Como explica a autora, esta história de ficção baseada num facto que aconteceu há 100 anos (a Gripe Espanhola), foi terminada pouco tempo antes de estarmos a viver alguns momentos semelhantes com o Covid. Uma das personagens existiu realmente (a Dra Lynn -1874/1955) e algumas práticas médicas, bem como alguns procedimentos descritos em casas que abrigavam crianças órfãs, foram baseados em factos verídicos também. Estes aspectos conjugados com a escrita vivida e muito gráfica da autora, fazem com que o leitor fique literalmente preso à história narrada.
Então, temos como pano de fundo a Gripe Espanhola, que surgiu após a Primeira Guerra e que matou mais pessoas que esta última. Em Dublin, numa pequena sala de um hospital que foi transformada numa enfermaria para grávidas infectadas, Julia Power, enfermeira, dá o seu melhor, juntamente com uma auxiliar muito peculiar, Bridie Sweeney. E é neste ambiente claustrofóbico, porque mesmo com as janelas abertas se sente o curto espaço existente e o ar pesado que aí se vive, que decorre quase toda a acção desta história.
Ma-ra-vi-lho-so! Sentimos tudo, desde as dores daquelas mulheres à impossibilidade de ajuda por parte dos cuidadores face ao poder daquele vírus destrutivo, mas também nos regozijamos com as vitórias e o amor. O nascimento e a morte, de mãos dadas.
Uma leitura empolgante a não perder! Estrelas máximas!
Terminado em 26 de Março de 2021
Estrelas: 6*
Sinopse
Dublin, 1918.
Numa Irlanda duplamente devastada pela guerra e doenças, a enfermeira Julia Power trabalha num hospital sobrelotado e com falta de pessoal, onde grávidas que contraíram uma gripe desconhecida são colocadas em quarentena. Neste contexto já bastante difícil de gerir, Julia terá ainda de lidar com duas mulheres enigmáticas: a Dra. Kathleen Lynn, procurada pela polícia por ser uma líder revolucionária do Sinn Féin, e uma jovem ajudante voluntária sem experiência de enfermagem, Bridie Sweeney.
É numa enfermaria minúscula, escura e sem condições, que estas mulheres vão lutar contra uma pandemia desconhecida, perder pacientes, mas também trazer novas vidas ao mundo. No meio da devastação, histórias de amor e humanidade no dia a dia de mães e cuidadoras que, de várias formas, acabam por cumprir missões quase impossíveis.
Cris
Quero tanto ler!!!!
ResponderEliminarjiaescreve.blogspot.com
Tenho visto opiniões muito positivas. Tenho de ler.
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