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terça-feira, 31 de janeiro de 2023

"À Procura de Anne Frank" (GN) de Ari Folman e Lena Guberman

Fiquei de olho nesta novela gráfica logo que ela saiu e mal a vi na biblioteca trouxe-a para ler. A capa atrai, o título também.

Quem não leu Anne Frank? Li há muito mas deve estar na hora de o reler porque não me lembrava de todo que Anna Frank tinha uma amiga imaginária, a Kitty. Descreveu-a na sua aparência e na sua personalidade. 

Os autores pegam na Kitty e transportam-na para a realidade do mundo actual, criando uma história que nos prende, onde os refugiados, sobretudo as crianças apanhadas nos meandros da guerra, têm aqui o seu papel preponderante. Esta ligação entre o passado e o presente, alerta-nos para as condições algo semelhantes. São migrantes em busca de asilo, paz e muitas vezes encontram países que não os aceitam e os rejeitam. "Em 2020 mais de dezassete milhões de crianças viram-se forçadas a abandonar o seu país natal."

Paralelamente, constata-se que o antisemitismo não acabou. Mas não só. O ódio com base na raça/cor da pele, sexo ou religião vive nos nossos dias e não parece ter hoje uma merecida morte.

Mas esta história é uma história de esperança e onde o amor vence. Que assim seja na vida actual.

Terminado a 12 de Janeiro de 2023

Estrelas: 5*

Sinopse

No seu famoso diário, Anne Frank criou uma amiga imaginária, Kitty. Agora, o realizador e autor Ari Folman, juntamente com a artista Lena Guberman, dão-lhe vida.

Quando uma estranha tempestade se abate sobre Amesterdão e quebra o vidro que protege o diário guardado na Casa de Anne Frank, Kitty irrompe daquelas páginas e vai viver uma verdadeira aventura em busca da sua amiga.

Acompanhada pelas memórias dos dias passados no anexo secreto, Kitty percorre as ruas da capital holandesa de hoje e com a ajuda de amigos inesperados irá descobrir o que foi o Holocausto, o que isso significou para Anne e o que, por sua vez, o seu diário continua a representar para as crianças de todo o mundo.

À procura de Anne Frank é uma história apaixonante, lançada simultaneamente em livro e em filme de animação.

Cris

segunda-feira, 30 de janeiro de 2023

"O Fim de Lizzie" de Ana Teresa Pereira

Conheço Ana Teresa, já há muito, através de conversas com amigas. Não é uma autora que reuna consenso. Uns adoram, outros não. Os seus livros não são muito grandes mas, do que me falaram, existe todo um ambiente que lhes é próprio e os torna "parecidos". 

Também foi lido para um grupo de leitura e escolhi este porque já morava nas minhas estantes.  Desse "ambiente" destaco alguns aspectos: paisagens floridas, com algum nevoeiro, lagos, cheiros intensos, personagens que muitas vezes aparentam ser algo mas que, depois, subitamente, não são o que parecem à primeira vista. O leitor tem de se preparar para alterar a sua opinião sobre aquilo que pensa sobre eles e sobre o enredo da história em si.

A história prende rapidamente. O enredo necessita de atenção constante porque muda completamente de sentido. São duas histórias sobre Lizzie que desconsertam o leitor, contadas sempre pelo narrador, alguém que a ama, que a conhece desde criança. E no entanto, ela é descrita de formas diferentes chegando a ser algo irreal.

Fiquei muito curiosa para conhecer mais obras de Ana Teresa e verificar se estes mundos diferentes que ela cria com as personagens que descreve se mantêm. É-me difícil expressar e sequer contar a história mesmo que fosse esse o propósito desta opinião, que evidentemente não é.

Lerei mais para saber se fico fã da autora. Só com um livro não consigo dizê-lo.

Terminado em 11 de Janeiro de 2023

Estrelas: 4*+

Sinopse

«Uma antiga namorada disse uma vez que eu tinha o ar de quem passou algum tempo no inferno e está ainda um pouco chamuscado; mas era mais comum dizerem-me que tinha um aspecto felino.

A descrição não me desagradava.

Alto, magro, de olhos azuis, rosto de traços felinos. Suponho que as mulheres sempre me acharam bem parecido, ainda que o ar de ter passado algum tempo no inferno fosse um pouco inquietante. Mas as mulheres gostam de sentir medo.

As amigas de Lizzie diziam que ficávamos bem um com o outro. Lembro-me de uma delas ter afirmado que os nossos filhos seriam lindos. Os nossos filhos.

Não sei o que teria acontecido se Lizzie engravidasse naquela altura. Ou antes, acho que sei. Eu teria ficado doido de alegria, embora o dinheiro mal chegasse para vivermos os dois. E ela…»

Cris


sexta-feira, 27 de janeiro de 2023

"Cidade Infecta" de Teresa Veiga

Li este livro porque foi o escolhido de um clube de leitura a que vou com alguma regularidade e ainda o facto de já o ter em casa, assim como já ter ouvido falar bem de Teresa Veiga. Sabia que tem alguns livros de contos e tem ganhado prémios com os mesmos. Não sou leitora de contos mas este livro, por ser romance, tinha-me despertado a atenção na Feira do Livro de Lisboa.

Lê-se bem mas faltou algo que me fizesse apaixonar por ele; em termos de história, porque sobre a escrita só tenho a dizer bem.

As personagens principais são duas mulheres que se conhecem num curso de informática numa cidade do interior e se tornam amigas. Diferentes personalidades, contextos sociais diferentes mas algo as atrai e une. 

Há um pouco de tudo. Desentendimentos familiares que se tornam em agressões, amores proibidos, transgressões sociais e até uma morte, um assassinato do qual, aparentemente, não se descobre o autor.

Mas como disse faltou-me qualquer coisa. Talvez uma rebeldia da parte das "meninas" e um desenvolvimento mais apurado de alguns acontecimentos.

Terminado em 8 de Janeiro de 2023

Estrelas: 4*

Sinopse 

Numa pequena cidade do interior, onde a vida segue os trilhos da tradição, a tranquilidade dos moradores é violentamente interrompida pelo assassínio de uma mulher, e as ruas pacatas ganham sombras suspeitas sempre que cai o entardecer.

Raquel e Anabela nada teriam em comum, não fosse uma determinação férrea em conduzir a vida familiar e a frequência de um curso de informática. Mas apesar de diametralmente opostos, ou precisamente por isso, os seus traços de carácter acendem de imediato a chama da amizade.

Quanto estão prestes a desvendar uma à outra os seus mais inconfessáveis segredos, eis que se abate sobre Oliveira uma nova e devastadora tragédia.

Cris

quinta-feira, 26 de janeiro de 2023

"Vista Chinesa" de Tatiana Salem Levy

Por quanto tempo mais vou deixar nas estantes livros que merecem a minha leitura? Fui ficando sem palavras durante a leitura desta obra! Quando a terminei, sem palavras continuei.

Que leitura brutal, que escrita crua sem pejo nem medos de chamar pelos nomes o que de mau acontece quando uma pessoa é estuprada! Sim, estuprada. Há no som desta palavra algo que nos faz encolher e apertar as nossas entranhas. Estupro, palavra que o dicionário diz significar "acto de forçar alguém a ter relações sexuais contra a sua vontade por meio de violência ou ameaça". Quando essa violação tem rosto porque as palavras são muito visuais, quando essa violência física é descrita cruamente, o leitor sente-se terrivelmente perturbado. Foi o que senti com esta leitura e possivelmente irá acontecer a quem a ler.

A personagem principal é a narradora, embora a narradora não seja a autora. Escreve com o primeiro intuito de dar a conhecer futurmente aos filhos gémeos, que possuem apenas 3 anos, o que lhe aconteceu. Porém, com o decorrer da narrativa vai-se instalando nela a dúvida se isso seria o melhor para eles.

Esta obra foi lida para um clube de leitura cujo tema seria "Gelo e Fogo". Há gelo pior que aquele gelo interior que nos impede de viver? Que nos sufoca interiormente após um acontecimento traumático? Que nos acompanha para o resto da vida?

As vezes sem conta que a narradora foi chamada à esquadra da polícia para contar o sucedido e reconhecer possíveis suspeitos, as questões insistentes colocadas repetidamente pela polícia, a sua indecisão em acusar alguém injustamente, tudo nos remete para o caos em que ela viveu de uma forma perturbadora.

Tatiana Salem Levy refere, numa nota final do livro, que se baseou em factos reais que tiveram lugar no Rio de Janeiro em 2014. A violação aconteceu realmente a uma amiga muito próxima, que lhe contou o sucedido e a autorizou a escrever o romance, dando-lhe o consentimento, inclusive, de divulgar o seu nome.

Obrigatório ler.

Terminado em 4 de Janeiro de 2023

Estrelas: 6*

Simopse

Antes de uma reunião de trabalho, Júlia sai de tarde para correr e, enquanto sobe o trajeto para a Vista Chinesa, o famoso miradouro no parque natural da Tijuca, em plena cidade do Rio de Janeiro, desligada do mundo e de headphones nos ouvidos, um homem de mãos enluvadas surge repentinamente, encosta uma pistola na cabeça dela e arrasta-a para o meio da mata. Júlia é violada. Sobrevive. Anos depois, já mãe, recorda o horror vivido e as sequelas daquela terça-feira de 2014 — a dor, a raiva, o medo de acusar um inocente e a força redentora da vida que continua.

«A partir do momento em que começamos a ler, já não é possível parar. Uma poderosa celebração da vida. Pode pedir-se mais da literatura?» — José Eduardo Agualusa

Relato de uma história real de violação, Vista Chinesa é um romance perturbador, corajoso e necessário, que reflete sobre a violência ancestral contra a mulher e a transforma em grande literatura. Um livro que incomoda, de rara qualidade literária, e que foi recebido de forma entusiástica pela crítica.

Cris

sexta-feira, 13 de janeiro de 2023

"Todos os Nomes" de José Saramago

Quero pegar mais vezes nos livros de Saramago! Li o Claraboia recentemente, gostei e uma amiga
aconselhou-me este. Confesso que pego sempre a medo nos livros do nobel português e não sei concretamente a razão disso porque o primeiro que li dele foi um livro que não me importava de reler, porque gostei muito, o Ensaio Sobre a Cegueira.

Este livro possui uma personagem fabulosa, o Sr. José, funcionário da Conservatória do Registo Civil.  Com uma imaginação sem limites, Saramago, molda-o de uma forma que o leitor, apaixonado pelas descrições feitas, consegue-o visualizar na perfeição. Excêntrico, solitário, sem amigos, cumpridor das regras sociais ao extremo (excepto quando a sua paixão por colecionar "vidas" de famosos o leva a entrar à noite na Conservatória para copiar os registos existentes!), o Sr José é único! 

As suas incursões noturnas e posteriormente diurnas levam-no (e a nós!), cada vez mais, a transgressões que podem fazer perigar o seu emprego e transportam o leitor para deliciosas aventuras, narradas com uma mestria assinalável!

O final, esse final!, deixou-me a pensar. Que raio? Há livros que valem pelo final que possuem, outros, como este, vale pelos pormenores do enredo, pelo decorrer da história que é de uma imaginação surpreendente!

Mas leiam, leiam que merece muito a pena! Terminei em beleza o ano de 2022.

Terminado em 31  de Dezembro de 2022

Estrelas: 6*

Sinopse

O protagonista é um homem de meia-idade, funcionário inferior do Arquivo do Registo Civil. Este funcionário cultiva a pequena mania de colecionar notícias de jornais e revistas sobre gente célebre. Um dia reconhece a falta, nas suas coleções, de informações exatas sobre o nascimento (data, naturalidade, nome dos pais, etc.) dessas pessoas. Dedica-se portanto a copiar os respetivos dados das fichas que se encontram no arquivo. Casualmente, a ficha de uma pessoa comum (uma mulher) mistura-se com outras que está copiando. O súbito contraste entre o que é conhecido e o que é desconhecido faz surgir nele a necessidade de conhecer a vida dessa mulher. Começa assim uma busca, a procura do outro.

Cris

quinta-feira, 12 de janeiro de 2023

"Minha Sombria Vanessa" de Kate Elizabeth Russell

Relato perturbador de um envolvimento entre uma rapariga de 15 anos, que gosta de ler e escrever e um
seu professor com cerca de 30 anos mais. Várias referências a "Lolita" de Nabokov, livro que é lido por Vanessa ofertado por Strane, o professor. Chamemos a coisa pelo nome: esta obra retrata um caso de pedofilia em que a abusada, de tal forma foi manipulada, acredita que viveu um grande amor, incompreendido por todos.

Dois períodos da vida de Vanessa são narrados aqui pela própria. Em 2000, quando tinha quinze anos, aluna de um colégio interno e, mais tarde, em 2017 quando trabalhava num hotel, segundo me recordo, e é confrontada com a notícia que Strane está a ser acusado de pedofilia por outras raparigas. Vanessa não acredita, defende-o. A manipulação psicológica efetuada por Strane mantém-se apesar do afastamento dos dois. Ela crê que o amor deles foi especial.

E isto, vindo de uma mulher, foi o que mais me surpreendeu. Vanessa tornou-se uma mulher de relacionamentos instáveis, insegura e emocionalmente imatura. Ficou presa a esse passado. Mesmo quando confrontada que não tinha sido a única, Vanessa não admite o abuso!

É um livro forte, impactante e perturbador. O leitor apercebe-se da armadilha criada por Strane e vê, irremediavelmente de mãos atadas, Vanessa a cair na esparrela. Frequentemente sozinha, insegura, sem amigas, Strane vê nela um alvo fácil. O leitor assiste angustiado! O predador e a presa. Vanessa, ingénua, dá o seu consentimento. Gosta de se sentir especial para alguém por quem sente admiração. Mas não nos esqueçamos que se trata um caso de pedofilia. 

Escrito de uma forma muito fluida com um enredo hipnotizante, este livro não deve ser lido por corações frágeis. É perturbador mas muito bem escrito!

Terminado em 28 de Dezembro de 2022

Estrelas: 4*

Simopse

"Um romance explosivo e perturbador que explora as dinâmicas psicológicas da relação entre uma adolescente ingénua… e o seu malicioso professor Em 2000, Vanessa Wye é uma adolescente de 15 anos ambiciosa e solitária. Sonhando ser escritora, não se importa de estar sempre sozinha, mas abre uma exceção quando Jacob Strane, o seu professor de inglês, lhe começa a dar mais atenção. Antes que Vanessa tenha consciência, iniciam uma relação, e ela acredita que ele realmente a ama.

Em 2017, uma ex-aluna acusa Strane de abuso sexual. Vanessa fica perante uma escolha impossível: ficar calada, acreditando que se havia envolvido voluntariamente naquela relação… ou redefinir a sua grande história de amor como mera violação. Por um lado, não quer rejeitar esse primeiro amor, o homem que a transformou e tem sido uma presença constante na sua vida. Por outro, será possível que ele seja muito diferente do que ela pensava? Será ela apenas mais uma vítima? Alternando entre passado e presente, Minha Sombria Vanessa é um retrato excecional de uma adolescência conturbada e das suas consequências, levantando questões cruciais sobre liberdade, consentimento, abuso e vitimização, captando de forma brilhante uma cultura em mudança que transforma as nossas relações e a própria sociedade."

Cris

quarta-feira, 11 de janeiro de 2023

"Foi Assim a Guerra das Trincheiras" (GN) de Jacques Tardi

Já tinha ouvido alguém falar bem desta graphic novel e, quando a vi disponível na biblioteca, trouxe-a com prazer. Não se trata de uma história única sobre uma personagem na Primeira Guerra Mundial mas são sim vários acontecimentos contados de uma forma não cronológica que envolveram vários homens, que mais não queriam que voltar sãos e salvos para casa.  Todos tinham algo em comum: desejavam que a guerra acabasse! 

Muito embora não haja um relato cronológico e estes homens, que lutavam pelo lado francês e que aqui surgem retratados, tenham quase todos um triste fim, a história lê-se de uma forma corrida. A impressão que ficamos ao ler estas páginas é que estes homens mais não eram que meros peões cujas vidas não tinham nenhum valor. São impressionantes as ordens que recebem sabendo de antemão que provavelmente não vão regressar a casa. Isto quanto ao texto.

Quanto às imagens, todas a preto e branco, são de um realismo gritante e impressionante. As expressões faciais são muito reais, transmitindo o medo, a ansiedade, a brutalidade. A falta de condições, as ordens sem nexo.  Em suma, a morte.

Brutal e que merece ser lido! 

Terminado em 28 de Dezembro de 2022

Estrelas: 5*

Sinopse

"O que interessa a Tardi, é mostrar o absurdo de um conflito e a confusão dos pobres coitados arrastados nesta máquina que os tritura sem perdão. Tardi fala da guerra, de todas as guerras. Com a angústia de a ver regressar um dia, em toda a sua loucura assassina."

- Gilbert Jacques

"Foi Assim a Guerra das Trincheiras não é o trabalho de um "historiador"... Não se trata de uma história da Primeira Guerra Mundial em banda desenhada, mas de uma sucessão de situações em ordem não-cronológica, vividas por homens que foram manipulados e arrastados para ela, visivelmente nada contentes de se encontrar onde estão, e que a coisa que mais querem no mundo é regressar a casa... ou seja, que a guerra acabe! Não há heróis, não há "personagem principal" nesta lamentável "aventura" colectiva que é a guerra. Só há um imenso e anónimo grito de agonia" - Jacques Tardi, por ocasião do lançamento da primeira versão do álbum.

"Estando ferozmente comprometido com a minha liberdade de pensamento e de criação, nada quero receber, nem do poder actual, nem de qualquer outro poder, qualquer que seja. É por isso com a maior firmeza que recuso esta medalha. Não é obrigatório ficarmos contentes por sermos reconhecidos por gente que não estimamos." - Tardi, na ocasião em que recusou a medalha de Cavaleiro da Legião de Honra, atribuída pelo Estado francês.

Cris

terça-feira, 10 de janeiro de 2023

Resultado do Passatempo Mensal "Toca a Comentar"

Anunciamos o vencedor deste passatempo referente ao mês de Dezembro. 

Este é o link para o post onde se encontra anunciado o passatempo.

Assim, através do Random.Org, de todos os comentários efectuados nesse mês, foi seleccionado uma vencedora! Foi ela:

Alexandra Guimarães

Parabéns! Terás que comentar este post e enviar um email para otempoentreosmeuslivros@gmail.com até ao próximo dia 20, com os teus dados e escolher um de entre estes dois livros: 



Cris

quarta-feira, 4 de janeiro de 2023

"84 Charing Cross Road" de Helene Hanff

Não há como não gostar deste livro. Para quem é amante de livros, livrarias e afins, então...

Foi num grupo de leitura a que pertenço há quase 10 anos que ouvi falar dele. Pouco depois, o livro chegou-me a casa ofertado por um amigo desse grupo que, tendo dois exemplares, fez-me essa surpresa boa. Prenda de Natal que adorei! Peguei logo nele e li-o num ápice porque, para além de delicioso, é pequeno.

Romance epistolar que nos conquista de imediato e onde são abarcados cerca de vinte anos. A correspondência vai desde Outubro de 1949 a outubro de 69.  São cartas trocadas entre a autora, residente em Nova Iorque, e algum pessoal de uma livraria de Londres, a Marks & Comp,  sobretudo Frank Doel. Livraria cuja morada dá nome ao livro. Helene pede para lhe arranjarem alguns livros em segunda mão que procura.  E assim, se inicia esta correspondência que vai durar anos e que vai transformar a vida tanto da autora como dos empregados da livraria.

Um pedido a que se seguiram vários outros, feito com um humor peculiar e uma paciência sem limites de Frank Doel.  Uma amizade nascida pelo amor aos livros e que os livros uniu durante anos. E que bom são estas amizades e partilhas! 

"A amizade à distância de duas pessoas unidas pelo amor aos livros". Esta frase que está presente na capa não o poderia descrever melhor.

Recomendo muitíssimo!

Terminado em 20 de Dezembro de 2022

Estrelas: 6*

Sinopse

Em 1949, uma carta, escrita num pequeno apartamento nova-iorquino, atravessa o oceano Atlântico e vai parar às mãos de Frank Doel, funcionário da livraria Marks & Co., no número 84 de Charing Cross Road, em Londres. É assim que se inicia uma correspondência de vários anos, que virá a transformar-se numa história de grande amizade.

Cris

segunda-feira, 2 de janeiro de 2023

Para os Mais Pequeninos: "Pig, o Pug Maroto"


Quem é o pequenito que não gosta de bichos? Este livro com ilustrações de dois patudos bem giros vai fazer as delícias dos miúdos.

A história é simples mas educativa. O Pig é um grande malandreco que está sempre a fazer disparates. O pior é  que culpa sempre o Tobias e sai sempre bem visto! Até que um dia o disparate é grande e tem consequências...

Apelativo no texto, com ilustrações engraçadas, este livro é um doce que vai fazer alguém sorrir antes da hora de dormir!  





Cris