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sábado, 31 de dezembro de 2016

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Oferta da Marcador.

A escolha do Jorge: Melhores livros de autores estrangeiros lidos em 2016

Autores estrangeiros
As minhas escolhas de 2016
1. 
“Os Frutos da Terra”
Knut Hamsun
(Cavalo de Ferro)
“Uma Solidão Demasiado Ruidosa”
Bohumil Hrabal
(Afrontamento)
3. 
“Nostalgia”
Mircea Cărtărescu
(Impedimenta)

Os restantes títulos estão indicados por ordem alfabética
“A Borra do Café”
Mario Benedetti
(Cavalo de Ferro)


“A Terra das Ameixas Verdes”
Herta Müller
(Difel)


“A Vegetariana”
Han Kang
(Dom Quixote)

“Contos”
Edith Wharton
(Relógio D’Água)

“Days in the History of Silence”
Merethe Lindstrøm
(Other Press)

“Kallocaína”
Karin Boye
(Antígona)

“Oreo” 
Fran Ross
(Antígona)

“O Coração do Homem”
Jón Kalman Stefánsson
(Cavalo de Ferro)

“O Palácio do Riso”
Germán Marín
(Antígona)

“O Salão Vermelho”
August Strindberg
(E-Primatur)

“Os Excluídos”
Elfriede Jelinek
(Edições ASA)

“Paris-Austerlitz”
Rafael Chirbes
(Assírio & Alvim)

“Pudor e Dignidade”
Dag Solstad
(Ahab)

“Vozes de Chernobyl”
Svetlana Alexievich
(Elsinore)


terça-feira, 27 de dezembro de 2016

A convidada escolhe: Em teu ventre

Este romance de José Luís Peixoto decorre em Fátima, no ano de 1917, entre Maio e Outubro. É um livro centrado em Lúcia e em todo o ambiente que se viveu naquela terra desde que a jovem pastora de nove anos afirmou ter visto uma aparição. Lúcia é uma criança do campo que não sabe ler, mas que com a imaginação própria da sua idade faz diálogos com os objectos e com o que a natureza lhe dá.  Educada no seio de uma família religiosa, com uma mãe austera que não admite mentiras nem é muito sensível às brincadeiras das crianças, com um pai mais amigo da taberna do que de casa, tem duas irmãs mais velhas e um irmão prestes a ser recrutado para a guerra em França. As suas brincadeiras com os dois primos também pastores – Jacinta e Francisco – entrelaçam-se com o trabalho no campo e com o cuidar dos animais à sua guarda.
É um livro que perturba porque faz o retrato de um Portugal rural, atrasado, analfabeto, religioso, subserviente. A pobreza tem como contrapartida a caridade como forma de expiação para os pecadores. O analfabetismo e a religião são os ingredientes que moldam as consciências das pessoas no Portugal rural e atrasado de há um século. Os detentores do poder são além do administrador do concelho a Igreja, que tem como missão a subjugação e o condicionamento das pessoas pelo temor, pela culpa e pela interiorização do pecado.
E depois há as mães: a mãe de Lúcia, a mãe do autor, a mãe de Cristo, as mães que estão sempre presentes, mesmo quando não estão, as mães que cuidam, que choram, que trabalham, que não descansam, que acreditam no milagre da cura do filho, que rezam para que o filho seja poupado à guerra, as mães que desculpam as bebedeiras dos maridos, as mães que são as últimas a sentar-se à mesa e a comer porque primeiro é para o marido e os filhos…

(“Todas as pessoas têm direito a descanso, menos as mães. Para cada tarefa, profissão ou encargo há direito a uma folga, menos para as mães. Se alguma mãe demonstrar a mínima fadiga de ser mãe, haverá logo uma besta, ignorante de limpar baba e de parir, que se oferecerá para a pôr em causa. Não é mãe, não sabe ser mãe, não foi feita para ser mãe, dirá. Mas, se todas as pessoas têm direito a descanso, será que as mães não são pessoas? A culpa é nossa. Sim, a culpa é das mães. Deixámos que fossem os filhos a definir-nos.”)

E quem se lembra das mães que antes de serem mães foram meninas?
(“Duvido que sejas capaz de me imaginar com dez anos. Já fui nova, sabias? Quando nasceste, em setembro, eu tinha trinta e dois anos feitos em junho. Talvez consigas suspeitar o que foi para mim ter-te com trinta e dois anos, até acredito nisso. Lembro-me de estares na minha barriga, nos últimos meses era um barrigão, mas tu não és capaz de me imaginar com dez anos, duvido. Não sou essa menina que imaginas quando tentas imaginar-me com dez anos. Fui uma menina que nunca conhecerás.”)

A mãe de Lúcia é forte, austera, receia que as revelações de Lúcia tragam castigos divinos porque para ela são mentiras, não passam de imaginação da filha. O prior acompanha a mãe de Lúcia na descrença das palavras da pequena pastora, mas logo uma outra Maria (da Capelinha), impelida na crença da salvação do filho e focada no desígnio da construção de uma capelinha junto ao local da aparição, movimenta a aldeia e pressiona Lúcia a garantir da veracidade das aparições. Neste jogo do esconde e do empurra, a pobre Lúcia sente-se perdida, confusa, chora, ausenta-se, quer que a deixem em paz, entristece-se, sente-se um joguete. É um joguete. E por que não “construir uma estância rentável, comparável à que existe em Lourdes?”
José Luís Peixoto usa de grande sensibilidade no tratamento desta ocorrência que passou à categoria de milagre e que tem sido analisada de vários ângulos, embora seja corrente e se tenha estabelecido como local de peregrinação e de culto por parte de pessoas crentes provenientes de todo o mundo. O autor não impõe a sua visão, antes nos dá a liberdade de pensar e fazer um juízo sobre como e por que surgiu Fátima e o culto a ela associado.

Dezembro de 2016
Almerinda Bento

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

"Os Hóspedes" de Sarah Waters

Estas páginas apanharam-me no meio das compras, dos presentes de Natal que quis fazer e da azáfama destes dias de festa. Talvez por isso elas tenham demorado nas minhas mãos mais do que gostaria. Foram mais de 500 páginas de expectativa e também um pouco de angústia, visto estar do outro lado de um assassinato, de um lado diferente. Do lado de quem matou, embora sem querer, mas também de quem não gostaria ver ninguém culpado inocentemente.

Esse facto foi, na verdade, uma experiência diferente, única. Conhecer e estar do lado de quem acabou com uma vida foi, de facto, angustiante, já que conseguimos participar paralelamente tanto nos passos da investigação como, ao mesmo tempo, compreender e visualizar as emoções de quem participou em tal acto.

E por quem torcemos? Pela verdade, pela justiça ou por quem acabou por tirar uma vida? Não vos vou contar nada porque não quero desvendar pormenores... Mas fica a dica: gostei de estar no meio das páginas deste livro e pena tive de não poder fazê-lo mais depressa. A escrita da autora prende, cativa a nossa atenção pelos pormenores narrados, pela caracterização detalhada das personagens e seus sentimentos. Valeu a pena mergulhar em 1922, numa Londres ainda conturbada com os efeitos de uma guerra onde milhares perderam a vida.

Terminado em 25 de Dezembro de 2016

Estrelas: 5*

Sinopse
1922. Londres vive dias de tensão. Os ex-militares estão desiludidos, os desempregados exigem mudança. E numa casa de gente bem-nascida no sul da cidade, cujos habitantes ainda não recuperaram das perdas devastadoras da Primeira Guerra Mundial, a vida está prestes a modificar-se. A senhora Wray, viúva, e a sua filha Frances - uma mulher com um passado interessante a caminho de se tornar uma solteirona - vêem-se obrigadas a alugar quartos.
A chegada de Lilian e Leonard Barber, um jovem casal da «classe média» traz uma série de perturbações: a música do gramofone, o colorido, o divertimento. As portas abertas permitem a Frances conhecer os hábitos dos recém-chegados e tanto a escadaria como o patamar nunca lhe pareceram tão animados.
À medida que ela e Lilian são empurradas para uma amizade inesperada, as lealdades começam a mudar. Confessam-se segredos, admitem-se desejos perigosos; a mais vulgar das vidas pode explodir de paixão e drama.
Vivendo um affair secreto, as duas amantes são envolvidas num acto de violência e crime, que dá a "Os Hóspedes" o mistério e suspense, tão característico de Sarah Waters.

Cris

quinta-feira, 22 de dezembro de 2016

A escolha do Jorge: Melhores livros de autores portugueses lidos em 2016

Autores portugueses
As minhas escolhas de 2016

1. 
"Cartas Reencontradas"
Pedro Eiras 
(Assírio & Alvim)



2.
"Gramática do Medo"
Maria Manuel Viana e Patrícia Reis 
(Dom Quixote)



3.
"Anunciação"
H. G. Cancela
(Afrontamento)




Os restantes títulos estão indicados por ordem alfabética

"Adoração" - Cristina Drios 
(Teorema)



"A Gorda" - Isabela Figueiredo 
(Caminho)



"A Origem do Ódio - Crónica de um Retiro Sentimental" - Rui  Ângelo Araújo 
(Língua Morta)



"As Primeiras Coisas" - Bruno Vieira Amaral 
(Quetzal)




"Céu Nublado com Boas Abertas" - Nuno Costa Santos 
(Quetzal)



"Karen" - Ana Teresa Pereira 
(Relógio d'Água)




"Não se pode morar nos olhos de um gato" - Ana Margarida de Carvalho 
(Teorema)


terça-feira, 20 de dezembro de 2016

"Presentes Com Um Sabor Especial" de Joana Roque

Agora que faltam poucos dias para o Natal dou-vos uma dica: este livro é o presente ideal para oferecer e também para quem, como eu, gosta de fazer algumas prendinhas. Possui, na verdade, ideias fantásticas e bastante fáceis de realizar.
Escolhi algumas, que achei mais saudáveis e pus mãos à obra! Deixo-vos aqui as fotos daquela que foi eleita para oferecer a colegas de trabalho e alguns amigos: o Sal de Natal!

A receita? Escolham um bom sal (sal marinho integral), juntem salsa seca e grãos de pimenta rosa. Depois é só preciso arranjar frascos, umas etiquetas ou algo que lhes dê um toque natalício e já está! Vejam como ficaram:







Cris

quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

Passatempo de Natal 2016 / Arena



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Passatempo de Natal 2016 / Suma de Letras

 

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