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sexta-feira, 19 de março de 2021

"Se Com Pétalas ou Ossos" de João Reis

Confesso que estava muito expectante com esta leitura. Tinha lido e gostado muitíssimo, de A Avó e a Neve Russa e pensei que este livro me conquistasse de imediato como o outro. A leitura faz-se bem mas li-o sempre com a certeza que iria surgir algo de inesperado, repentino e isso não aconteceu. Fiz mil imagens, esperando sempre que algo me surpreendesse. 

As dificuldades de um jovem escritor por não ter sequer uma ideia do que escrever, que história engendrar enquanto o prazo para entrega do manuscrito se aproximava rapidamente. Queria e esperava algo mais. Por isso quando cheguei ao final, soube-me a pouco.  

Terminado em 7 de Março de 2021

Estrelas: 3*

Sinopse

Um jovem autor português instala-se numa residência para escritores em Seul para escrever o seu próximo romance. Em vez disso, deambula pela cidade com a namorada, possivelmente grávida, e entrega-se a todo o tipo de fait divers mais ou menos absurdos, não obstante a pressão dos editores. Nesta quase variação indolente do escrivão Bartleby, João Reis apresenta-nos uma personagem que parece cair dentro de si numa espiral vertiginosa e quase joyceana, lançando, ao mesmo tempo, um olhar amargo e mordaz sobre os colegas de profissão, os editores e outras figuras do meio editorial português.

Ao deixar-se levar pelo fluxo dos acontecimentos, detendo-se obsessivamente num e noutro pormenor irrelevante, Rodrigo encarna o protótipo do anti-herói desencantado e imperfeito, derrotado à partida pela ficção da vida. Se com Pétalas ou Ossos retoma a ideia iniciada com o seu primeiro livro, A Noiva do Tradutor, levando-a ao paroxismo, para lá do qual a inércia se confunde com a redenção.

Cris

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