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domingo, 31 de dezembro de 2023

"Prisão de Gelo" de Sharon Bolton

Livro lido a propósito de um clube de leitura de thrillers, passado em dois espaços temporais diferentes.

Mergulhamos, primeiro, no presente e gelamos, literalmente, quer pelas descrições passadas no ambiente do hemisfério sul, mais propriamente na Antártida, quer pelo pavor que sentimos em Felicity, a protagonista, que se sente perseguida por alguém. O mistério permanece durante quase toda a trama, o que prende o leitor. Quem a persegue? Porquê? 

No "passado" para onde saltita depois a acção, tomamos conta um pouco mais do que era a vida de Felicity uns meses antes. Os seus medos impedem-na de viver uma vida "normal" já que se dá conta que tem momentos em que "acorda" em locais desconhecidos, sem saber como foi lá parar e o que fez nesse espaço de tempo! Estará a ficar maluca?, questiona-se.

É aqui que surge Joe, psicólogo, com quem começa a fazer terapia. Algumas situações difíceis de superar e resolver na sua vida, fazem com que Joe também lide com problemas graves. O mistério adensa-se.

É abordado, também, uma doença psicológica que já vi referida noutros livros: o distúrbio de personalidade múltipla ou o distúrbio de identidade dissociativo. Aspecto muito interessante e que ajuda a tornar mais densa a acção. 

E nós, presos à trama, passamos página a página sem querer largar o livro! Achei que esta obra cumpre, por isso, o seu propósito. Gostei.

Terminado em 15 de Dezembro de 2023

Estrelas: 4*+

Sinopse

O medo que Felicity tem do seu ex-marido Freddie levou-a a uma pequena ilha no meio da Antártida. Sempre que um navio se aproxima, procura um esconderijo e observa os passageiros com o seu binóculo. Espera ansiosamente que o inverno chegue e que o gelo isole a ilha do resto do mundo durante alguns meses. Finalmente, chega o último navio da temporada… e o pesadelo de Felicity torna-se realidade. Freddie está a bordo e não vai descansar até a ver cara a cara. 

Cris

"Uma Solidão Demasiado Ruidosa" de Bohumil Hrabal

Lido com o intuito de falarmos sobre ele num clube de leitura, este livro deste autor checo despertou em mim vários estados opostos. Umas vezes li com muito interesse, sofreguidão até, outras, a trama não desenvolvia e parecia que enrolava. É livro que beneficiaria de uma segunda leitura, certamente.

Não possui muita intriga, esta trama, mas nesta obra, ao reunir uma série de episódios passados com o narrador, o leitor fica com uma visão geral da vida de Hanta, um homem solitário que trabalha com uma prensa hidráulica numa fábrica de papel.

Uma das frases que ele repete insistentemente e que me fez sorrir amiúde, é que ele "é culto independentemente da sua vontade" já que pelas suas mãos passam milhares de livros para destruição e ele vai salvando aqueles que lhe parecem mais importantes. Uma crítica subliminar ao regime está por detrás destes episódios narrados, neste encadear de pensamentos escritos na primeira pessoa, por alguém que ama a sua profissão e a exerce da melhor maneira que sabe.

Algumas situações são inusitadas, insólitas, quase absurdas, com momentos de humor que desconcertam o leitor. Como pano de fundo está a II Guerra embora ela não seja o foco do livro. Diz repetidamente: "O céu não é humano". Achamos isso muitas vezes, não é?

Vale a pena ler!

Terminado em 12 de Dezembro de 2023

Estrelas: 5*

Sinopse

Agora em tradução revista, "Uma Solidão Demasiado Ruidosa" (1976) é a história do velho Hanta, que, por ofício, prensa e destrói livros no subsolo de Praga, e que, por amor, salva dessa hecatombe os mais belos achados em pilhas de papel: textos de Kant, Hegel, Camus, Novalis e Lao-Tsé, todos eles condenados à destruição pelas autoridades.

Até que, um dia, o progresso quer aniquilar com mais eficácia as páginas que Hanta insiste em resgatar da sua obsoleta prensa. Censurada e publicada em samizdat, "Uma Solidão Demasiado Ruidosa" tornou-se uma obra de culto sobre a indestrutibilidade da memória e da palavra e o seu poder redentor em tempos bárbaros. Bohumil Hrabal confessou ter vivido apenas para escrever este livro.

Cris

quinta-feira, 28 de dezembro de 2023

"Acolher" de Claire Keegan

É o primeiro livro que leio desta autora, embora tenha cá em casa o "Pequenas Coisas Como Estas". Adorei. 

Embora gostasse que a história tivesse mais uma centena de páginas (é a minha opinião generalizada sobre contos!), fiquei maravilhada com a envolvência perfeita que a escrita da autora produz em nós, a história simples mas tão cheia de sentido, abordando temas tão duros mas com uma ingenuidade muito própria das crianças! 

Sabemos, pois, que a narradora é uma criança pequena. Pequenos detalhes são referidos: família pobre, numerosa, que para aliviar o seu orçamento leva uma das filhas, algures para uma casa rural na Irlanda, para uma família que a acolhe. Temporariamente? A menina não sabe. 

E depois há o amor. Amor que vai fazer diferença. E um segredo que descobre e que obriga o leitor a pensar em como o Amor de pessoas de bem pode ser inesgotável mesmo quando a vida, portadora de uma desgraça horrível, lhes bate à porta. Uma lição!

E há o fim que não queria que acontecesse porque queria mais. Muito mais. Mas percebo a autora porque a história é perfeita e está completa tal como é. Acolhedora e profunda.

Capa maravilhosa que completa visualmente esta obra e que induz o leitor para toda a ruralidade relatada. 

Recomendo muito. Um caso em que o pouco é muito. Muito e bom!

Terminado em 5 Dezembro de 2023

Estrelas: 6*

Sinopse

Uma menina vai viver com os pais adotivos numa quinta da zona rural da Irlanda, sem saber quando regressará. Numa casa desconhecida, de gente estranha, encontra um calor e uma afeição que não sabia existirem e começa lentamente a florescer. Até que a revelação de um segredo a faz compreender a fragilidade da sua vida.

Cris

"Acreditar nas Feras" de Nastassja Martin

Este livro descreve-nos o encontro/luta entre uma antropóloga e um urso na Sibéria em 2015. Desfigurada e quase à morte, a protagonista sobreviveu e conta precisamente esse encontro e os dias/meses que se seguiram. Os dias passados a recuperar nos hospitais russos (e o interrogatório a que foi sujeita por parte das autoridades) e, também, hospitais franceses. Apercebemo-nos da sua vontade de regressar à Sibéria, mais concretamente para Camecháteca, no extremo oriental da Rússia, e aos seus amigos pertencentes ao povo Eveno, onde fazia trabalho de campo. O estilo de vida deste povo, pelo que pude perceber, encontra-se ameaçado pela exploração dos recursos naturais feita na sua terra. Aprendeu a sua língua para melhor comunicar com eles. Para este povo, quem sobrevive a um ataque de um urso polar torna-se uma criatura em que o espírito do urso vive.

Nastassja Martin é antropóloga e esta é a sua histórias, ou pelo menos, parte dela! Quando peguei neste livro não me apercebi desta realidade. Fiquei sempre na dúvida se ela estaria a misturar acontecimentos reais com ficção, o que, percebo agora, enfraqueceu a minha leitura. Acreditei que estaria a ler partes de ficção. Mas a realidade, muitas vezes, supera a ficção! Este é um desses casos.

Terminado em 2 de Dezembro de 2023

Estrelas: 4*+

Acreditar nas Feras (2019) narra o encontro brutal entre uma antropóloga e um urso na Sibéria, em 2015. Ele desfigurou-a, mas poupou-lhe a vida.

Ela sobreviveu para contar este esmagador recontro, esta história «de um colapso e de uma ressurreição». Carregará consigo para sempre a marca da fera, ao tornar-se, segundo os Evenos, uma miedka, uma criatura habitada pelo espírito do animal e que vive entre dois mundos cujas fronteiras se estilhaçaram. Relato construído ao ritmo das estações do ano, do qual não está ausente a dimensão política – a «guerra fria» entre Leste e Ocidente, travada no corpo de uma mulher, em intermináveis cirurgias e pernoitas em hospitais russos e franceses .

Acreditar nas Feras questiona uma humanidade que, no ensejo de tudo normalizar e controlar, esqueceu uma ligação ancestral e a pertença ao mundo natural.

Cris

 


quarta-feira, 27 de dezembro de 2023

"Book Love" de Debbie Tung

Se tiverem alguns minutos podem deliciar-se com este livrinho. Pequeno
em tamanho mas que toca grandemente nalgumas situações em que qualquer bibliófilo se vai rever. E estamos todo esse tempo a dizer "Ah, eu sou assim!", "Ah, tanto assim, não!", "Será que sou mesmo assim?"... e por daí em diante.

De qualquer forma, quer nos identifiquemos mais ou menos com estas situações descritas, o que é certo é que um sorriso paira sempre nos nossos lábios. E fica um gostinho bom como quando saboreamos algo docinho!

Toda feita em tons de branco e preto, esta GN possui um personagem feminino louco por livros e por tudo aquilo que eles trazem à sua vida, e com o qual nos identificamos de imediato. Ilustrações supimpas!

Este livro constitui uma boa prendinha para bibliófilos, é o que é!

Terminado a 30 de Novembro 2023

Estrelas: 4*

Cris

sexta-feira, 22 de dezembro de 2023

"As Mães" de Brit Bennett

Este livro tinha tudo para lhe dar 6 estrelas mas não fiquei satisfeita com o final. Não que não goste de finais em aberto. Gosto. Sobretudo daqueles em que as hipóteses são variadas e o leitor pode escolher aquela para a qual mais se inclina. Este final, achei incompleto. Senti que faltava informação. Que com mais duas ou três páginas poderia ficar um final em aberto mas perfeito.

Posto isso vou-vos falar de uma obra da qual gostei muito, que envolve o leitor logo nas primeiras páginas, com personagens bem construídos, humanos, com detalhes muito reais. Personagens que, tal como as pessoas, possuem características positivas e negativas. É um dos factores que aprecio num livro. Ninguém é totalmente mau ou bom. Os erros de comportamento são uma característica do ser humano. A reacção face aos mesmos é que pode ser diferente.

Uma jovem com 17 anos, inteligente o bastante para ser a primeira da sua família a ter possibilidade de ganhar uma bolsa para a universidade, vê-se numa posição desesperada. Grávida, prevê um futuro cheio de obstáculos que a impedirão de ter a vida com que sonha. A gravidez não está nos seus planos. 

Para além disso, ainda carrega nas costas o suicídio da mãe. Que razões a terão levado a agir assim? Há culpados? Será ela é culpada, de alguma forma, dado a mãe a ter tido ainda na sua adolescência? Nadia, Luke, seu namorado, Audrey, sua melhor amiga, crescem com pesos e segredos difíceis de carregar. 

E há as "mães", algumas senhoras que frequentam a igreja, narradoras de parte deste livro. "Nós", as mães, que o leitor vagamente sabe quem são. Personagem colectivo numa comunidade fechada afro-americana, a sul da Califórnia.

As páginas voam, a trama adensa-se e prende. Aconselho.

Li desta autora o livro que foi anteriormente publicado em Portugal, "A Outra Metade" (opiniao aqui), embora cronologicamente tenha sido escrito depois deste. Para romance de estreia foi uma boa surpresa.

Terminado em 27 de Novembro de 2023

Estrelas: 5*

Sinopse

O romance de estreia de Brit Bennett, autora do fenomenal A outra metade e herdeira da tradição literária norte-americana firmada por James Baldwin, Toni Morrison e Chimamanda Ngozi Adichie.

Sobre o pano de fundo de uma comunidade afro-americana marcada pela religião, no Sul da Califórnia, As mães conta uma história comovente e perspicaz sobre amor e ambição. Tudo começa com um segredo: «Todos os bons segredos têm um determinado sabor antes de os contarmos, e, se tivéssemos demorado mais algum tempo a degustá-lo, teríamos porventura reparado na acidez típica de um segredo ainda por amadurar, colhido cedo demais, rapinado e propagado antes do tempo certo.»

Nadia Turner está no fim do liceu e é uma adolescente rebelde, angustiada, muito bonita. Imersa no luto após o suicídio da mãe, envolve-se com Luke, um rapaz um pouco mais velho, filho do pastor da comunidade. São miúdos, não é nada sério. Mas desse romance resultará um segredo com um impacto duradouro. Pouco depois, Nadia abandona a terra natal, para forjar uma vida só sua. Os anos passam. Já adultos, Nadia, Luke e Aubrey, a melhor amiga, ainda vivem no rescaldo da escolha que fizeram naquele Verão à beira-mar, enredados num estranho triângulo amoroso e perseguidos pela dúvida: como seria agora, se tivessem, então, feito uma escolha diferente? Numa prosa encantatória e desafiante, As mães revela que as escolhas que seguimos deixam marca até ao fim.

«Agridoce, sensual, moralmente desafiante.» The New York Times Book Review

Cris

quarta-feira, 20 de dezembro de 2023

"Furriel Não é Nome de Pai" de Catarina Gomes

Quando li da Catarina o "Coisas de Loucos", fiquei sua fã. Da sua escrita tão pessoal que nos faz aproximar dos personagens reais que descreve, da forma como consegue prender o leitor através de uma investigação que supomos demorada, dos pormenores relatados que nos fazem viajar para a época descrita. 

Aqui, o mesmo sucedeu. Pouco mais tenho a dizer sobre a sua forma tão peculiar de tratar um assunto, do seu envolvimento palpável nas linhas que escreve. Escreve com o coração sem deixar que este interfira ou julgue. Descreve a dor, o amor, a razão, a loucura. 

Capa soberba, com as características que a Tinta da China já nos foi habituando, e um título fantástico que muito tem a ver com uma das histórias narradas e que acaba por representar todas as outras. Meninos fruto da Guerra Colonial que vieram a um mundo sem que a ele pertencessem. Filhos de soldados portugueses e nativas que nunca foram aceites na terra onde nasceram e foram objecto de discriminação. Filhos de tugas, "filhos do vento", a maior parte deles registados como filhos de "pai desconhecido". Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.

É impressionante em como todas estas histórias há um denominador comum: a dor de não saber quem é o pai, a esperança de um (re)encontro, o querer colocar um ponto final numa vida toda ela feita de esperança, incerteza e dor. Estes são apenas alguns nomes a que Catarina conseguiu atribuir um rosto. 

Sei que há algumas reportagens sobre este assunto que quero muito ver. Vou tratar disso!

Terminado a 19 de Novembro de 2023

Estrelas: 6*

Sinopse

Chamavam «resto de tuga» a Fernando e ele não percebia porquê, até ao dia em que descobriu que era filho de um português que combatera na Guiné. Procurou o pai pelo nome que achava que ele tinha, o único nome que a sua mãe decorou: furriel. Uma patente militar é pouco, mas Fernando não desiste.
A história de Fernando repete‑se com outros nomes: o de Óscar, sovado todos os dias pelo padrasto, por ter nascido com a pele mais clara; o dos gémeos Celestina e Celestino, que guardam, aos 40 anos, a fotografia desbotada de um jovem militar que não quer conhecê‑los. Não se sabe o número de casos, porque estas contas nunca se fizeram.

Catarina Gomes partiu para África levando na mala um dos maiores tabus entre os militares portugueses: os filhos da guerra, crianças que ficaram para trás (em Angola, Moçambique e na Guiné‑Bissau) quando terminou o conflito e que há anos buscam uma identidade perdida, sem que o próprio Estado português reconheça a dimensão desta realidade. Esta é a primeira vez que se conta a sua história.

sexta-feira, 15 de dezembro de 2023

"Amor e Perda" de Amy Bloom

Os livros abrem-nos portas para podermos viver outras vidas! Quem lê, sabe isso. Às vezes viajamos no tempo, muitas das vezes para épocas em que o ódio e o desamor imperavam. Ficamos a conhecer detalhes que, se não reais, pelo menos representativos do momento. Aprendemos. 

A viagem que este livro nos propõe é diferente. Não entramos numa cápsula do tempo que nos deixa numa época muito anterior à nossa. Mas o tema, duro e profundo, é transversal no tempo. Quantas pessoas não o terão sentido na pele?

Ao marido da autora foi diagnosticado Alzheimer aos sessenta e poucos anos. As mudanças iniciais no seu comportamento foram subtis e passaram despercebidas. Quando confrontado finalmente com a situação, quando o diagnóstico aterrador surgiu, o céu caiu para este casal que estava junto há 12 anos e que esperava ter uma velhice conjunta e feliz.

Ao tomar uma decisão sobre a sua vida, Brian, teve de enfrentar familiares, amigos e a autoridade/leis. Não conseguiria ter levado o seu intuito avante se não tivesse Amy do seu lado. Coragem e amor, tiveram de sobra. Mas muita dor também.

Amor e Perda, um título feliz para um livro impactante, duro e escrito com uma sensibilidade extrema. "Escreve sobre isto", pediu Brian. Amy Bloom assim o fez. Deve ter sido difícil, para ela, voltar atrás e recordar mas, imagino, que se traduziu numa catarse também. 

Recomendo.

Terminado em 14 de Novembro de 2023

Estrelas: 6*

Sinopse

Amy Bloom começou a reparar em mudanças no marido, Brian. Reformou-se de um novo emprego de que gostava. Afastou-se das amizades mais próximas.Começou a falar bastante sobre o passado. Subitamente sentiu que existia uma parede de vidro entre eles. As suas longas caminhadas e conversas cessaram. O seu mundo foi lentamente abalado até uma ressonância magnética confirmar o que não podiam mais ignorar:Brian sofria de Alzheimer. Ponderaram o impacto que isso teria no seu futuro como casal. Brian estava determinado a morrer de pé...

Cris

quinta-feira, 14 de dezembro de 2023

"Mulheres Sem Medo" de Marta Breen e Jenny Jordahl (GN)

Ainda tenho algumas graphic novels por ler. Como são livros caros, vou aproveitando ocasiões especiais para as adquirir e acabam na estante à espera de vez. Chegou o tempo desta pequena maravilha.

A capa, o título e o sub-título são representativos do conteúdo. Mulheres sem medo que, na sua época, lutaram contra preconceitos instituídos, por uma liberdade que não era atribuída, por direitos a que queriam ter direito, por acesso a escolhas que lhes estavam interditas.

Algumas das suas conquistas são, nos dias de hoje, tidas como adquiridas e não sabemos (ou esquecemos) o quanto foi difícil conseguir alguns desses direitos. Uma vez mais, os livros como fonte de aprendizagem. Alguns nomes eram-me completamente desconhecidos e as vidas destas mulheres corajosas foram, no mínimo, cheias de peripécias. A prisão e a morte estiveram, em muitos dos casos, no fundo do túnel.

Achei que faltava um índice já que esta GN acaba por estar dividida em vários capítulos, direccionados a um tema específico. As cores são usadas para delimitar esses temas: como pano de fundo está o preto e o branco e em cada capitulo uma cor é-lhe adicionada.

Gostei muito. Se quiserem saber mais sobre os combates e lutas de muitas das mulheres, através dos tempos e em contextos geográficos diferentes, esta é uma hipótese muito boa.

Terminado em 31 de Outubro de 2023

Estrelas: 5*

Sinopse

Liberdade, Igualdade, sororidade. Mulheres sem Medo é uma novela gráfica que cobre 150 anos de história do feminismo. São 150 anos de coragem, garra e visão de quem lutou e ainda luta pelos direitos das mulheres à volta do globo. Da luta abolicionista ao movimento #MeToo, passando pela história das sufragistas e do direito ao aborto e à contraceção e pela reivindicação dos direitos LGBTQ e do casamento gay... está (quase) tudo aqui. Atreve-te a ser ouvid@ e a juntar a tua voz às del@s..

Cris

segunda-feira, 11 de dezembro de 2023

Resultado do Passatempo "Toca a comentar!" - Mês de Novembro

Anunciamos o vencedor deste passatempo referente ao mês de Novembro.

Este é o link para o post onde se encontra anunciado o passatempo.

Assim, através do Random.Org, de todos os comentários efectuados nesse mês, foi seleccionada uma vencedora! Foi ela:

Carla Pereira Sousa

Parabéns! Terás que comentar este post e enviar um email para otempoentreosmeuslivros@gmail.com até ao próximo dia 22, com os teus dados e escolher um de entre estes dois livros:

Cris