Edição/reimpressão:2013
Páginas:320
Editor:Porto Editora
ISBN:978-972-0-04525-6
Coleção:MARCA D'ÁGUA
Idioma:Português
A acção anda à volta de um corpo encontrado na bagageira de um carro. Se esperam um mero policial, com um desenvolvimento assaz rápido então este não é o livro certo para lerem neste momento. A escrita de Francisco Viegas é feita de pormenores, com descrições do que rodeia os personagens e dos seus sentimentos. Devagar, vamos percebendo o contexto que envolve este crime porque os possíveis culpados do assassinato não surgem de imediato no nosso espírito nem sequer no de Jaime Ramos, o inspector encarregue do caso, e de Filipe Castanheira, seu amigo e polícia também.
E tal como os dias que se desenrolam lentamente, é também lentamente que viajamos pelos Açores, por Cuba e pelo México. Um culpado que não aparece, amores que se tornam em desamores, coincidências que se dão e que ajudam a solucionar o mistério de uma forma soft sem grandes momentos de agonia para o leitor.
Fiquei curiosa o suficiente para pegar n'O Colecionador de Erva e para conhecer melhor o personagem criado por este autor e que, creio, estar presente noutras obras suas, o Inspector Jaime.
Terminado em 23 de Dezembro de 2013
Estrelas: 4*
Sinopse
Em Um Céu Demasiado Azul, Jaime Ramos, o protagonista dos livros de Francisco José Viegas, investiga a morte de João Alves Lopes, ex-militante de um partido de esquerda em Portugal que envereda por uma carreira bem-sucedida no mundo da publicidade, e cujo corpo é encontrado no seu próprio carro. A investigação, realizada com a colaboração de Filipe Castanheira, aponta para Amélia Lobo Correia, umastripper que vai de cidade em cidade, uma estudante de filosofia que não conseguiu concluir o curso.
A investigação (que arrasta Jaime Ramos até Cuba e ao México) mergulha no passado e reconstitui uma história de amores não correspondidos, traições, solidão, vontades interrompidas e sonhos desfeitos. Porém, por detrás deste crime e desta mulher, cruzam-se os destinos que arrastam consigo a memória de paixões nunca resolvidas nem consumadas, num Portugal medíocre, novo-rico e hipócrita. É uma história de coincidências e de azar, que leva Ramos e Castanheira a procurar não o autor de um homicídio, mas os sinais do desaparecimento, do abandono, da mentira, da vingança e da solidão.
Sem comentários:
Enviar um comentário