pessoa, como supus no início pois sabia que transmitia as vivências da autora, mas achei a colocação da narrativa na terceira pessoa muito significativa. Como se a autora se quisesse distanciar dos acontecimentos que lhe sucederam para melhor os relatar. 

Certos vocábulos ou expressões deveriam ter, na própria folha, em baixo, o seu significado, embora eu não tivesse tido dificuldades em percebe-los já que não me são estranhos, creio que ajudaria aqueles que não estão tão à vontade com essas palavras "africanas".

Independente disso creio que esta leitura dirige-se tanto a quem esteve ou viveu no continente africano como todos aqueles que gostariam de lá ir porque as descrições pormenorizadas dos ambientes fazem-nos visitar esses lugares magníficos!

Para mim, a "viagem" valeu a pena! Recomendo!

Terminado em 18 de Agosto de 2012

Estrelas: 5*

Sinopse

«Tinha eu apenas seis anos de idade, no ano de 1951, quando teve início a estória que aqui vou relembrar. É uma estória banal de uma viagem que milhares e milhares de crianças empreenderam, em determinada altura das suas vidas. Eram crianças vulgares, portuguesas, inglesas, francesas, alemãs e belgas que fizeram um percurso idêntico, em Angola, Moçambique, Quénia, Congo, Zâmbia, Zimbabué e África do Sul, para ali levadas pelos progenitores atraídos pela magia do imenso continente africano, a terra das oportunidades, o novo El Dorado. Essa viagem fantástica até esse continente distante, simultaneamente misterioso e maravilhoso, marcou-as, indelevelmente, para o resto das suas vidas e moldou o seu carácter, para o bem ou para o mal, traçando o seu destino.»


terça-feira, 21 de agosto de 2012

A convidada escolhe... Filha da fortuna


Tenho ainda alguns de Isabel Allende na estante para ler. Sei que vou gostar tanto ou mais que aqueles que já li dela mas já tenho pensado no que me leva a pegar nalguns livros em detrimento de outros... Tenho de pegar num livro desta grande escritora e colocá-lo na mesa de cabeceira! Pode ser que assim consiga "pegar" nele... (Cris)


“Filha da Fortuna” é um grande romance de Isabel Allende cuja acção decorre entre os anos 1843 e 1853.

A figura central desta obra é Eliza Sommers mas, Isabel Allende, na senda do que é habitual na sua escrita e estilo, faz-nos retratos riquíssimos de inúmeras personagens que de forma pontual ou no tempo, partilham experiências ou percursos de vida com a heroína Eliza Sommers. Tudo isto, contextualizado na vida e na história do Chile e da Califórnia, em meados do século XIX.

Aliás, uma boa parte deste romance retrata o fenómeno que foi a corrida ao ouro na Califórnia: os sonhos, a aventura, o descobrir um mundo novo, a vida dos mineiros, o racismo, o desapossar os índios das suas terras, as diferentes comunidades imigrantes e as suas diferenças, as prostitutas e o que é viver num mundo só de homens, o papel das mulheres na nova sociedade californiana, quando a febre do ouro já tinha passado!

Eliza, a recém-nascida abandonada dentro de um caixote de sabão de Marselha, adoptada e acarinhada pela família Sommers tem, desde o início, a sua origem envolta em mistério; esses mistérios, os silêncios, os segredos de família vão sendo desocultados ao leitor à medida que a narrativa avança. O facto de ela ter abandonado a casa da família que a adoptou atrás de um amor de juventude – a sua quimera do ouro – abandonando o conforto, a segurança e as convenções e sobrevivendo do ponto de vista físico e emocional a todas as adversidades,
nem que para isso se tenha sujeitado a apagar a sua identidade, fingindo-se de homem numa sociedade de homens, deram-lhe a força necessária para sobreviver e para se tornar na mulher forte que foi e que nos aparece neste livro e em “Retrato a Sépia”, a obra que Isabel Allende escreveu depois desta. Tal foi possível não só pela sua obstinação, pela sua crença no amor, pela sua forte personalidade, mas também pelo apoio que sempre recebeu do seu amigo Tao Chi’en, mesmo distante e quando o contaco só era possível através da escrita de cartas e de
um diário. E o dar-se conta dessa imensa conquista que é a liberdade e o ser-se livre é, quanto a mim, aquilo que para Eliza é a maior felicidade e descoberta da sua vida.

É um livro muito bem escrito, muito bem documentado, que aborda a condição das mulheres em sociedades patriarcais e em particular o papel inquestionável de submissão que é atribuído às mulheres chinesas e que é assumido pela sociedade chinesa. Se umas usavam espartilhos, as outras tinham os pés enfaixados e esmagados desde crianças mas, salvas as diferenças, a desigualdade é uma constante quer se trate de mulheres ocidentais ou orientais, face aos seus
parceiros do sexo masculino.

Eliza sobreviveu porque foi uma lutadora e porque acreditou num objectivo, neste caso o amor. E essa imensa força foi reforçada com a aprendizagem da liberdade e da luta contra as convenções e espartilhos sociais numa sociedade conservadora em pleno século XIX."

Almerinda Bento

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Cavalo de fogo. Paris. de Florencia Bonelli


Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 600
Editor: Porto Editora
ISBN: 978-972-0-04375-7

Terminado em 12 de Agosto de 2012

Estrelas: 5*

Não tinha, ainda, lido nada desta escritora e fiquei agradavelmente surpreendida. A sua escrita arrebata-nos, mantém em suspense o nosso interesse durante toda a leitura, doseando romance e acção, intercalando-os de forma equilibrada, não causando cansaço, conseguindo que os aspectos verídicos de um conflito que se mantém actual - o conflito israelo-palestiniano - se mesclem com a ficção de uma forma perfeita.

O romance entre as duas personagens principais está muito bem conseguido e envolvemo-nos também nas cenas amorosas, não as considerando, por isso, descabidas ou excessivas. 

Não sabia que este livro tinha continuação e, por essa razão, li avidamente as páginas finais, certa que iria conhecer o final e poder acalmar a minha curiosidade. Tenho de esperar, (im)pacientemente, que o próximo volume seja publicado. Esse foi o único senão que encontrei nesta leitura. Recomendo!

Sinopse

Uma poderosa história de amor tendo como pano de fundo o conflito israelo-palestiniano

Matilda Martínez, uma jovem pediatra argentina, viaja até Paris para aprender o idioma antes de partir para o Congo, ao serviço de uma ONG, para ajudar os mais carenciados. Apesar das suas inseguranças, traumas e dramas, a determinação de Matilde é tão forte que nada nem ninguém conseguirá demovê-la de cumprir o seu sonho.
Eliah Al-Saud é um homem poderoso e sem piedade, descendente da família real saudita. Dono de uma empresa de segurança privada, o negócio serve de fachada a um outro tipo de serviços: de espionagem, segurança e formação de mercenários.
Desde o seu primeiro encontro que o destino os unirá numa paixão tão intensa e irrefreável que nada poderão fazer para evitar a conspiração crescente que ameaça não apenas o seu amor, mas também as suas vidas.
No cenário ameaçador e bélico do conflito israelo-palestiniano, Matilde e Eliah viverão uma aventura que os levará a percorrer o mundo e a enfrentar os perigos que cercam todos aqueles que ousam desafiar os impérios dominantes.