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quinta-feira, 23 de dezembro de 2021

Para os mais pequeninos: "E Viveram Felizes para Sempre - O Amor no Reino Animal"

 


Uma última dica antes do Natal para quem quer oferecer um livro a um público mais pequeno: 

O sub-título diz quase tudo: o amor no reino animal. Este livro fala-nos das várias formas de amor no meio de diferentes espécies e de que forma é que ele se reveste. Situações tão diferentes e tão engraçadas nalguns casos! É impossível não aprender e não ficar surpreendida com o conteúdo deste livro. Agradou-me deveras!

As imagens pedem demora no olhar, tão lindas que são! 

Espreitem aqui:






 
Cris


terça-feira, 21 de dezembro de 2021

"Uma vida Assim-assim" de Cláudia Araújo Teixeira

Creio que foi o título deste livro que me fez pegar nele. O que é isso de ter uma vida assim-assim? Quantas vidas assim se vive assim? Porque vivemos assim-assim quando temos o direito de ser, de ter e sonhar com tudo?

Cristina nasceu num bairro social do Porto. Nasceu mas não quer lá ficar e desde cedo tem noção que o seu lugar não é ali, ou pelo menos, não pretende que assim seja. É com a descrição da vida num bairro no início da década de 70 que Cláudia Araújo Teixeira nos presenteia com uma protagonista forte, decidida a comandar a sua vida e é através dela que vamos conhecendo toda uma panóplia de moradores que possuem um peso, maior ou menor, na sua vida. 

Todos eles giram em torno de Cristina Maria. Uma caracterização sociológica muito bem feita de uma época, de um bairro fechado em si mesmo, com características específicas mas, sobretudo, a caracterização psicológica de uma mulher que luta para fugir de um destino que a pertença a um lugar pode condicionar.

Leitura rápida e muito interessante. Retratos bem conseguidos.

Terminado em 7 de Dezembro de 2021

Estrelas: 5*

Sinopse

Às 21h08 do dia 13 de Abril de 1970, enquanto a missão espacial Apollo 13 deixa o mundo em suspenso ao anunciar Houston, we’ve had a problem, Cristina Maria nasce num bairro social do Porto. A coincidência escapa por completo aos seus pais, que perdem assim a oportunidade de juntar uma boa história à já sobrelotada mitologia familiar.
 A década de 70 está a dar os primeiros passos e, com ela, traz um vislumbre de modernidade a um país cinzento. As senhoras fazem a mise, os cinemas inauguram as sessões da meia-noite, diz-se bom-dia com Mokambo, os quiosques vêem esgotar a revista Gina, inauguram-se os primeiros centros comerciais… Mas se as melhores casas do país se rendem à alcatifa, no Bairro, o linóleo não tem rival. Se milhões choram a separação dos Beatles, o Bairro baila alegremente ao som dos Diapasão. O Bairro é imune ao mundo porque o Bairro é o mundo.
Cristina Maria, que nunca descobrirá a sua ligação ao programa espacial americano, sonha voar mais alto. Não precisa de validação exterior para traçar o seu destino, que, sabe, está para lá dos limites do Bairro. Ela, que se sente especial desde que tem consciência de si, jura nunca ter uma vida assim-assim.
Retrato das últimas décadas do século XX no Porto através dos sonhos e desalentos de uma jovem nascida nas margens da cidade, Uma Vida Assim-Assim apresenta-nos ao Bairro que a viu nascer e a uma panóplia de personagens tão extravagantes quanto vívidos, tão humanos quanto anedóticos. Nesta vertiginosa viagem a um destino que não consta dos guias turísticos, encontramos o outro lado da vida.

Cris

sexta-feira, 17 de dezembro de 2021

Para os Mais Pequeninos: "Os Donos do Recreio"


O que acontece quando alguém quer ser dono do recreio e quer mandar em toda a gente? E quando aparece outra pessoa e quer mandar também nesse recreio? 

Foi assim que tudo começou! O João achou que o recreio, onde brincavam todos os meninos, devia ser seu e que devia mandar em tudo e em todos. Queria ser o Rei João. As coisas correram bem, no início. Mas depois...

Surgiu a Leonor que queria ser a rainha do recreio. Aparentemente tudo deu certo, mas só no início. Porque os pequenos reizinhos queriam mandar e que todos lhes obedecessem e quando assim é a tirania não é bem vinda! 

O que será que aconteceu?

Divertido e educativo ao mesmo tempo, esta história tem como pano de fundo as relações entre as pessoas, neste caso entre os mais pequeninos, pretendendo mostrar que a amizade se faz de partilhas e não de imposições. E que é sempre tempo de voltar atrás e recomeçar de novo, pedindo desculpas pelos erros cometidos.

Ilustrações muito expressivas que pedem demora no olhar. Muito interessante para ser lido e comentado pelos pequenitos.

 

 

 

Cris


quinta-feira, 16 de dezembro de 2021

"Herança" de Vigdis Hjorth

O título desta obra não foca o cerne da questão principal aqui retratada mas é precisamente devido a uma herança deixada a quatro irmãos (em que dois desses irmãos são preteridos em favor dos restantes), que um facto traumático (re)surge numa família. É, pois, devido a uma herança desigual que é desenterrado um drama que afastou e dividiu os membros dessa família.

A acção decorre lentamente. O assunto de fundo mexe com os traumas/ acusações que a protagonista não esquece nunca e que a leva a cortar relações com alguns membros da sua família. A autora norueguesa pegou num assunto que, pelo que li, tem muito de pessoal, e que aborda feridas antigas, sentimentos de culpa, mágoa e dor. Ódio e repulsa.

O leitor pressente o que se terá passado e que faz com que Bergljot, a narradora, se sinta traída pelo pai, pela mãe e até pelas irmãs. Bergljot vive a sua vida, tenta esquecer primeiro, depois superar esse acontecimento através de terapia, afastando-se da sua família. Mas os laços familiares são difíceis de cortar completamente e a herança é o ponto da discórdia que a leva a mergulhar de novo nos traumas de infância.

Confesso que teria preferido que a trama decorresse a um ritmo mais rápido pois senti repisar o mesmo assunto mais vezes que gostaria. Mas considero importante a abordagem feita sobre as heranças emocionais que os traumas de infância podem acarretar. Há heranças emocionais carregadinhas de ódio, rancor e medo. Difíceis de ultrapassar. Muito diferentes das heranças materiais, porque mais pesadas. 

Terminado em 4 de Dezembro de 2021

Estrelas: 4 *

Sinopse

Quatro irmãos. Duas casas de férias. Um segredo. Há vinte anos que Bergljot se mantém fora da órbita da família, mas, quando uma disputa em torno do testamento dos pais sobe de tom, ela não poderá ficar calada. Ambos vivos, os pais decidem deixar duas casas de veraneio às suas irmãs, deserdando de uma parte importante do património da família os dois filhos mais velhos. Visto de fora, este é um simples caso de favoritismo. Bergljot, que vive desde a infância com um segredo terrível, faz contudo uma leitura diferente: para ela, esta é a derradeira estocada para acabar com a verdade, o último insulto às vítimas.

Herança é um romance lírico sobre trauma e memória, sobre sobrevivência e força. Controverso, caminhando entre realidade e ficção, este foi um dos maiores êxitos da literatura norueguesa dos últimos anos, granjeando a Vigdis Hjorth múltiplos prémios e traduções da sua obra para mais de vinte línguas.

Cris

terça-feira, 14 de dezembro de 2021

"Memórias de Um Escravo Americano" de Frederik Douglas

Quem foi Frederik Douglas? Alguém que nasceu escravo, em 1918, numa plantação no Estado de Maryland, E.U.A. Um dos largos milhares de escravos num estado em que a escravatura tinha contornos ditos "mais suaves". Esta é a sua história, contada na primeira pessoa, de uma forma nua e crua, como se sentia muitas vezes: nu e cru. Nu, porque sem roupa e sem comida, os dias eram passados com frio e esfomeado. Cru, porque ainda não tinha tomado consciência de como era merecedor de tratamento igual e de como a sua cor da pele era, por si só, motivo de exclusão. A vida era assim, nada havia a fazer. 

"Ser acusado era ser condenado e ser condenado era ser castigado". Ponto. Não se podiam sequer defender. A acusação de algo significava culpa e castigo. Aliás, havia quem os castigasse regularmente e sem razão. Sonhar com um dono que os "alugasse" para trabalharem para alguém que fosse bom e não os chicoteasse era o máximo que as suas mentes alcançavam.

"Muitas vezes cantei para afastar a minha tristeza mas raramente para expressar a minha felicidade. Chorar de alegria e cantar de alegria eram coisas igualmente raras para mim quando me prendiam as garras da escravidão". 

Até que um dia, Frederik dá de caras com a educação e o poder que ela conferia naquela época. "O ensino vai estragar o melhor preto do mundo. (...) Nunca mais serviria para escravo. (...) Vai torná-lo descontente e infeliz." E é a partir daí que a sua tomada de consciência se dá. Às escondidas e à revelia dos seus donos Frederik aprende a ler e começa a sonhar com a fuga.

Um relato impressionante de alguém que viveu na pele uma das piores atrocidades que o ser humano fez a um seu par, a escravatura. Frederik ousou sonhar, mudar e aprender. A todo o custo. A sua vida é um exemplo.

Uma leitura obrigatória. Sem apelos ao choro este livro é, no entanto, duríssimo. Verdadeiro mas duro. As palavras são simples mas muitas partes são reveladoras de um ódio difícil de compreender.

Terminado em 30 de Novembro de 2021

Estrelas: 6*

Sinopse

A Maldoror apresenta as fascinantes Memórias de Um Escravo Americano, de Frederick Douglass. Nascido escravo em 1818, Douglass viveu a dura realidade da escravatura e sonhou desde cedo com a liberdade, para si e para os seus companheiros de escravidão. Aprendeu a ler por sua iniciativa, ensinou clandestinamente outros escravos a ler e planeou durante anos a fuga. Uma vez em liberdade, Douglass tornou-se um importante abolicionista e o afro-americano mais influente do século XIX; a sua intervenção na defesa dos direitos civis mostrou-se vital na luta pelo fim da escravatura. 

Cris

segunda-feira, 13 de dezembro de 2021

A Convidada Escolhe: "Apenas Miúdos"

“Apenas Miúdos ” – Patti Smith, 2011

A primeira vez que ouvi falar de Patti Smith foi há bem pouco tempo, numa campanha presidencial de Marisa Matias em que “People have the Power” cantado por ela me deixava fascinada pela força que o poema convocava. Mais tarde, foi à grande amiga Patti Smith que coube ler em Estocolmo a mensagem de Bob Dylan, agraciado em 2016 com o Nobel da Literatura. Foi pois com interesse que quis conhecer esta mulher despojada de artifícios de artista, neste “Apenas Miúdos”, o seu primeiro livro em prosa.Ela e Robert Mapplethorpe, a quem Patti prometera escrever a história deles num livro, são esses “miúdos”. É um livro de memórias que começa nos primeiros anos de Patti a viver com os pais e os irmãos no sul da Nova Jérsia, a partida para Nova York em 1967 quando decide viver a sua vida independente, o encontro com Robert e a descoberta de um mundo novo, os amores, desamores, encontros e desencontros da vida tumultuosa dos anos 70, uma década de amor, rock and roll, drogas, arte, experimentalismo, busca incessante da felicidade, até à morte de Robert em 1989, quando Patti vive em Detroit, é mãe dum filho e duma filha e é casada com Fred Sonic Smith. O livro está repleto de nomes dos famosos da música, da arte e da cultura anglo-americana que nessa época passavam na rádio e nos gira-discos dos jovens de todo o mundo.  Patti e Robert, dois jovens de 21 anos, com culturas e histórias diferentes, anseiam da vida muito para além dos percursos previsíveis, expectáveis pela sociedade. Querem exprimir-se pela arte, querem ser livres, querem criar aquilo que ainda nunca antes foi experimentado, mas ainda não sabem como fazê-lo. Escrever um livro, escrever poemas, musicar poemas, desenhar, ler e aprender com o que se lê, fotografar. Se Robert ficou célebre pela fotografia, nunca tendo conseguido adaptar-se a trabalhos estáveis ou fixos, aceitando o que aparecesse, a verdade é que Patti, para além de ter trabalhado em livrarias, experimentou várias formas de expressão, desde uma breve incursão no teatro, a modelo para fotografias de Robert, leituras de poemas ao vivo, desenha, faz recensões de discos, mas sempre com o seu maior desejo de escrever poemas para canções. E tudo isto num ambiente de falta de dinheiro permanente e de busca de reconhecimento. Se o primeiro mês da chegada de Patti Smith a Nova York foi uma experiência de sem-abrigo, ela confessa que se sentia segura “Não tinha nada para oferecer a um ladrão, e não temia os homens que andavam por ali a rondar”. Os seus mantras dessa época eram “Sou livre, sou livre” “Tenho fome, tenho fome”. (P. 45) Mas no meio da solidariedade que lhe permitia uma pequena refeição ou um banho em casa de algum amigo, foi o encontro com Robert que veio marcar a sua vida, muito para além do tempo de vida de Robert.
Nova York palpitava de vida. Jovens como eles, à procura de si próprios. “Éramos um bando de inadaptados, mesmo no terreno liberal de uma escola de arte. Por vezes dizíamos a brincar que éramos um «salão de inúteis»”.(p. 75) Leais, mas livres. Foi no Hotel Chelsea onde “toda a gente que passa por aqui é alguém, mesmo que não seja ninguém no mundo lá de fora” (p. 115) , “uma feira franca, onde toda a gente tinha algo de si para vender e ninguém parecia ter muito dinheiro ” (pp. 134 e 141) que Patti e Robert conheceram uma imensa comunidade de  artistas e que marcou Patti pelos famosos que ali tinham vivido ou pernoitado, como Oscar Wilde, Dylan Thomas, Thomas Wolfe ou Bob Dylan. Para Patti o Hotel Chelsea é a sua nova universidade onde, para além de entrar em contacto com os seus poetas de eleição, aprofunda a sua relação antiga com a poesia de Rimbaud, conhece Janis Joplin e tantos outros músicos, poetas, cantores, sendo o fim do Chelsea, quando cada um se vai embrenhando nas suas vidas e escolhendo os seus destinos, o fim de um ciclo para ela.
Neste livro de memórias, Patti é duma franqueza comovente. Há uma marca forte de espiritualidade na personalidade de Patti, alguém que passando por um ambiente tão desprendido e livre passa muito consciente de si e quase intocada. O seu ar andrógino criava falsas ideias e incompreensão entre os que com ela se relacionavam, de que era lésbica e se drogava. Imagino-a sentada no chão, no Hotel Chelsea ou no estúdio que compartilhava com Robert, a escrever poemas na Remington e mais tarde na Hermes 2000, a planear a sua ida a Paris para visitar o túmulo de Jim Morrison e a Charleville para visitar o lugar onde Rimbaud nasceu e está sepultado. A ligar todos aqueles que morreram ainda jovens: o Brian Jones dos Rolling Stones, o Jim Morrison, o Jimmy Hendrix ou a Janis Joplin. A sentir que a sua vida está numa encruzilhada, que a sente como irrelevante e irreverente e que quer dar-lhe uma volta. A imaginar no primeiro dia de cada ano que “o que acontecer hoje, acontece no resto do ano” e a decidir 1973 como o seu ano da poesia. Mas sempre ligada a Robert, admirando-o, amando-o e dando-lhe todo o apoio, mesmo quando as suas propostas a chocam por serem demasiado radicais.
Os anos 80 trazem consigo a SIDA, uma doença desconhecida e fatal. Uma geração que morrera no Vietname ou por consumo de drogas via agora chegar uma cruel praga para a qual a medicina ainda não estava preparada. No dia em que Patti sabe que está grávida da filha Jesse, recebe a notícia de que Robert está doente com SIDA. Quando mais tarde se reuniram e Robert decidiu fotografar a capa do álbum de Patti “Ele transportava a morte dentro de si e eu transportava a vida. Ambos estávamos cientes disso, bem o sei. Era uma simples fotografia. O meu cabelo estava entrançado como o da Frida Kahlo. O sol a bater-me nos olhos. E eu estou a olhar para o Robert e ele está vivo.”
“Apenas Miúdos” é um livro comovente. O retrato de uma época, de uma geração. Um testemunho que vale a pena ler.


7 de Dezembro de 2021
Almerinda Bento


sexta-feira, 10 de dezembro de 2021

"A Lenda do Belo Soldado" de Margarida Rebelo Pinto

Quero falar-vos de amizade. Os livros são, por vezes, o elo de união, a amizade surge como uma bela recompensa e é uma das mais-valias que esses objectos nos dão. Conheço a B. há muito e no meio das conversas sobre livros lá vamos falando dos filhos e da vida em geral.

Que é que isto tem a ver com esta leitura? Nada e tudo!

A B. disse que eu ia gostar. Que era um registo diferente, que estava bem escrito, que se lia muito rápido.

A história é baseada numa lenda nos tempos de Viriato. Reza assim: um bravo soldado seguiu esse herói lusitano, lutando com ele até ao fim. Vendo esse guerreiro imolado numa pira, o soldado revelou a sua verdadeira identidade e juntou-se a ele. É uma história de amor e fala-nos da bravura de uma mulher.

Li alguns livros da Margarida na minha juventude (Ai! Há tanto tempo!), mas gosto muito mais deste registo. É uma leitura ligeira mas que nos transporta para outros mundos e o toque histórico agrada-me bastante.

Também li o "Minha Querida Inês" e gostei, precisamente devido ao seu pendor histórico.

Querem um livro para desanuviar de leituras mais pesadas mas onde certamente vão aprender alguma coisa mais sobre esse herói lusitano?

Terminado em 21 de Novembro de 2021

Estrelas: 4*+

Sinopse

Inspirada em factos históricos e numa das mais antigas lendas do nosso país, Margarida Rebelo Pinto recria uma personagem apaixonante e corajosa anterior à fundação de Portugal. 

quarta-feira, 8 de dezembro de 2021

Para os Mais Pequeninos: "O Grande Livro da Vida"


Não é fácil escolher as palavras certas para este livro! Abarca tantos assuntos contando-nos, ao mesmo tempo, pormenores deliciosos que generalizar não me parece certo... Basicamente possui três  protagonistas principais: o Homem, os Animais e a Natureza. O mundo, enfim! A VIDA.

O tema que está subjacente a este livro é a ligação que se estabelece entre o Homem e o mundo natural. Vamos descobrir nestas páginas que todos os seres vivos são únicos e especiais, que precisam todos de segurança e protecção, que todos possuem a sua linguagem própria, a importância do ar, da água, do sol, que estamos interligados, que esta Natureza maravilhosa precisa de "uma mãozinha" nossa.

Pequenos textos espalham-se nas folhas grandes, ilustrações vivas e coloridas dão sentido às palavras, atraindo o pequeno leitor. Ajudado por um adulto pode abarcar crianças  de idades mais pequenas até aos pequenos leitores de 7, 8 anos. Este vai para um leitor que já dá alguns passos valentes na leitura. O M. Com os seus recentes 8 anos vai deliciar-se de certeza, porque as informações nele contidas são suficientemente interessantes para manter a sua curiosidade em alta durante toda a leitura deste livro. Temas relacionados com animais e com a natureza são o seu foco.

Esta colecção possui já outros livros do mesmo autor que vale a pena olhar com atenção: O Grande Livro dos Insectos, O Grande Livro dos Oceanos, O Grande Livro das Aves, O Grande Livro dos Animais e O Grande Livro das Flores. E para que conste o seu tamanho é grande mesmo!!!

Vejam algumas fotos:






Cris

segunda-feira, 6 de dezembro de 2021

Resultado do Passatempo Mensal "Toca a Comentar"

Anunciamos o vencedor deste passatempo referente ao mês de Novembro.

Este é o link para o post onde se encontra anunciado o passatempo.

Assim, através do Random.Org, de todos os comentários efectuados nesse mês, foi seleccionado um vencedora! Foi ela:

Cidália Ferreira

Parabéns! Terás que comentar este post e enviar um email para otempoentreosmeuslivros@gmail.com até ao próximo dia 20, com os teus dados e escolher um de entre estes dois livros:

 

Cris


quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

"A Alpinista" de Marcio Pitliuk

Marcio Pitliuk é um dos maiores especialistas do Brasil sobre o Holocausto. E esse vasto conhecimento que possui surge em cada página deste romance. Foi, sem dúvida, esse facto o que mais me atraiu nesta leitura.  

A personagem é, no mínimo, asquerosa e vil. Não cria qualquer empatia no leitor. O seu desejo de subir a todo o custo, a sua frieza nas relações que estabelece e a sua vontade de enriquecer a todo o custo, a sua dissimulação crescente, faz desta alemã uma pessoa de quem é fácil sentir desprezo.

Por detrás desta história ficcionada, a História cronologicamente muito bem descrita sem o leitor dar conta disso. Questões sobre este tema interpoem-se a quem lê. Quem foi verdadeiramente responsabilizado, após o fim da guerra, pelos seus actos? Quem ficou impune e porquê?

Gostei muito. A escrita é simples, directa mas esta história poderia ter realmente acontecido.

Terminado em 19 de Novembro de 2021

Estrelas: 4*+

Sinopse

"Desde muito jovem Hannelore Schultz sabia bem o que não queria: o desconforto, a pobreza e os modos rudes do ambiente onde crescera. Mas também sabia o que queria: luxo, riqueza, poder. Nada disso combinava com o vilarejo da sua infância e juventude. Logo que surgisse a oportunidade pretendia sair dalie a porta abriu-se com o início da perseguição aos judeus. Berlim parecia-lhe ser a resposta para as suas ambições. Estava certa. Quanto a armas, usaria as que tinham nascido consigo e aprimorá-las-ia ao longo do tempo: rara beleza, elevada capacidade de sedução, inteligência, foco. Para Hannelore nada mais contava do que a sua vida, os seus planos, a sua ambição. O mundo estava lá para servir o seu objectivo de ascensão social, degrau a degrau. Ambição, sexo, traição tudo isto se revela neste romance que tem como pano de fundo a Segunda Guerra Mundial, a Berlim que se julga dona de tudo, os campos de extermínio nazistas na Polónia. A vida das personagens cruza-se com a política imperialista e aterradora de Hitler, e boa parte delas usam-na a seu favor. O remorso, esse, parece ser uma palavra desconhecida.

No fim do caminho haverá espaço para a justiça? Uma obra que se lê sem paragens!

Cris