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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

"A Outra Metade" de Brit Bennett


Ouvi falar tão bem deste livro que as minhas expectativas estavam "em alta". E não posso dizer que não gostei, porque li o livro rapidamente e com interesse. A escrita é atraente e o leitor fica agarrado com o enredo. 

Creio, no entanto, que algumas questões afloradas poderiam ter sido mais exploradas. Por exemplo: há uma personagem que é transexual e a sua mudança física não foi isenta de sofrimento. Esse aspecto poderia ter sido mais desenvolvido. Teria gostado que isso tivesse acontecido mesmo que tal significasse ter mais algumas "valentes" páginas. A história merecia e a escrita, boa como é, suportava lindamente mais 50 páginas, caso fosse necessário.

Alguns aspectos foram, também, estranhos para mim. Uma das personagens principais assume uma identidade que achei pouco plausível que aconteça na vida real mas "who knows?"

Se refiro estes aspectos foi porque tive mesmo pena de ter sentido isso porque, como referi, as minhas expectativas eram muito altas. Li em conjunto com duas amigas que gostaram muito... Experimentem, é o que vos digo. 

Como pano de fundo vão encontrar uma sociedade (americana) no séc. XX que se rege por condutas nada tolerantes, muito racistas, discriminatórias. Como fugir e/ou lutar contra? Quem somos? Quem queremos e podemos ser? O que estamos dispostos a fazer para tal? Uma saga familiar que, mesmo com os pontos referidos, gostei muito de conhecer.

Tradução de Tânia Ganho. Que mais é preciso dizer?! 😀 Nada a apontar, claro!

Terminado em 14 de Agosto de 2021

Estrelas: 4*+

Sinopse

As gémeas Stella e Desiree Vignes, tão idênticas de feições quanto diferentes de feitio, nasceram para contrariar a profecia.

Geração após geração, a comunidade negra desta pequena localidade, no Estado sulista de Luisiana, esforça-se por aclarar o tom da sua pele, favorecendo os casamentos mistos. Desiree e Stella são disso um bom exemplo, com a sua pele «cor de areia húmida», olhos castanho-avelã e cabelo ondulado. Mas a aparência não basta para as livrar do estigma, e acabam por assistir à morte violenta do pai, à humilhação da mãe depois disso.

Aos dezasseis anos, escolhem fugir juntas da terra sufocante. Pretendem escapar ao seu sangue e libertar o seu futuro. Mas a fuga para Nova Orleães acaba por ditar o afastamento das irmãs, até então inseparáveis.

Cris

2 comentários: