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segunda-feira, 1 de junho de 2020

"O Ódio Que Semeias" de Angie Thomas

Mais do que a história em si e a forma como é narrada, este livro é importante pela mensagem que passa e, creio que o posso afirmar, pela homenagem que pretende fazer a um rapper americano conhecido, assassinado em 96 quando tinha 25 anos e que formou um movimento (Thuglife) contra a violência existente nos bairros mais pobres dos EUA.

Esta história é narrada por uma adolescente negra de 16 anos, Starr, que vive num bairro problemático e violento mas que estuda numa escola de "brancos". Na sua vida sente que tem de se movimentar e agir de modo diferente nestes dois mundos tão díspares e acredita que não pode misturar as pessoas que vivem nesses "mundos".  Angustia-se e sofre com isso.

É um livro que nos fala de violência e morte, de racismo e abuso policial. Muito actual, portanto, se olharmos para a realidade americana e não só.  Mas é, também e sobretudo, um livro que nos fala de amor e esperança. Starr nasceu numa família onde o amor é notório mas onda a violência a rodeia, sobretudo quando é testemunha de um assassinato.

Como referi anteriormente, a mensagem deste livro é muito forte. "O ódio que passas para as crianças "lixa" todo o mundo" ou em jngles, "The Hate U Give Little Infants Fuck Everybody" - THUGLIFE - é algo que ainda hoje, depois de décadas e décadas de guerras, ainda não foi verdadeiramente interiorizado por todos. E é urgente fazê-lo. Uma criança que é ensinada a odiar não pode na idade adulta sentir nada mais que ódio.

5* pela mensagem, embora YA (young adults) não seja o meu género literário preferido. No entanto, aconselho vivamente esta leitura que se faz rápido e nos dá a conhecer uma realidade, felizmente, muito diferente daquela vivida por nós.

Terminado em 27 de Maio de 2020

Estrelas: 5*

Sinopse
Starr tem 16 anos e move-se entre dois mundos: o seu bairro periférico e problemático, habitado por negros como ela, e a escola que frequenta numa elegante zona residencial de brancos. O frágil equilíbrio entre estas duas realidades é quebrado quando Starr se torna a única testemunha do disparo fatal de um polícia contra Khalil, o seu melhor amigo. A partir daí, pairam sobre Starr ameaças de morte: tudo o que ela disser acerca do crime que presenciou pode ser usado a seu favor por uns, mas sobretudo como arma por outros.

7 comentários:

  1. Sereá decerto um livro muito agradável de ler
    .
    Inicio de semana feliz

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  2. Ainda não li o livro, mas vi o filme, é sem dúvida uma história marcante.

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  3. Uma realidade, infelizmente, tão enraizada nas nossas sociedades. Um livro que também não é o género que mais aprecio mas que, sem dúvida, serve como mais uma chamada de atenção para a necessidade de todos e cada um de nós podermos tornar este mundo melhor.

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