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domingo, 11 de maio de 2014

Ao Domingo com... João Rebocho Pais

João Rebocho Pais, nasci em Lisboa em 1962, cresci no bairro dos Olivais Sul, terra fértil em personalidades de vulto, de filantropos a vigaristas, de homens de ciência e cultura a comerciantes de mercadorias ilícitas. Entrei para a aviação comercial em 1985, e trabalho há mais de vinte e cinco anos como comissário de bordo,o que me permitiu conhecer culturas distintas e inspiradoras. Tenho dois filhos, Miguel e Francisco, sem os quais nada entendo. Nunca imaginei escrever uma história para tanta gente. Até à publicação de "O intrínseco de Manolo" os livros foram uma doce e viciante dependência.
Gosto de ler. Não sei se saberia viver sem ler. Leio sem regras. As regras atrapalham as letras e o virar das folhas.
Saramago é para parar e absorver. Absorvo-o. Aprendo-o.
Gosto de me perder num suspense de mestria que vira as páginas ainda antes de mim.
Há frases que dormem comigo. De livros.
Gosto de bola. Do cheiro a molhado. Tenho um clube que é mais do que as palavras podem expressar.
Tenho dois filhos e se não os tivesse não existia. Não há vida sem a vida que um dia nos agarrou pelo coração.
Não sou lamechas. A não ser quando oiço Cat Stevens e as palavras quase me fazem chorar. E quando sei que pertenço a uma tribo e me sinto um índio que nunca morreu.
Acho que não sei nada de especial, a não ser onde fica lugar onde se pode ser feliz com pouco. Descobri-o por acaso, ou porque uma mulher muito pequena e franzina me ensinou.
Não foi num livro, mas podia ser, porque a vida pode ser feita de letras.
Adoro ler.
Saramago tem momentos em que se torna Maradona e é um sacrilégio dizer isto.
Mas eu digo. Porque os dois são uns monstros de bom.
Termino assim. Desiludindo quem me acharia com algo de interessante para dizer!

João Rebocho Pais

1 comentário: