A escrita da autora é simples, escorreita e a história fica-nos na pele. Ou melhor, no coração. Meninas (os), se gostam de um romance que vos emocione, mas que lêem com um enorme prazer, então este é o livro certo. Não consegui suster as lágrimas, nem tão pouco me incomodei com isso.
Para além da tragédia que é perder alguém muito querido, este livro fala-nos, sobretudo, de sentimentos que hoje são algo difíceis de encontrar logo à partida quando duas pessoas se conhecem. O conselho "Não fales com estranhos" ou "Desconfia de quem não conheces" tem, infelizmente, razão de ser, o que leva a que algumas atitudes realizadas por pessoas de bem não sejam corretamente interpretadas.
Julie tem um trabalho que não gosta, mal pago e é assediada pelo patrão. Tem bom remédio, dizem vocês? Mas é mãe solteira e Lulu, seu filho está em primeiro lugar. Paul, com idade para ser seu pai, conhece-a no seu local de trabalho e faz-lhe um convite. Com que intenções? Deverá Julie desconfiar?
Amor, perda, amizade, recomeço, saber recomeçar... Uma história que se lê num ápice, que nos encanta mas que nos marca também. Gostei muito e surpreendeu-me deveras.
Estrelas: 5*
Sinopse
Das lágrimas ao riso, um romance que nos faz regressar à essência da vida.
Há muito que Julie deixou de sonhar. Caixa num supermercado, mãe solteira, aos 20 anos passa os seus dias num trabalho mal pago à mercê de um patrão abusador. Não tem escolha: para dar o melhor que pode ao filho de três anos, Lulu, que é a luz dos seus olhos, a caixa Julie encaixa tudo isto e mais, se preciso for.
Mas um dia, o seu destino cruza-se com o de Paul, um cliente sexagenário que fala com ela, se comove com a sua situação e lhe estende a mão. Aos seus olhos, Julie não é uma mulher invisível, um robô que debita frases e suscita indiferença ou desprezo, mas uma mulher inteira, interessante, respeitável e respeitada. É este homem que, comovido com a sua história, a convida a ela e a Lulu para se juntarem a ele e ao seu filho Jérôme na sua casa de praia, na Bretanha. Magoada e abandonada pelo pai e por todos os homens que passaram pela sua vida, Julie desconfia de tanta generosidade. Mas por Lulu, para que o seu menino veja o mar e faça castelos de areia, ela acaba por aceitar…
Será que a felicidade encontrou finalmente o caminho da vida de Julie? Ou estará o destino apenas a preparar-se para lhe puxar o tapete – outra vez?
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