Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 272
Editor: Livraria Civilização Editora
ISBN: 9789722626934
Algo na sinopse deste livro me instigou a lê-lo e ainda bem que o fiz.
Há romances que parecem realidade, tal é a forma como nos são narrados, muitas vezes misturando realidade e ficção. Aprecio muito este género.
Outros, como este livro, contam-nos situações de tal forma inacreditáveis que mais parecem pura ficção. Infelizmente, às vezes, a realidade pode ser dura, cruel e os factos têm de ser relatados tal como foram efectivamente.
Todos nós já ouvimos falar do naufrágio do transatlântico Titanic. Isso é ponto certo! Mas muitos aspectos desconhecidos do público em geral são aqui focados, pelo autor, neto de um elemento da banda que tocou sem parar enquanto o navio se afundava em águas gélidas. Em Abril de 1912, após ter colidido com um icebergue, os 2206 passageiros do navio viam-se numa situação aterradora. Dos 1500 que morreram só se recuperaram 306 corpos. Não se puderam trazer todos para terra. Como foi feita essa selecção? O que sentiram fisicamente os passageiros quando se atiraram para a água? Quais as notícias que saíram nos dias seguintes nos jornais e que veracidade possuíam?
Para além destes aspectos ficamos também a conhecer de que forma a morte de Jock influenciou a sua família, de como o pai se quis aproveitar do seu desaparecimento para lucrar financeiramente com isso, dos conflitos entre ele a a namorada do filho, grávida da mãe do autor.
Gostei muito desta leitura. Recomendo-a. A forma como está escrito leva-nos a ler este livro como se de um romance se tratasse. Tive de me lembrar, frequentemente, que o que estava a ler tinha na realidade acontecido...
Terminado em 1 de Abril de 2012
Estrelas: 5*
Sinopse
No dia 14 de abril de 1912, o Titanic chocou contra um icebergue na sua viagem inaugural e afundou-se. Mil e quinhentos passageiros e tripulantes perderam a vida. Quando a ordem para abandonar o navio foi dada, a orquestra pegou nos seus instrumentos e continuou a tocar no convés. Ainda tocava quando o navio se afundou. O violinista de vinte e um anos, Jock Hume, sabia que a sua noiva, Mary, estava grávida do primeiro filho - a mãe do autor.
Cem anos mais tarde, Christopher Ward revela uma dramática história de amor, perda e traição, e o catastrófico impacto da morte de Jock em duas famílias escocesas muito diferentes. Ward pinta um retrato vivo de uma época em que a classe social determinava o modo como se vivia… e morria. Uma espantosa obra de pesquisa histórica, E a Banda Continuou a Tocar… é também um relato comovente de como a demanda do autor para saber mais sobre o avô revelou a chocante verdade sobre a família que ele julgava conhecer, uma verdade escondida durante quase cem anos.
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