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segunda-feira, 4 de fevereiro de 2019

"Estou Viva, Estou Viva, Estou Viva" de Maggie O'Farrell

Foi-me emprestado este livro pela Isa do canal Jardim de Mil Histórias mas vou ter de o comprar! Às vezes pergunto-me porque razāo tenho de comprar um livro que já li se, acho, nāo vou ter tempo para o reler... Coisas que só um amante de livros consegue perceber!!!! Mas sim, o livro é muito bom. Mas mesmo tendo lido opiniōes muito positivas, senti uma certa relutância ao pegar nele. Nāo me parecia que um livro que tratasse de questōes de "quase morte" seria para mim... E afinal li com prazer, porque a escrita é cuidada mas simples, as situaçōes descritas tocam-nos porque se parecem com momentos vividos por nós, nas nossas vidas (e que deixamos passar sem reparar neles!), se bem que, por razōes de doença, a autora tivesse estado bem mais perto da morte que eu algum dia estive. 

Pouco mais há a dizer. O final surpreende e vale o livro todo. 

Esperei mais uns dias para escrever a minha opiniāo, para que ela fosse mais pensada e já vi que nāo resultou. O que gosto mesmo de fazer é escrever ainda a quente, com o coraçāo nas māos. Liçāo aprendida. Mas recomendo esta leitura, sim.

Terminado em 26 de Janeiro de 2019

Estrelas: 5*

Sinopse
«Quando és criança, ninguém te diz: "vais morrer". Tens de descobrir isso por ti. Algumas pistas são: a tua mãe a chorar e, depois, a fingir que não estava a chorar; não deixarem os teus irmãos virem visitar-te; a expressão de preocupação, gravidade e um certo fascínio com que os médicos olham para ti; a maneira como as enfermeiras se esforçam por não te olharem nos olhos; familiares que vêm de muito longe para te verem. Quartos de hospital isolados, procedimentos médicos invasivos e grupos de estudantes de Medicina também são sinais claros. Ver ainda: presentes muito bons.»

Uma doença na infância que deveria ter sido fatal, uma fuga em adolescente que quase termina em desastre, um encontro assustador num caminho isolado, um parto arriscado num hospital com falta de pessoal - estes são apenas quatro dos dezassete encontros com a morte que Maggie O'Farrell, autora multipremiada e uma das vozes mais interessantes da literatura atual, relata na primeira pessoa. São histórias verdadeiras e fascinantes que impressionam, comovem, arrepiam e, sobretudo, nos fazem recordar que devemos parar, «respirar fundo e ouvir o bater do coração».

Cris

3 comentários:

  1. Escrever a quente, assim como qualquer outro acto a quente, fala a emoção. Escrever a frio, assim como qualquer outro acto a frio, fala a razão. Qual deve prevalecer quando se faz a recensão dum livro? E, a um pedido de casamento? Alguém diz espera aí um bocadinho que já te dou a resposta? Ou daqui a uma semana respondo. Ou daqui a um mês respondo. E, no entanto, deveria ser bem ponderado. Contudo, vale o velho ditado, quem casa não pensa e quem pensa não cada. :)

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    1. Bem dito, Joaquim! Mas ao escrever prefiro que as minhas emocões estejam ao rubro, ehehe! Quandk ao resto... beijinhos

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  2. Lindo comentário o do Joaquim Ramos, gostei! 😊

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