Não é fácil explicar porque gosto tanto dos romances de
Manuel Vilas. Ele é atormentado pela escuridão mas busca a luz. O
sofrimento de que tomou consciência quando escreveu um romance. Em "E, de repente, a alegria" há 107 capítulos de apego aos fantasmas do passado e à vida como ela era para abraçar o presente numa prosa delicada.
"Eu andava deprimido sempre com Arnold de roda de mim.
…
porque
na altura vivia só para o Arnold Schönberg: repara que inventei um nome
ilustre para as minhas angústias, talvez os livros sirvam para isso,
para adornar as nossas dores."
Uma
esperança à qual umas vezes chama beleza, e outras, alegria, e há que
ter fé na alegria, porque sem ela a vida humana não prevalecerá."
(pag.239)
O
que torna este romance arrebatador é a proximidade com o leitor que,
apesar de tudo acaba por se identificar com um protagonista tão complexo
mas verdadeiro, que dá nome a sentimentos e emoções que nem
sempre conseguimos definir. A lucidez é inebriante. A busca da verdade e
de si mesmo também. O amor que se perpetua de pais para filhos,
testemunho de vida, é o tema circular que Manuel Vilas não deixa cair,
com rasgos de brilhantismo quando expande a sua análise para os outros.
Política, sociedade, natureza humana são assuntos sobre o qual reflete.
Eventualmente, não agradará a todos mas é um romance muito bom para muitos. A sinopse não deixa margem para dúvidas. Ouse
Eventualmente, não agradará a todos mas é um romance muito bom para muitos. A sinopse não deixa margem para dúvidas. Ouse
Vera Sopa
Estou tão curiosa com este autor, ainda não o li. Tenho este e o "Em Tudo Havia Beleza" na minha wishlist. Acho que vou comprar na feira do livro :)
ResponderEliminarPelo que sei são livros introspectivos, de leitura lenta e para pensar. Bjinhos
EliminarPelo título deve ser fantástico!
ResponderEliminar-
Esperei em segredo na fantasia do amor ...
Beijo, e uma excelente semana. :)
Não conhecia o autor...mas pela descrição será o próximo livro para ler este verão. Um romance a não perder
ResponderEliminarNunca li nada do autor, mas nunca é tarde para começar.
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