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terça-feira, 13 de outubro de 2020

"O Bebé de Auschwitz" de Lily Graham

Vou ser sincera com vocês. Ponderei bem as estrelas que iria atribuir a

esta obra. Para quem lê muito, a atribuição deste título, com o conhecido nome desta terra polaca onde se passaram horrores, já causa algum enfado. Mas este é a tradução literal do título em inglês e, creio, que as editoras, não podem mudar o título a seu bel prazer. Quanto à capa, o sentimento é igual. 

Afastado isto, deliciei-me com esta história. A escrita é muito fluída pese embora o tema tratado. O resultado final é muito a meu gosto. Uma história ficcionada em torno de um pequeno (grande!) acontecimento verídico, Vera Bein deu à luz a sua filha, Angela, com apenas 1 kg que quase não chorou, porque os seus pulmões encontravam-se num estado de grande debilidade. Sobreviveu com muitas sequelas a nível pulmunar e ósseo. Nasceram muitos bebés em Auschwitz, poucos sobreviveram. Gostava de ler mais alguma coisa sobre esta mulher e o que ela passou nas mãos de Josef Mengele, o "médico" alemão.

A autora baseou-se neste acontecimento, e em alguns mais, para criar uma história ficcionada de duas mulheres que se tornam amigas em Teresienstadt, um campo de concentração, e que depois foram para Auschwitz. Tudo parece real e envolvemo-nos com muita intensidade na vida daquelas mulheres, no seu sofrimento, nas formas arranjadas e arrojadas de sobreviver. 

Sem querer revelar nada, refiro apenas que a história de Eva e Sofia pauta-se por algo que os nazis fizeram de tudo para retirar aos prisioneiros, a dignidade do ser humano, mas que nestas mulheres não conseguiram roubar. As amizades criadas aqui traduziam-se em acções que podiam levar à morte. Como pôde o Homem tratar o seu igual assim, reduzi-lo a zero? O pior é que não serviu de emenda nada do que se viveu ali nos campos de morte. Hoje isso continua.

Uma história apaixonante, que adorei ler! Recomendo muito! Que  uma capa ou um título nunca vos faça deixar de ler um livro!

Terminado em 11 de Outubro de 2020

Estrelas: 6*

Sinopse

Mais de 700 bebés nasceram em Auschwitz. Muito poucos sobreviveram. Este livro conta a história de um deles.

Em 1942, Eva Adami embarca num comboio com destino a Auschwitz. Apesar das condições hediondas, ela só pensa em reencontrar o marido, Michal, enviado para aquele campo de concentração seis meses antes. Quando chega ao destino, a dura realidade do campo abate-se sobre ela, e Eva encontra apenas algum consolo na amizade que faz com Sofi e, sua companheira de beliche. À medida que os dias avançam, as duas mulheres conhecem as esperanças uma da outra, unindo-se para sobreviverem nas mais desumanas circunstâncias. Eva quer encontrar Michal vivo naquele lugar implacável. Sofie sonha reunir-se com o filho, Tomas, do qual perdeu o rasto. Contra todas as leis de Auschwitz, Sofie consegue um encontro entre Eva e Michal. Mas isso obrigá-la-á a aproximar-se do inimigo…

Quando Eva descobre que está grávida, coloca a vida de ambas as mulheres em risco. As duas prometem proteger os filhos uma da outra, caso o pior venha a acontecer. Mas num campo de extermínio onde sobreviver a cada dia é, em si, um prodígio, como proteger o milagre da vida?

Uma narrativa comovente de sobrevivência passada num dos lugares mais cruéis da história da humanidade.

Romance para o público interessado pela temática do Holocausto, em particular histórias reais passadas no campo de concentração de Auschwitz, inspirado na extraordinária história verídica de uma mulher judia que, em dezembro de 1944, deu à luz uma bebé prematura num beliche do campo C de Auschwitz.

Cris

5 comentários:

  1. Tenho comprado poucos livros ultimamente, por isso confesso que não tenho lido nada sobre a temática. 😔

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    1. Este vale a pena! Uma história que bem podia ser real... beijinho

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  2. Fica na minha lista. Quem sabe para o natal 😊

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