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sexta-feira, 27 de setembro de 2019

"Raparigas Como Nós" de Helena Magalhães

Depois de muito ouvir falar deste livro da Helena, tanto mais que sigo no Instagram o HM Book Gang, lá peguei nele para concluir o desafio do #alervamoschamarmaisverão, um desafio que nos faz procurar nas nossas estantes, livros que comecem por determinadas letras. Precisava de um começado por R. Este foi o escolhido.

Considero-o um YA (young adult), o que não é muito a minha praia, mas, confesso que o livro lê-se num ápice! Pareceu-me que tinha muitas vivências da autora, dos seus amigos, e retrata a adolescência de Isabel, seus amigos e os seus amores. O retrato de uma época, final dos anos 90, bem elaborado, e ainda não tão distante assim, em que se vivia sem a pressão das redes sociais que se verifica hoje. Mas já aí as drogas eram "a vida" de muitos jovens. E a morte também. Isabel, Simão, Afonso, Alice são personagens que nos fazem recordar amigos que tivemos. Alguns permanecem, outros não. Alguns cresceram, outros já cá não estão. 

Referências musicais e literárias são feitas com frequência o que, para quem é mais velho, faz todo o sentido e dá prazer recordar.

É muito fácil ficar preso à escrita da Helena e as páginas voam. Amores da adolescência que nos fazem recordar pormenores da nossa vida. Um livro de verão, leve e pesado ao mesmo tempo mas cativante, lido na praia, para aproveitar os dias de sol que ainda restam deste verão tão incerto.

Terminado em 15 de Setembro de 2019

Estrelas: 5*

Sinopse
Uma história de amor irresistível, que é também o retrato de uma geração que cresceu sem redes sociais. Pode uma paixão da adolescência marcar o resto da vida?

Festivais de Verão, tardes na praia, experiências-limite com drogas, traições e festas misturam-se com amores improváveis e velhas amizades. Um romance intemporal nos cenários de Lisboa, Cascais e Madrid, que mostra tudo o que pode esconder-se atrás da vida aparentemente normal de uma rapariga… como tu.

«Beijamo-nos ao som daquela música que ouvia em casa sozinha deitada na minha cama. Durante o resto da vida, não importaria o que estivesse a fazer ou onde, quando ouvisse os primeiros acordes […], recordar-me-ia do olhar do Afonso fixado em mim, da sua mão no meu rosto, do meu coração a tremer e de me sentir a rapariga mais feliz do mundo. Porque Lisboa está cheia de bares a abarrotar de miúdas bonitas que, num piscar de olhos, se colocariam de gatas a ronronar nas suas pernas. Mas ele viu-me a mim.»

«Se algum dia se sentirem sozinhas, estranhas, deslocadas do mundo que vos rodeia, lembrem-se da Isabel, da Alice, da Luísa, da Marina e até da Marisa das argolas… Raparigas como nós.»

Cris

1 comentário:

  1. Sem dúvida que esta "rapariga" que também cresceu sem as redes sociais ia gostar de ler. Chega-se a certa idade em que se começa a olhar com doçura esses tempos folgados. Por muito tempo pensei que ia escapar à nostalgia, mas agora creio já ter-me deixado apanhar por ela!

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