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quinta-feira, 22 de outubro de 2020

"Quem É Amado Nunca Morre" de Victória Hislop

Já não lia nada desta autora há bastante tempo! Até me tinha esquecido de como as suas palavras são especiais e como consegue construir uma história com sentido, sem pontas soltas sobre assuntos que, muitas vezes, estão relacionados com a História de um povo e de como os seus personagens são psicologicamente completos e, em muito, semelhantes às pessoas reais.

Não há muito mais a dizer. Gostei muito desta leitura e recomendo-a vivamente. A trama acompanha a história de uma família grega, um casal com quatro filhos todos muito diferentes e com vontades políticas opostas. Depois centra-se na filha mais nova e é através das suas vivências que vamos assistindo ao desenrolar da História da Grécia, deste antes da II Guerra até 2016. 

Este livro constitui uma verdadeira lição de História. As facções internas, que dividiram este povo, as lutas civis de quem era a favor e contra o governo, as mortes e assassínios de parte a parte, fizeram do povo grego um povo massacrado, com poucos momentos de liberdade.

Saber contar a História, através das vivências de uma família, sem cansar o leitor e instigando-o a virar as páginas, ansiosamente, é obra de mestre. Victória Hislop soube fazê-lo na perfeição!

Terminado em 16 de Outubro de 2020

Estrelas: 6*

Sinopse

Atenas, abril de 1941. Tendo resistido a uma primeira tentativa de invasão, a Grécia é ocupada pelas potências do Eixo. Após décadas de incerteza, o país encontra-se dividido entre a direita e a esquerda políticas. Themis, então com quinze anos, vem de uma família separada por essas diferenças ideológicas. A ocupação nazi não só aprofunda a discórdia entre aqueles que a rapariga ama, como reduz a Grécia à miséria. É impossível ficar indiferente: na fome que se seguiu à ocupação, e que lhe levou os amigos, os atos de resistência são quase um imperativo moral para ela. Porém, com o fim da ocupação, advém a guerra civil. Themis junta-se ao exército comunista, onde experimenta os extremos do amor e do ódio. Quando por fim é presa nas ilhas do exílio, encontra outra mulher cuja vida se entrelaçará com a sua de maneiras que nenhuma delas poderia antecipar, e descobre que deve pesar os seus princípios contra o desejo de viver. Um romance poderoso, que lança luz sobre a complexidade e o trauma do passado da Grécia, a partir da vida extraordinária de uma mulher comum.

Cris

4 comentários: