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sábado, 8 de agosto de 2015

"O Diário de Helga" de Helga Weiss

Nunca estamos preparados para certas leituras e nunca é demais ler sobre alguns assuntos. Com um tema como o Holocausto é assim que penso e sinto. Quando os relatos se fazem na primeira pessoa e se tratam de experiências reais, vividas pelos autores, nunca se está preparado e nunca é demais. Nem se consegue traduzir por meras palavras o que se acabou de ler porque é de toda uma vida que se trata que se viu envolvida e rodeada por tantos horrores...

Helga Weiss começa a escrever o seu diário com oito anos, em 1938. Vivia em Praga e era judia. Mais tarde, com a invasão nazi é deportada juntamente com a sua família para a cidade de Terezín, para o campo de concentração de Theresienstadt, que foi criado pelos alemães para ser mostrado como sendo um campo-modelo e que mais não era do que um local de passagem para Auschwitz. Perder aos poucos a dignidade, ver quem está ao seu redor ser humilhado e maltratado, foi só o começo. Enquando aí permaneceu foi relatando os seus dias. Trabalho intenso, fome constante e doenças. E a incerteza do amanhã sempre presente.

Mais tarde é transferida para Auschwitz e o seu diário fica escondido entre as paredes de Terezin. Se achava que tinha conhecido o horror em Terezín, estava enganada. Tudo o resto escreveu depois da guerra ter terminado já com 15 e poucos anos. Sobreviveu. Ler a entrevista que finaliza o livro foi também muito impressionante para mim. A sua força de viver manteve-a sempre alerta. As dificuldades que lhe sucederam no pós-guerra davam outro livro, também ele certamente de leitura ávida como este livro que Helga nos deixou.

LEIAM!

Terminado em 5 de Agosto de 2015

Estrelas: 6*

Sinopse

Em 1938, quando começa a escrever o seu diário, Helga tem oito anos. Juntamente com o pai, a mãe e os 45 000 judeus que vivem em Praga, sofre com a invasão e o regime nazi: o pai é impedido de trabalhar, as escolas estão-lhe vedadas, eles veem-se confinados ao seu apartamento. Depois têm início as deportações, e os seus amigos e familiares começam a desaparecer.
Em 1941, Helga e os pais são enviados para o campo de concentração de Terezín, onde vivem durante três anos. Helga regista o seu dia a dia — as condições duras, as doenças e o sofrimento, bem como os momentos de amizade, criatividade e esperança —, até que, em 1944, são enviados para Auschwitz. Helga deixa o diário com o tio que o esconde no interior de uma parede, para o preservar.
Do pai, nunca mais recebem notícias mas, milagrosamente, Helga e a mãe sobrevivem aos horrores de Auschwitz e aos penosos transportes dos últimos dias da guerra, conseguindo regressar a Praga. No momento em que regista as suas experiências desde Terezín, Helga tem quinze anos e meio. Faz parte do grupo muito reduzido de judeus checos que sobreviveu.
Reconstruído a partir dos cadernos originais, recuperados mais tarde de Terezín, e das páginas soltas nas quais Helga escreveu depois da guerra, o diário é aqui apresentado na íntegra, acompanhado por uma entrevista com Helga e ilustrado com os desenhos que fez durante o tempo que passou em Terezín. O Diário de Helga é, assim, um dos testemunhos mais vívidos e abrangentes escritos durante o Holocausto.

4 comentários:

  1. Vou ler sem dúvida! Um dos meus temas preferidos e depois de ler a tua opinião mais vonade tenho de o ler!
    Beijocas
    Teresa Carvalho

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  2. Já estava na lista e agora ainda fiquei com mais vontade de o ler!

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    Respostas
    1. Se gostas do tema, Celina, não percas pq vale a pena mesmo!

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