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segunda-feira, 24 de fevereiro de 2014

"O Assassino do Aqueduto" de Anabela Natário

Estava muito curiosa com este livro. Saber que existiu alguém que horrorizou a capital e infernizou a vida de tanta gente com os seus roubos e assassínios despertou a minha vontade de ler estelivro.

Fui surpreendida com a escrita cuidada da autora. Revelando uma busca profunda, Anabela Natário revela-nos e lembra-nos expressões e palavras que cairam em desuso mas que conhecemos bem o seu significado.

Não se consegue ler o livro numa assentada só. É preciso algum tempo para podermos apreciar toda a informação e, sobretudo, a maneira como ela nos é descrita. A história é mais uma de tantas que a História tem para nos contar, mas a forma como ela nos chega é, realmente, um factor de diferenciação que me agradou bastante.

Uma escrita sui generis que me encantou (quem não gostou foi a pilha de livros que espera pacientemente para ser lida pois demorei mais do que o costume para ler este livro, lol). E embora praticando horrores, Diogo Alves, conquistou-me com o seu carácter boémio... porque, verdade seja dita, não habitei nesses tempos conturbados...

Terminado em 19 de fevereiro de 2014

Estrelas: 4*+

Sinopse

Nas ruas de Lisboa respira-se medo. A cidade não é segura e dentro de portas há um nome que atormenta os homens e mulheres da capital: Diogo Alves, de alcunha o Pancada. Poucos lhe conhecem o rosto, mas todos temem cair nas suas mãos. Lá do alto dos arcos do imponente Aqueduto das Águas Livres, sem dó nem piedade, Diogo Alves atira as suas vítimas num voo trágico de mais de 60 metros de altura. O grito, que faz estremecer tudo e todos, dá lugar ao silêncio da morte. A jornalista Anabela Natário, no seu primeiro romance, traz-nos a arrepiante história deste homem que aterrorizou Lisboa da primeira metade do século XIX. Nascido na Galiza, aos dez anos vem para Lisboa onde de criado nas casas mais abastadas da capital passou a ladrão e de ladrão a assassino cruel. Unido pelo coração à taberneira Parreirinha, com estabelecimento em Palhavã, Diogo Alves torna-se numa verdadeira lenda. Através da consulta dos jornais da época e de peças do processo, Anabela Natário recria o processo judicial de Diogo Alves, num romance recheado de mistério e intriga. É ao juiz Bacelar que cabe a difícil tarefa de descobrir e capturar Diogo Alves e o seu bando de malfeitores. Diogo Alves, embora deixe um rasto de violência e morte, consegue sempre escapar-se às mãos da justiça. É preciso detê-lo. O juiz não desiste e aos poucos, mergulhado no ambiente de violência e miséria que se vive na capital do reino, vai juntando as peças deste complicado puzzle de crimes e assaltos.

2 comentários:

  1. Imagino que tenhas gostado pois conheço a Anabela Natário, Fomos colegas durante alguns anos e escreve muito bem. Além disso tudo leva a crer que deve ter feito um bom "trabalho de casa", logo, o livro deve ter uma boa trama que facilmente prende o leitor

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  2. E saber que tudo se terá passado da forma como ela descreve ... Bj Jorge!

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