A música foi um dos seus grandes amores, mais propriamente o piano (o cravo) e ajudou-a a ultrapassar alguns dos tormentos por que passou. Este livro é um ode à música e a esse amor.
Zuzana reconhece que uma das razões pela quais sobreviveu aos horrores dos campos por onde passou, foi ter consigo a mãe e nunca se terem separado definitivamente. Uma ajudou a outra, uma viveu para que a outra vivesse. Este "motivo" -ter uma razão pela qual viver- foi já referido em muitas biografias e relatos desse tempo. Zuzana conta que aqueles que eram abandonados pela esperança possuíam o "olhar de Auzchwitz" (ou algo parecido). Eram pessoas que já não possuíam uma razão para viver. Tinham desistido!!
Depois de ter saído, para além de sofrer as consequências físicas e psicológicas do que tinha sofrido nos campos, Zuzana viveu num regime que limitava em muito o seu desejo de continuar a aprender e ensinar música. A seu lado, o marido, jovem músico, ajudou-a com o seu amor e conhecimento.
Em toda a sua vida, cheia de verdadeiros contratempos, Zuzana conseguiu encontrar pequenos milagres que lhe trouxeram sentido e amor à sua vida. Uma centena de milagres.
Vejam este vídeo:
Terminado em 19 de Abril de 2020
Estrelas: 6*
Sinopse
A extraordinária memória de uma sobrevivente do Holocausto.
Zuzana Růžičková era uma jovem judia atormentada por vários problemas de saúde, que sonhava com Johann Sebastian Bach e com o seu piano. Os pais eram respeitados na comunidade e a família era dona de uma loja de brinquedos. Mas, em 1939, tudo mudou quando os nazis invadiram a Checoslováquia. Despojados da loja e da casa, a família foi enviada para o gueto de Terezín, onde o pai de Zuzana viria a morrer. Transportadas entre vários campos, incluindo Auschwitz e Bergen-Belsen, Zuzana e a mãe sobreviveram. E foi sempre a música que a salvou, ao longo de todas as provações. A música era o seu segredo, que tocava em silêncio na sua cabeça. Mas poderia algum dia fazer dela uma carreira depois de as suas mãos ficarem tão gravemente lesionadas durante o trabalho escravo?
Zuzana persistiu e, contra todas as adversidades, criou uma carreira notável, vivida sob a tirania do regime comunista. A sua história, contada nas suas palavras, é um testemunho profundo e poderoso dos horrores do Holocausto. Mas é também uma celebração da arte e do espírito que definiram a vida da «primeira-dama do cravo» — uma mulher que renasceu várias vezes através da música e que nunca perdeu a alegria de viver.
Cris
Boa tarde Cristina, permita-me que a trate assim já que a vejo como uma amiga literária.Sou uma fã do seu blogue, o qual acompanho há cerca de um ano, ainda que em silêncio,e gosto muito da forma como expressa a sua paixão por livros. Talvez ,porque já tive este livro várias vezes na mão para o adquirir, ou por ser o dia mundial do livro, um dos meus melhores amigos, decidi comentar neste "espaço" tão inspirador.Obrigado por estar desse lado e por ainda não ter sucumbido à tendência de opinar por vídeo e manter a escrita.
ResponderEliminarOlá Ana! Fiquei tão contente com as suas palavras tão elogiosas! Obrigada! Este é livro definitivamente uma boa escolha. Espero que goste. Achei uma belíssima forma de aprender através do exemplo e da coragem de Zuzana. Nem sempre temos de ser fortes mas se tivermos ao nosso lado alguém que dê sentido à nossa vida... É uma lição de vida e de História que se lê com muita vontade e gosto! Beijinho
EliminarFoi uma boa escolha, para o dia que se comemorou/comemora! :)
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Tudo desperta, como a vida, quando regressa
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Beijos e uma excelente noite
Não conhecia o livro, mas fiquei cheia de vontade de o ler. Uma mulher que passou por tanto e que tanto deu através do seu exemplo e da sua música.
ResponderEliminarMais uma grande Mulher que eu desconhecia completamente.
ResponderEliminarObrigada, Cris. :-)
🌻
Grande mesmo! Tantas há por aí e desconhecidas, ainda por cima... bj
EliminarQue história linda e inspiradora! E o vídeo completa na perfeição a homenagem que lhe faz por escrito. Valioso! Vou estar atenta a quando vir este livro. Obrigada Cris por nos dar a conhecer estas pérolas no meio de tantos livros que há sobre o Holocausto.
ResponderEliminarMargarida, uma história verdadeiramente inspiradora! Pena que este livro tenha passado despercebido! Há tanto para conhecer e aprender com estes heróis, de carne e osso como todos nós! Beijinho
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