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segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

"Ler (não) é Uma Seca" de Raquel Medeiros

Durante uma meia hora de lazer pequei neste livrinho dirigido aos mais pequenos. Não é meu hábito mas já me têm perguntado que livro oferecer a gente miúda e, a maior parte das vezes, não sei o que recomendar.

O título surpreendeu-me talvez porque carivar para a leitura os mais pequenos seja uma forma de criar leitores adultos. Contar histórias ao deitar, para que os sonhos sejam repletos de magia e luz. Sempre vivi rodeada de livros, das mais variadas espécies, desde a banda desenhada até aos clássicos. Li sem orientação, li o que apanhava nas estantes dos meus pais e dos vizinhos e amigos. No entanto, os meus filhos não são leitores compulsivos como eu... O do meio nem gosta de ler! Sempre houve livros cá em casa e eles sabiam que mos podiam pedir a qualquer altura.

Ler nunca foi uma seca para mim. Curiosa com o título, peguei neste livrinho. História para contar aos mais novos, cheia de magia. A magia dos livros. Como a capa sugere.

Terminado em 20 de Fevereiro de 2016

Sinopse
"Foi então que se desenhou naquela página um caminho muito longo e estreito em terra que parecia não ter fim. Ele seguiu na sua direcção para descobrir onde iria dar.
Atravessou uma floresta muito escura e assustadora onde não via nada além das árvores enormes que faziam sombras estranhas com os seus galhos e pareciam que o observavam. Já estava a ficar cansado de tanto andar quando deu por ele em frente a um portão muito velho e alto. Teve de empurrá-lo com muita força, pois era muito pesado. Do outro lado estava um castelo e por trás ao fundo a luz da lua redonda e branca mostrava pequenos morcegos a esvoaçarem."

domingo, 28 de fevereiro de 2016

Ao Domingo com... Daniela Ricardo

Cresci numa família tradicional, para quem as questões alimentares eram importantes. Tentavam dar sempre o melhor e que nada faltasse. Tive uma infância feliz e com fartura a mais, reconheço. Lembro-me das tortas que a minha mãe fazia, dos salames de chocolate, dos rissóis da avó Fernanda, com milhentos recheios e do pudim francês. Havia de tudo e comia-se de tudo. 
Aprendi a cozinhar cedo, vendo a minha avó e a minha mãe. Se bem que colocar as mãos na massa a valer, só aconteceu quando saí de casa.
Lembro-me, desce muito cedo, ter a ideia de querer contribuir para um mundo melhor. Quis ser cientista, bióloga, pediatra, viajar pelo mundo em ajuda humanitária e acabei por me tornar enfermeira. Queria ajudar a tratar pessoas, a curar o mundo. Durante anos trabalhei como enfermeira em Oncologia, em transplantação de Medula Óssea, profissão que ainda exerço. E considerava que trabalhava na saúde e a cuidar dela. Hoje compreendo que não é bem assim.
Procurei  alternativas que correspondessem melhor à minha definição de saúde, até que encontrei a macrobiótica. Não fazia a mínima ideia do que era, mas o conceito despertou-me a curiosidade. De tal forma, que em pouco tempo fiz uma consulta de orientação alimentar, limpei os armários da cozinha e comecei o curso curricular. 
Passaram dez anos e agora aqui estou eu, ainda a trabalhar no hospital, mas com uma participação cada vez mais activa na saúde. O trabalho que mais prazer me dá é o despertar consciências e mostrar que nós somos responsáveis pela nossa saúde e que esta começa no prato. 
Ser professora e consultora de alimentação macrobiótica tem este prazer associado. Desde que conheci a macrobiótica estive sempre envolvida em projectos de alimentação e consciência alimentar.
Eu adoro cozinhar. Sinto a cozinha como um verdadeiro laboratório onde podemos dar vida à expressão que Hipócrates imortalizou “ que o teu alimento seja o teu remédio e que o teu remédio seja o teu alimento”. De facto os alimentos têm muito mais poder do que imaginamos. Eles podem curar-nos, mas o contrário também é válido.
A minha missão é levar cada vez mais pessoas a adotarem um estilo de vida saudável e consciente, que contribua tanto para o seu bem-estar físico, como para o equilíbrio e sustentabilidade do planeta – a nossa casa.
Para isso a cozinha é o meu escritório, o centro de comando há vários anos. Adoro viajar, cozinhar, criar receitas novas equilibradas e cheias de sabor e cor que sejam uma explosão de sensações para quem as prova. 
Criar sabores do mundo, adaptados ao nosso país foi um grande desafio, que abracei, consciente que traria a luz a muitas mais pessoas, atraídas pelos sabores do mundo. E assim surgiu a minha recente obra “Viagens da Comida Saudável”!
Atrevam-se a ser diferentes!
Alimentem-se de uma forma consciente!

Dani ♥

sábado, 27 de fevereiro de 2016

Na minha caixa de correio

  

 

Comprados na Feira da Ladra por indicação das meninas da Roda dos Livros, Os Interessantes e Oculta.
Ofertado pela Marcador, O Amor é Vermelho.
Pelas mãos da Topseller chegou-me Mais um Dia.
Chorei de Véspera foi oferta da Esfera dos Livros.
Obrigada às três editoras que alegraram esta minha semana!

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Novidade Planeta

O Pai
de Anders Roslund & Stefan Thunberg
Um thriller intenso e inquietante inspirado na extraordinária história real de três irmãos – os irmãos de um dos autores deste romance, Stefan Thunberg - que cometeram dez audaciosos assaltos a bancos na Suécia, em apenas dois anos.

  • Nunca nenhum cometera um crime.
  • Todos tinham menos de vinte e quatro anos.
  • Transformaram-se nos criminosos mais procurados da Suécia.
  • O seu vínculo foi forjado enquanto cresceram sob o jugo de uma família violenta.
  • E do homem que os moldou dessa forma: o pai.
  • Quando o seu incrível percurso chegou ao fim no turbilhão da imprensa internacional, todos mudaram para sempre como indivíduos e como família.

Baseado numa série de acontecimentos violentos e macabros que marcaram a Suécia na década de 1990, o livro é a história de um destino comovente de uma família, do amor que une três irmãos e da complexa relação entre pais e filhos.
O livro é narrado a dois tempos: no passado, onde podemos perceber a dinâmica familiar, assim como a tirania e influência negativa do pai, e no presente, onde decorrem os assaltos.

Novidade Porto Editora

Stalker 
de Lars Kepler
Um assassino em série aterroriza Estocolmo. Qual voyeurista, ele filma as suas presas, sempre mulheres, na intimidade das suas casas e depois coloca os vídeos no YouTube, enviando em simultâneo um link para o Departamento da Polícia Criminal.
Quando a primeira mulher aparece morta, vítima de um brutal homicídio, a Polícia começa as suas investigações, mas os vídeos que se sucedem não permitem identificar os alvos. Desconfiando de que o marido da segunda vítima, Björn Kern, traumatizado após ter encontrado o corpo da mulher, detém informações cruciais que podem ajudar o caso, a Polícia decide pedir ajuda ao hipnotista Erik Maria Bark. No entanto, aquilo que Björn lhe conta leva Erik a mentir à Polícia.
Se as luzes estiverem acesas, um stalker consegue ver a sua presa do lado de fora, mas, se estiverem apagadas, é impossível ver um stalker que já se encontre dentro de casa. Tranque as portas e corra as cortinas – os Lars Kepler regressaram com um novo thriller de cortar a respiração.

Novidade Elsinore


Novidade Suma de Letras

A vida é fácil, não de preocupes
de Agnes Martin-Lugand
Desde o seu regresso da Irlanda, Diane virou a página da sua tumultuosa história com Edward, determinada a reconstruir sua vida em Paris. Com a ajuda do seu amigo Felix, lança-se de cabeça na compra e abertura do seu café literário. E é aí, em As pessoas felizes lêem e bebem café, o seu refúgio, que conhece Olivier. É simpático, atencioso e principalmente compreende e aceite a sua recusa em ser mãe novamente. Diane sabe que nunca vai se recuperar da perda da sua filha.
No entanto, um evento inesperado muda tudo: as certezas de Diane, as suas escolhas, pelas quais tanto lutou, vão entrar em colapso, uma após a outra.
Será que Diane tem a coragem necessária para aceitar um outro caminho?

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

"Aos olhos da Rita" de Rita Bulhosa

Vi uma colega com este livro na mão e ela comentou que "a miúda até escreve bem"! Fiquei curiosa tanto mais que o livro tem algumas ilustrações que achei giríssimas... Pensei primeiro que tinham sido feitas pela própria Rita mas não, não foram, ela convidou alguns ilustradores para colocar em desenhos as suas palavras. Em boa hora o fez porque o livro ganhou, as suas palavras fizeram sentido nesses desenhos tão expressivos.

Como posso falar da Rita? Ela própria o faz, abrindo-nos o seu coração, falando-nos dos seus 15 anos tão sofridos mas ao mesmo tempo tão risonhos. A Rita, para quem ainda não a conhece da sua página do FB, nasceu com paralisia cerebral. Mas nasceu também com um enorme sorriso e com uma imensa força de vontade que a leva a ultrapassar os obstáculos que a vida, teimosamente, lhe coloca no caminho.

E fala-nos de como devemos ser resilientes, corajosos, de como devemos olhar em nosso redor e ver os outros. Não apenas olhar, mas ver. Interpela-nos, fala connosco. Fala dos seus sonhos, da sua vida, das pessoas que estão junto a si e que a ajudam a nunca desistir.

É um livro dirigido aos jovens mas que pode (e deve) ser lido por qualquer um. São pequenos textos sobre variadíssimos temas escritos por uma menina/mulher que luta pelo seu lugar no mundo, na vida.

A Rita tem 15 anos. Por fora. Quantos terá por dentro?

Terminado em 20 de Fevereiro de 2016

Estrelas: 4*+

Sinopse

Ler a Rita é criar nitidez, terminar o impreciso, o indefinido, sobretudo da vontade.
Há um sol de uma galáxia interior que se pôs no centro deste livro. Caminhamos na pura luz. A cada texto transparecemos.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

Experiências na Cozinha: "Brunch" de Joana Limão

Ainda a semana passada mostrei-vos aqui algumas receitas que fiz do livro Brunch de Joana Limão. Hoje trago-vos mais uma, desta vez com algumas alterações minhas, o Bolo de Banana e Framboesa. Como o meu filho caçula é alergico aos ovos e ando a (tentar) substituir o açucar, deixo-vos a receita como fiz mas também como é indicada pela Joana.

Ingredientes:

200gr de farinha de amêndoa (Como não tinha fiz com farinha de aveia. Basta triturar a aveia na Bimby ou noutro processador de alimentos).
100 gr de farinha de centeio
2 ovos (substituí por 2 colh. sopa de linhaça moída juntas com 4 colh. sopa de água)
40 gr de açucar mascavado (coloquei 1 colh. sopa mal cheia de agave e um resto de pasta de tamaras que tinha cá em casa. Sabem que as tâmaras são óptimas para adoçar e não fazem subir o índice glicémico?)
3 bananas muito maduras
Sumo de 1/2 limão
1 colh. de café de fermento em pó (devo ter posto um pouco mais)
125 gr de framboesas

Pré-aquecer o forno a 180*. Misturar as farinhas e o fermento. Juntar aos poucos os outros ingredientes à parte e misturar aos poucos as farinhas. No fim envolver as framboesas que se vão esborrachando.

Colocar numa forma de bolo inglês forrada com papel vegetal e vai a forno médio 40m, mais ou menos.

Ficou assim, delicioso, com um travo a banana e pequenos pedaços de framboesa que lhe deram um gostinho muito especial:





Para mais informações sobre este livro, ver o site da Editorial Presença aqui.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2016

"Obrigaste-me a Matar-te" de Ana Fonseca e Tânia Laranjo

Esta leitura torna-se, cada dia que passa, mais pertinente. Sobretudo quando os media trazem à tona casos de violência doméstica que parecem não ter fim e, com mais frequencia que o desejado, somos confrontados na rua com situações que deixam antever uma violência extrema utilizada sobretudo sobre o sexo feminino. Numa época onde a informação chega a toda a gente e com ela, a possível educação das mentalidades, tomamos conhecimento, num número que parece não baixar, de cada vez mais casos de violência doméstica.

A história deste livro é ficcionada. Maria esteve casada vinte e cinco anos e viveu num pesadelo inimaginável. Tem três filhas, todas sujeitas também aos maus tratos do pai. É impressionante como o ser humano pode atingir níveis de maldade tão grandes e como, por outro lado, pode viver em terror tanto tempo, sem deixar transparecer, sem se queixar, sem pedir ajuda. Com verganha, com medo. Maria um dia disse "Basta!".

De qualquer modo, a sociedade pouco ajuda, ou se o faz não é tão célere quanto seria desejável.
A história deste livro é ficcão. Podia não o ser. Como não é aquela pessoa que conhecemos, que vive de cabeça baixa, que quase não nos fala e que vive no nosso prédio, por exemplo... Suspeitamos mas não podemos interferir ou que conhecemos mas que não suspeitamos.

A história deste livro acaba bem. Infelizmente como poucas vezes acontece na vida real. Um grito de alerta que ajuda a compreender o "como" e o "porquê" do silêncio que está por detrás dos casos de violência doméstica.

Devem lê-lo. A realidade que está por detrás da ficção. O inferno.

Terminado em 17 de Fevereiro de 2016

Estrelas: 5*

Sinopse

Esta é a história de Maria. Um relato na primeira pessoa de uma mulher que sonhou com um casamento perfeito e uma vida feliz ao lado de Rui e viveu um verdadeiro pesadelo, entre quatro paredes, durante décadas. Em silêncio, marcada no corpo e na alma pelas mãos, pontapés e palavras malditas do marido, assistindo à violência contra as suas filhas, incapaz de reagir, demasiado assustada, demasiado dependente... até ao dia em que a coragem suplanta a dor e a vergonha, pega numa arma, que mais cedo ao mais tarde a iria matar, e assassina o marido, o pai das filhas, o homem que jurou respeitá-la e amá-la, no cimo de um altar. Esta é a história da Maria, mas poderia ser da Ana, da Sofia, da Francisca, etc... Em 2010 morreram quarenta e três mulheres vítimas de violência doméstica em Portugal, 29 delas já com queixas apresentadas às autoridades. As jornalistas Ana Isabel Fonseca e Tânia Laranjo lidam diariamente com casos de violência doméstica que acontecem todos os dias no nosso país. Esta é uma viagem a um mundo de dor e sofrimento, de sentimentos e vergonha que não pode deixar ninguém indiferente.

domingo, 21 de fevereiro de 2016

A Domingo com... Isabel Stilwell

Escrevo para compreender o que sinto, para arrumar as ideias, para dar notícias e fazer os outros felizes, ou para os chamar para as minhas fileiras e pedir-lhes que se indignem com o que me indigna, e ajudem, comigo, a pôr o mundo mais direito. E escrevo, claro, para contar histórias, na esperança de que os outros as partilhem comigo e assim lhes deem sentido. Esperem, há mais razões pelas quais dedilho mais ou menos compulsivamente o teclado deste computador: quero perguntar aos outros o que pensam, pedir-lhes que dividam comigo experiências e aventuras. 

O que importa é que não consigo viver sem escrever. Até para o meu sagrado banho de imersão diário arrasto um caderno e uma caneta. Quando olho de novo para aquelas páginas, com a tinta esborratada por um pingo de água ou porque na tentativa de ligar a água quente com o pé acabei por mergulhar uma página na banheira, penso que se um dia caírem nas mãos de alguém, daqui a muitos, muitos anos, pensarão que estava com Parkinson, de tal forma a letra é tremida (de encavalitar o caderno num joelho), e que imaginarão que chorava copiosamente... 

Escrevo, também (apanhei-me a mim mesma no parágrafo anterior), na busca de eternidade. Num devaneio narcísico que nos leva sempre a imaginar que a nossa vida pode interessar a alguém. 

Não admira, por tudo isto, que me considere uma pessoa cheia de sorte. Sou jornalista desde os 18 anos, “escritora” desde que publiquei aos 30 o meu primeiro livro (Guia Para Ficar a Saber Ainda Menos Sobre as Mulheres), e desde aí muitos mais: livros para adolescentes e livros para crianças, com o bónus acrescido de os escrever a meias com os meus filhos, livros sobre psiquiatras que acabam loucos, e romances de amor, que nunca seria capaz de escrever, livros para os avós lerem aos netos, e até o diário de uma avó galinha. E, paralelamente a tudo isto, descobri que era capaz de escrever um romance histórico — e com o primeiro de todos eles, Filipa de Lencastre, viciei-me na pesquisa e na descoberta da vida das nossas rainhas, biografando algumas das mais fascinantes. A cereja em cima do bolo é que há ainda muitas mais que me enchem de curiosidade... Tenho sorte, sem sombra de dúvida, e estou muito grata a quem me lê. Porque escrever é bom, mas saber que vamos partilhar o que escrevemos com os outros, é ainda melhor. 

Isabel Stilwell

sábado, 20 de fevereiro de 2016

Na minha caixa de correio

  

  

  


Oferta da Marcia numa brincadeira que fizemos na Roda dos Livros, Como um Romance.
O Som do Silêncio foi oferta do meu mais que tudo no dia dos namorados.
Da Bizàncio chegou-me A Última Noite de um Tirano, de um autor que gosto muito.
A Grande Magia foi uma surpresa que me chegou da editora Objetiva.
Comprados no Cahs Converters a um preço que não resisti, a Menina Dança e Mãe, ele vendeu-me por uns Cigarros.
Dos Livros Horizonte, uma reedição de Catarina de Bragança, de Isabel Stilwell.
Viagens da Comida Saudável foi ofertado pela editora Chá das Cinco. Não posso deixar de vos dizer que o livro está soberbo! Depois mostro-vos algumas receitas que espero fazer dentro em breve!
Do Brasil, da editora Tordesilhas chegou-me O que Não Existe Mais. O meu obrIgada!
O Número das Estrelas é um livro juvenil que me chegou pelas mãos da Booksmile. Conto ler em breve pois é pequeno e suscitou muito a minha curiosidade. Sem programar este ano é já o segundo livro para uma faixa etária mais nova que leio.
Eta, semana cheia!

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2016

Novidades TopSeller



Novidades Marcador

O Amor é Vermelho

de Sophie Jaff
Katherine Emerson nasceu para cumprir uma profecia secular, mas ela ainda não o sabe. No entanto, há um homem que o sabe: um assassino que persegue as mulheres da cidade de Nova Iorque, um monstro que os media apelidaram de Homem Foice devido à arma que utiliza para transformar os corpos das suas vítimas em telas para a sua arte perversa. Ele rouba mais do que a vida das suas vítimas, e cada morte aproxima-o mais da mulher que tem de possuir custe o que custar.


Fogo Mortal
de Nelson DeMille
Fogo Mortal é o novo sucesso de um dos autores mais lidos em todo o mundo, é um thriller de leitura obrigatória.

Neste novo livro Nelson DeMille fala-nos do Clube Custer Hill – uma sociedade secreta cujos membros incluem alguns dos homens mais poderosos da América. À primeira vista, trata-se de um sítio para relaxar com velhos amigos. Porém, num fim de semana, o clube reúne-se para falar sobre a tragédia do 11 de Setembro e dar os últimos retoques num plano de retaliação mortal, conhecido apenas pelo seu nome: Fogo Mortal.

Novidade Esfera dos Livros


Guerreiros de Pedra 
de Miguel Gomes Martins
Presentes de norte a sul do território português, os castelos e as cinturas de muralhas que serviram um
dia para proteger vilas e cidades são, ainda hoje, testemunhos vivos de um dos períodos mais fascinantes e ricos da História de Portugal.  Apesar de detentoras de uma inegável carga simbólica, nomeadamente enquanto formas de ostentação do estatuto social, da riqueza e da autoridade dos seus senhores, as fortalezas medievais foram erguidas sempre com um propósito claramente militar. Em resultado da missão que desempenhavam, eram constantemente alvo dos exércitos inimigos, pelo que um estudo a elas dedicado não pode deixar de contemplar uma análise da guerra de cerco e da sua importância nessa época. Guerreiros de Pedra é um documento fundamental sobre as fortificações medievais portuguesas, dando-nos a conhecer as suas características arquitectónicas, os personagens que promoveram a sua edificação, os homens que as comandavam e vigiavam, o modo como eram atacadas e defendidas, bem como alguns dos episódios militares e acontecimentos mais marcantes da sua história.

Novidade Clube do Autor

A abadia dos cem pecados
de Marcello Simoni
Agosto de 1346. França e Inglaterra estão em guerra. No final da batalha de Grécy, o rei da Boémia, já moribundo, entrega a um cavaleiro francês, Maynard de Rocheblanche, um pergaminho com um misterioso enigma. Este obscuro texto faz referência a uma relíquia preciosa, o Lapis exilii. São muitos os que procuram apoderar-se dele, nomeadamente um ambicioso cardeal de Avinhão e o príncipe Karel do Luxemburgo, ansioso por se fazer coroar imperador.
Para proteger o valioso documento, Maynard será obrigado a fugir. Refugiar-se-á primeiro em Reims, junto da irmã Eudeline, abadessa do convento de Sainte-Balsamie, e depois na abadia de Pomposa. Será aí que encontra o abade Andrea e o jovem pintor Gualtiero de’Bruni, com os quais tentará descobrir a verdade sobre o pergaminho. No entanto, o único que a conhece é um monge de aspeto disforme, que arrebatou o segredo do Lapis exilii de um lugar inacessível, o mosteiro de Mont-Fleur…

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2016

A Escolha do Jorge: A Noite é Mãe do Dia

Lars Norén (n. 1944) é o dramaturgo mais importante das últimas décadas na Suécia tendo inúmeras peças de teatro publicadas e encenadas à semelhança do que aconteceu com "A Noite é Mãe do Dia" (1982) que foi editada em Portugal, em 1997, através das Edições Cotovia e levado a cena um ano mais tarde, contando com a participação dos atores Lia Gama, Mário Jacques, Ivo Canelas e Diogo Dória.
Lars Norén é conhecido pelas suas peças realistas com incidência nas relações familiares particularmente tensas que refletem de alguma forma a degradação dos valores e dos costumes da sociedade contemporânea.
"A Noite é a Mãe do Dia" é passada ao longo do dia 9 de maio de 1956, numa grande cozinha de um hotel de província da Suécia com o casal Martin e Elin e os filhos Jorge e David. O casal gere o negócio de família com a preciosa ajuda de Jorge que desempenha todo o género de tarefas relacionadas com a manutenção da unidade hoteleira. Já David, é o filho mais novo, um adolescente irresponsável e inconsequente, desinteressado das preocupações familiares e esse dia é marcado pelo seu aniversário.
Lendo as primeiras páginas da peça, rapidamente concluímos que estamos perante uma família algo desestruturada, cujas pontas que vão sendo deixadas ao longo do primeiro ato vão ganhando terreno no ato seguinte à medida que as personagens se vão revelando e ganhando profundidade emocional e psicológica.
A família vive sérias dificuldades económicas em cumprir o pagamento dos empréstimos ao banco, o que põe em perigo o futuro do hotel e dos seus empregos. David tudo exige aos seus pais sem olhar a meios para conseguir dinheiro para os seus pequenos prazeres como entradas em concertos, discos, entre outros interesses juvenis. Jorge trabalha desalmadamente sem vacilar na tentativa de levar o negócio da família a bom porto. Mas Jorge perde as estribeiras com David que se mostra irresponsável, desonesto e totalmente desinteressado face ao negócio familiar para o qual nada contribui. Elin é maternal e tudo suporta nesta família. Compadece-se com David que não deixa de mimar com presentes no seu aniversário mesmo que o retorno seja a má educação e o sarcasmo do filho. Poupa ao máximo as funcionárias que estão ao serviço do hotel que para não as sobrecarregar, toma sobre si tarefas adicionais sobrecarregando-se a si própria fisicamente. Martin manifesta uma preocupação relativa pelos assuntos do hotel enquanto está sóbrio dado que vive enjaulado e perseguido pelo seu próprio drama que é o alcoolismo crónico. Após um período de internamento com um impacto terrível na família, Martin continua a beber às escondidas até que Jorge percebe pelo cheiro que o pai continua a viver o pesadelo do alcoolismo.
Perante as evidências, Jorge perde por completo as estribeiras e a família envolve-se numa contenda sem precedentes, numa tensão que chega ao leitor de forma agressiva tanto quanto inesperada ao ponto de Jorge, a mãe e o irmão seguirem os seus instintos de forma cega e totalmente desproporcionada e irracional culminando numa tragédia.
Martin revela-se o personagem mais fraco da família na sequência de ainda viver de forma intensa o drama da guerra. Revelações funestas são trazidas ao de cima no decurso do dia, à medida que a tensão familiar vai aumentando.
Numa época em que a violência doméstica adquire contornos maquiavélicos requintados ou recorrendo a práticas tradicionais de violência psicológica, emocional e física, por vezes extrema, "A Noite é Mãe do Dia" deixará o leitor em completo sobressalto e profunda inquietação. O homem levado pelos seus instintos, perante um dado episódio, terá dificuldade em saber qual é o limite da sua atuação chegando mesmo a cegar de tanta irracionalidade.
"A Noite é Mãe do Dia" coloca a ferida em muitas situações concretas da sociedade contemporânea, baralhando e inquietando o leitor rumo a um precipício. Atingido um certo grau civilizacional, estará o Homem em queda livre, desprovido de sentido?

Excertos:
"MARTIN: Para vencer esta crise temos de reduzir o pessoal, mas a mãe é contra.
ELIN: Não são os salários o que mais despesa nos dá.
JORGE: Acho que devíamos reduzir o David.
MARTIN: Não voltes à carga!
JORGE: É realmente tua intenção, mãe, deixá-lo andar por aqui o verão inteiro a empanturrar-se? É que nesse caso vou-me embora. Não ouves o que eu digo? Ou o obrigas a arranjar um emprego ou vou-me embora daqui.
ELIN: Embora para onde?
JORGE: Não tem nada a ver com isso!
ELIN: Não podes fazer tal coisa.
JORGE: Vai tratando de arranjar alguém que saiba fazer tudo quanto eu faço: pintar, fazer recados, fazer a limpeza, lavar a loiça, arranjar o tecto, pôr a mesa, servir à mesa…
MARTIN: É obrigatório falar disso agora?
JORGE: É, pois!
ELIN: É indispensável.
MARTIN: Pronto, acabou-se. Que queres que eu faça?
JORGE: Chega-lhe! Até ele tomar juízo. Eu ajudo-te se não és capaz.
ELIN: Não há nada que tu gostasses de fazer, David?
DAVID: Há! Montes de coisas! Dar cabo desse tipo, por exemplo.
JORGE: Tem de aceitar o trabalho que lhe derem, quando não, rua! É ele ou eu. Se vocês não se impõem agora, ponho-me a andar e acabou-se a conversa! Já não aguento mais vê-lo. Olhem só para ele!... De que é que tu ris?... És anormal!
ELIN: Onde é que vais?
DAVID: Então adeus!... "Porca"!
JORGE: O que é que tu disseste?
ELIN: Calma, Jorge!
DAVID: Calm down, Jorge!
JORGE: O que é que tu disseste?
DAVID: George!
ELIN: Vai para o teu quarto.
DAVID: Porquê? Eu não sou o Jorge.
ELIN: Vai, já te disse.
JORGE: Deixe-o estar! Toma o partido dele, não é?
ELIN: Não tomo o partido de ninguém. Estou de acordo contigo em que ele tem de arranjar um emprego.
JORGE: Vocês vão ver!
MARTIN: (vai para o escritório. Senta-se por trás dos vidros. Acende outro cigarro)
ELIN: Tens que te meter sempre com ele?
DAVID: Não tenho culpa que aquela brutalidade meio sebosa faça vir ao de cima tudo o que em mim há de desagradável.
ELIN: Estás a representar o papel de quem, hoje?
DAVID: Hoje, mãe, estou a representar o meu papel.
ELIN: Não sei por que é que tu és assim.
DAVID: Não sabes?
ELIN: Não… pequerrucho. Por que achas assim tão assustador sair e misturar-te com as pessoas?
DAVID: Que merda de conversa! Quais pessoas? Onde estão elas, essas tais pessoas?
MARTIN: Não fales assim com a tua mãe!
DAVID: Que merda de conversa!" (pp. 38-41)

"MARTIN: Saberás o que dizes?
DAVID: Sei! E acordavas-me de manhã e falavas de uma maneira tão estranha – não ouvias o que eu dizia. Acordavas-me e eu ajudava-te a apanhar grandes aranhas que andavam pelas paredes e se escondiam atrás das cortinas e do espelho. Matava-as por tua conta, atirava-lhes com livros, deitava-as para a retrete e puxava o autoclismo. Mas tu gritavas, dizias que elas não morriam, que trepavam outra vez por ali acima – divertimo-nos realmente. Sim, tu divertiste-te. Quando eu matava uma aranha fartavas-te de rir. Pusemo-las, depois, num monte, no chão, e tu contava-las e verificavas se estavam bem mortas, e querias deitar-lhes fogo, mas eu dizia que o fumo era venenoso e tu concordavas e então enterrámo-las na sala de estar… não te lembras que se escondiam dentro do seu pijama e que tu dizias que saíam de dentro de ti – por um buraco na anca?... Andámos a mudar mesas e sofás durante horas até a Mónica chegar e chamar a ambulância.
MARTIN: Tudo isso é mentira, imaginação tua. Foste expulso da escola por seres mentiroso… Quando é que isso foi?
DAVID: Não é verdade, mãe? Não é verdade?
ELIN: Se calhar é.
MARTIN: Tu concordas com tudo.
DAVID: Tiveram de te meter no manicómio com os doidos furiosos.
MARTIN: Deram-me baixa. Estava esgotado e precisava de descansar.
DAVID: Por que é que te recusas a reconhecer a verdade?
ELIN: Os alcoólicos não se reconhecem.
MARTIN: E tu queres obrigar-me – a mim, teu marido a pôr-me de pé diante destes farroupilhas e a confessar que sou alcoólico? Merda para ti! Merda, já disse.
DAVID: Não te lembras que eu e a mãe te íamos visitar todas as semanas ao hospital psiquiátrico?
MARTIN: E que tem isso! É o mínimo que se pode pedir! O que é que ias lá fazer?
DAVID: Parecias tão simpático e tão amedrontado… Estavas à nossa espera lá em cima. Não te reconheci – que maluco mais esquisito, arrastavas-te como uma… uma alma penada! Tremias tanto que julguei que te ias desconjuntar todo. Purgavas dos olhos… cheiravas mal… não sei a quê, a vomitado, a caca e a tabaco… E depois, quando nos fomos embora, ficaste lá em cima a dizer-nos adeus como uma criança… Lembras-te? "Levem-me, levem-me daqui, não me deixem, não me abandonem, sinto-me tão só"… A mãe contou-me que o médico lhe tinha dito que estavas mesmo na última… quase a morrer… tiveram que pôr-te uma tenda de oxigénio para te salvar… e que de qualquer forma morrerias, se continuasses a beber. E agora recomeças!" (pp. 78-80)

Texto da autoria de Jorge Navarro

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016

"Uma Mulher de Coragem" de Danielle Steel

O que mais gosto de fazer é experimentar autores novos. Normalmente faço-o segundo alguns critérios, o primeiro dos quais é ter ouvido comentários positivos acerca das suas obras.

Mas também gosto de me desafiar. Porque muitas vezes temos alguns preconceitos acerca de autores que associamos a determinadas correntes de escrita. Já tinha lido Ecos do Passado e gostado muito pelo que estava curiosa com esta leitura. Conto-vos agora o que senti ao ler este livro:

Primeiro, entrei rapidamente na história. A escrita da autora é escorreita, rápida e muito simples o que faz com que as páginas voem.

Depois, páginas houve, senti que o final feliz estava próximo e que os meus piores receios se iriam realizar mas, Danielle Steel soube sempre dar uma reviravolta à história que me agradou. O final fica em aberto, o que me surpreendeu pela positiva e me agradou.

A história decorre um pouco antes da Primeira Guerra e, atravessando-a, conta-nos como Annabelle, uma jovem americana, se ofereceu como voluntária e foi para França para uma hospital perto da linha da frente. Para trás deixa uma sociedade que a ostracisou e a condenou por se ter divorciado, sem saber quais foram os seus motivos. Caracterização da época bem elaborada, com os costumes presentes da alta sociedade de então e também um retrato de como a I Grande Guerra afetou os países envolvidos.

Gostei de ler.

Terminado a 15 de Fevereiro de 2016

Estrelas: 4*+

Sinopse

Uma Inesquecível História de Guerra e Coragem. Annabelle Worthington tem 19 anos e nasceu em berço de ouro, na sociedade de Nova Iorque. Mas tudo se desmoronou com o naufrágio do Titanic. Annabelle torna-se voluntária e ajuda os pobres. Desiludida com o seu primeiro amor, Annabelle foge para França, arrasada pela guerra, e trabalha como enfermeira na guerra, salvando vidas.
Quando a guerra acaba, começa uma nova vida em Paris, agora é médica, casada, mãe e esquece o mundo que deixou para trás. Até que um encontro inesperado a obriga a regressar a Nova Iorque, já uma mulher diferente, e a reconstituir as peças do puzzle que é o seu passado.

terça-feira, 16 de fevereiro de 2016

Experiências na Cozinha: "Brunch" de Joana Limão

Sigo o blogue da Joana (Limonaid) creio que desde o seu início porque cada vez mais tenho consciência que somos o que comemos e que a alimentação tem um papel forte na nossa saúde, quer no que concerne no tratamento de doenças quer na sua prevenção. Adoro comiga vegetariana e, contrariando o que muitos pensam, ela é cheia de sabor e cor. Procuro frequentemente na net receitas que conjuguem esses dois factores. Como nunca fui muito dada a legumes e em casa a famosa salada de alface e cenoura era a mais tipica representante das chamadas "verduras" e sabendo o quanto elas são importantes, fui pesquisando num mundo completamente novo e fazendo alguns workshops para absorver tanta informação.

Não sou vegetariana mas reduzi substancialmente a carne, optando pelo peixe ou por outras alternativas em muitas das minhas refeições. Passei a beber leite vegetal, que faço em casa, e sumos de fruta onde a cenoura, o limão, o gengibre e a hortelã têm um lugar de destaque. Os doces são a minha perdição mas opto sempre que posso por fruta e por chocolate negro com mais de 70% de cacau, evitando os bolos de pastelaria. Sei que o açucar é muito nocivo e, hoje em dia, existem alternativas que o substituem muito bem e sem subir o índice glicémico do organismo. O meu frigorifico ficou cheio de cor, o meu colestrol agradeceu de imediato.


Bom, mas por hoje já me alonguei demasiado, tanto mais que o que vos quero falar aqui é do livro da Joana, Brunch. Como o nome indica, está cheio de pequenos snacks que sendo saudáveis são deliciosos. Marquei com um post-it os que me mais seduziram pela sua rapidez com que se preparam e pelo seu aspecto. Como podem ver o livro está cheio deles, lol!

Hoje mostro-vos fotos das Trufas Cruas de Cenoura e Coco e das Barritas de Sementes e Chocolate que fiz. Simples e fáceis de fazer.


 
 


Tenho de experimentar da próxima vez as Panquecas de Maçã e Canela e os Cupcakes de Chocolate e Amendoim...
Para mais informações sobre o livro vejam Editorial Presença aqui!

segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

"Filipa de Lencastre" de Isabel Stilwell

O livro é pesado. Muito. Não a história em si. O tamanho da letra, normal. O papel é bom, daquele "amarelo". A capa, típica de um romance histórico: sóbria, de tons neutros. Nada faz prever o vulcão que está nele contido!

Sei que há leitores que não gostam de romances históricos. Alguns dizem até que é sempre mais do mesmo, que a vida dos reis e rainhas foi muito semelhante, que há pouco que contar ou que ao ler-se um, é como se se lessem dois ou três...

Não sou dessa opinião. Eu gosto de intercalar leituras variadas e este ano já li até livros juvenis. De quando em quando, um romance histórico chama por mim. Em boa hora este o fez porque foi uma leitura tão boa!

Não sei se Filipa de Lencastre foi realmente assim como nos é descrito nesta obra ou se foi a escrita mágica de Isabel Stilwell que, lancando uns pozinhos, me enfeitiçou completamente... Sabendo que por detrás deste livro está uma pesquisa grande acredito que foi uma mescla desses dois factos que souberam dar a este romance um toque especial.

Philippa of Lencaster ou Filipa de Lencastre teve uma vida cheia, casada com D Joao I de Portugal teve oito filhos - a Inclita Geração. Construir um romance baseado em factos reais dos quais não existe grande fuga possível e, mesmo assim, prender o leitor não é para todos seguramente. É importante ler a pequena biografia dos personagens existente no final do livro porque nos apercebemos então (só então!) que existem alguns personagens ficcionados. Para mim isso constituiu uma surpresa porque nesta obra o realismo é tanto que acreditamos que todos os personagens existiram mesmo e, mais do que isso, comportaram-se dessa maneira! Estou a referir-me, por exemplo, a Francis Beacon e ao seu papel nesta história que não revelo para não estragar a vossa leitura...

Mesmo que o romance histórico não seja a sua praia, experimente este. Não vai sentir o peso das quinhentas e tal páginas, garanto-lhe. A escrita de Isabel Stilwell é muito envolvente, real, cheia de pormenores e de uma caracterização extrema dos personagens. E este aspecto é feito com uma tal veracidade que apaixonamo-nos pelos personagebpns e situações vividas.

Este livro faz parte de uma reedição das obras de Isabel Stilweel que a Livros Horizonte está a levar a cabo, por isso vão às vossas estantes procurar primeiro mas se não o encontrarem aí, vale a pena irem buscá-lo a uma livraria. Eu gostei muito!

Terminado em 12 de Fevereiro de 2016

Estrelas: 6*

Sinopse

Mulher de uma fé inabalável, conhecida pela sua generosidade, determinada a mudar os usos e costumes de uma corte tão diferente da sua, Filipa de Lencastre deu à luz, aos 28 anos, o primeiro dos seus oito filhos - a chamada Ínclita Geração, que, como ela, mudaria para sempre os destinos da nação.

domingo, 14 de fevereiro de 2016

Ao Domingo com... Antero Ribeiro

Olá, o meu nome é Antero Ribeiro.  Nasci e vivi em Portugal até aos 24 anos, residindo desde então em Moçambique onde trabalho no ensino de Educação Física e Desporto, e como personal trainer, áreas da minha formação superior na universidade do porto.

Ao gosto pelo ensino e atividades desportivas, associo ainda a aventura contínua de viajar pelo mundo, estabelecendo contacto com diferentes culturas e realidades que acredito contribuem inequivocamente para o meu crescimento e valorização pessoal.

A escrita surge como consequência natural de outra grande paixão... a leitura. Desde que tenho memória das minhas memórias, sempre tive um livro como companheiro fiel, os livros como portas e génesis para outros mundos sempre fizeram parte da minha vida, sendo indubitavelmente a minha única dependência e simultaneamente um placebo de efeito imediato.

A publicação através da Chiado Editora de Fragmentos de alma num primeiro momento e agora de Périplo, não são mais nem menos que a materialização de um desejo, do sonho de com as minhas palavras chegar, tocar alguém, deixando uma marca mesmo que ténue nesta existência vertiginosa que nos carateriza. Acredito que a vida é feita de encontros e desencontros, de um marasmo de dias iguais a tantos outros dias, marasmo esse quebrado, pontilhado de momentos por vezes fugazes, mas que deixam recordação indelével...memórias que dão vida à vida. E eu vivo! Vivo em cada verso, em cada estrofe, em cada poema, revejo-me em cada página voltada dos meus livros. São as minhas dores,os meus sonhos, os meus anseios e desejos enchendo páginas em branco. São meus, como poderiam ser, como certamente são, vossos também.

Todos sonhamos, todos amamos, todos nos perdemos e reencontramos neste trilho sinuoso a que chamamos vida...

Agradeço o convite e a oportunidade de me apresentar e divulgar os meus livros, que espero, sejam tão prazerosos de ler, como foram de idealizar e escrever."

Antero Ribeiro

Passatempo Quinta Essência - "Estranhos ao Luar"

Com a colaboração gentil da editora Quinta Essência, O Tempo Entre os Meus Livros tem para oferecer um exemplar do último livro de Jude Deveraux, Estranhos ao Luar.
O passatempo decorre até ao dia 29 de Fevereiro.
Boa sorte!