Ainda bem pequena, fui desafiada com os outros alunos da classe a escrever e confeccionar um livro para a Mostra Cultural da escola. Lembro-me de senti-me muito animada com a tarefa, mas também um pouco preocupada por não saber sobre o que escrever. Utilizei, então, o que adorava na época: animais. E criei uma fábula de uma leoa de circo e seu domador.
“A Leoa do Circo”, foi uma das maiores satisfações por algo que já construí, pois, além de escrever a pequena história, também pude ajudar a confeccionar o livro. Hoje, não tenho muita certeza se ainda possuo-o guardado, até porque muitos anos se passaram, mas guardo-o na memória com muito carinho, pois foi a partir dele que comecei a escrever.
Anos se passaram e eu já não imaginava tantos reinos encantados, mas parti para escrita de pequenos poemas românticos. Fiz das minhas agendas fieis companheiras e lá guardava cada uma das minhas singelas criações. Ainda hoje, um parente ou outro comenta que possui guardado um dos meus pequenos poemas, com que eu adorava presenteá-los.
Algo muito marcante foi o elogio da minha prima, poetisa com vários livros publicados, Lúcia Helena Corrêa. Ela foi a primeira a ver talento em algo tão simples e suas palavras e incentivo estão guardados no meu coração para sempre.
Saindo da adolescência e entrando na vida adulta, embora tenha me distanciado um pouco da escrita, permaneci imaginativa, até o momento em que, ao ler um livro de uma brasileira, senti que era o momento de pôr uma das minhas histórias no papel e assim nasceu “Nunca me Esqueça”.
Meu primeiro romance, Nunca me Esqueça, foi um desafio a ser vencido por mim, pois apenas sonhara em ser escritora profissional. Pensei que publicar seria muito difícil, que talvez nenhuma editora se interessasse por meu original, mas fui surpreendida com várias respostas positivas.
Hoje, Nunca me Esqueça está disponível no Brasil e em Portugal em formato físico e digital e representa um sonho realizado e primeiro degrau da minha carreira de escritora.
Lara Corrêa
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