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quinta-feira, 12 de abril de 2012

A convidada escolhe: Os descendentes

Vou ler este livro em breve. Espero gostar embora a capa não me atraia muito. Mas as capas são mesmo assim, não é? (Cris)

"Romance de estreia de Kaui Hart Hemmings, acerca de uma família muito pouco convencional. Ficamos a conhecer Matthew King advogado, marido e pai, que se vê de repente com a esposa em coma, após um acidente, ficando com a "responsabilidade" de tomar conta das 2 filhas pela primeira vez sozinho, descobre o pouco que sabe e conhece acerca da sua própria família, até a empregada conhece melhor os gostos das raparigas. Terá que aprender a lidar com uma menina de 10 anos, a Scottie, e uma adolescente de 18 anos, Alex, o que não é fácil pois não conhece os seus hábitos, os seus gostos pessoais, os seus hobbies pois todo o seu dia a dia era delegado e tratado pela mãe.

Excerto:"Preciso de ti. Preciso de ti aqui para ajudares as nossas filhas e
para me ajudares a mim. Não sei falar com as pessoas. Não sei como viver
correctamente."(Pensa Matt quando olha para a esposa em coma no hospital)

Quando Alex volta do colégio, resolve levar para casa um amigo, Sid, para lhe fazer companhia neste momento difícil, digamos que é uma figura um pouco estranha, mas é com essa sua excentricidade, que vai fazer com que o ambiente desanuvie subtilmente e se torne hilariante por vezes.

E é todo este processo de conhecimento e vivência com as filhas que faz com que Matt se veja em situações um pouco caricatas, dramas familiares em que muitas vezes não sabe como reagir, ou seja, ao longo do livro vai fazendo uma aprendizagem e descoberta sobre as filhas (mas também elas vão fazendo o mesmo em relação ao pai, pois além de não terem a mãe que as ajude, têm um pai completamente perdido pelo facto de ter estado pouco presente e sempre a trabalhar), vai descobrir segredos da esposa, pouco agradáveis, mas mesmo assim consegue enfrentá-los não pensando nele próprio, mas no bem estar da esposa, colocando-a em primeiro lugar. Não sei como o consegue, tem um
poder de encaixe muito grande.

Excerto:"É assim que sabemos que amamos outra pessoa, acho eu, quando não
conseguimos ter uma experiência sem desejar que a outra pessoa estivesse ali ao pé de nós, a vivê-la também."

Apesar de ser dramática esta história, pois fala-nos da morte e infidelidade, a autora consegue contá-la com muita leveza e algum sentido de humor, houve momentos que simplesmente me fizeram rir, outros que me tocaram profundamente, e ainda outros que me chocaram, mas trata-se de uma história que pode bem acontecer a qualquer um de nós, principalmente quando um dos cônjuges toma toda a "responsabilidade" pelos filhos, pela casa, pela escola e outras actividades, enquanto o outro trabalha.

Em suma, é um livro que se lê muito bem e que me surpreendeu pela positiva.
Gostei imenso da história e das personagens com as quais passei momentos bastante agradáveis de leitura."

Odete Silva

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