O Sorriso de Mandela – Um Retrato Íntimo, do jornalista britânico John Carlin, que na qualidade de correspondente, na África do Sul, do jornal britânico The Independent se encontrava na África do Sul no período entre 1889 e 1995. Dada a sua situação privilegiada acompanhou todo o processo que antecedeu a libertação de Nelson Mandela, foi dos poucos jornalistas estrangeiros a testemunhar a sua libertação em 11 de fevereiro de 1990 e ainda teve ocasião de acompanhar a ascensão ao poder do carismático líder e tomar conhecimento de muitos dos factos, dificuldades ou vitórias, que ocorreram durante a governação do líder histórico sul-africano.
Todo o livro resulta não só de pesquisas, estudos e reflexões sobre a personalidade de Nelson Mandela, como de entrevistas ao próprio ou a pessoas que com ele privaram de perto. Nelson Mandela, figura grande, visionário mas pragmático, que surpreendentemente não se amargurou no cárcere, referência política e moral a nível mundial, que entendeu que era a política e não a vingança a melhor arma para alcançar os seus objetivos, é neste livro abordado com imensos detalhes, quer da sua vida íntima e privada quer da sua postura política, não sendo esquecidos os grandes obstáculos que foram surgindo e a forma sempre diplomática como os foi conseguindo ultrapassar. É uma obra interessante sobre o líder político que dada a filosofia de vida que adotou após tantos anos em que se encontrou privado de liberdade, conseguiu os maiores triunfos pessoais e para o seu país.
Citando o autor:
"A minha esperança é que os leitores, depois de concluída a leitura deste livro, fiquem com uma compreensão mais profunda de Mandela como indivíduo e do porquê de ter sido a figura moral e política cimeira da nossa época."
"No entanto, Mandela tinha os seus defeitos e trazia na pele as marcas de uma grande angústia pessoal. Os seus triunfos no palco político foram conquistados a expensas de infelicidade, solidão e desilusão. Não foi nem um super-homem nem um santo."
"Nelson Mandela, que continuou a ser tão generoso quanto astuto, apesar de ter passado vinte e sete anos na prisão, impõe-se como um símbolo oportuno e uma inspiração intemporal. A humanidade é, e sempre foi, capaz de grandes feitos, e há sempre espaço e razões para fazermos melhor."
Maria Fernanda Pinto
Muito interessante. Acho que esta apreciação é um contributo muito enriquecedor para este blogue. Parabéns à Maria Fernanda Pinto. Almerinda
ResponderEliminarNao podia estar mais de acordo, Almerinda! Bj
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