Há ... um destino?
Um sítio onde chegar?
E se sim, o que podemos levar connosco?
A saudade... dos entes queridos... e ... pouco mais.
Talvez imagens.
Do que vimos e mais nos marcou.
São recordações que, na maior parte dos casos, nos traz à tona ... memórias.
Recordações.
Emoções!
Eis a palavra chave onde eu queria chegar...
... emoção.
Um livro pode ser técnico. Ou pode ser uma compilação de poesias. Um estudo. Uma crónica. Ou uma história. Ou muitas outras coisas, mas...
Se for uma história, quanto a mim, que possa ser vivida.
Não lida apenas... que por vezes ler exige esforço mas, principalmente, vivida!
Gosto de ler um livro em que eu vista a pele de um dos personagens e, como ele,
... eu passe por mil e uma peripécias. Eu ame, sofra, sangre, desespere e, sempre em ânsias por virar a página seguinte e saber onde estou agora. O que vou fazer para me safar, ou para apanhar o mau da fita.
Que seja como um filme.
Daqueles que nos prende à cadeira.
Daqueles dos quais compramos o DVD, porque queremos que seja nosso para sempre.
Porque nos disse e transmitiu qualquer coisa de muito forte.
Porque nos fez viver,
Porque nos deu emoção!
E é de emoções que somos feitos, é a elas que reagimos e são elas que tantas das vezes nos fazem sentir gratos pela vida.
Em JAGUAR - disse quem leu - que se sentiu no livro, como num filme. Viu-se na selva pré-colombiana, enfrentado os Astecas ao lado de Cortés ou fugindo com os homens-jaguar por Londres ou pelo México, banido de uma vida normal e proscrito, na sua condição de "filho dos deuses".
Em "LINHAS INVISÍVEIS" - disse quem leu - que chorou e torceu pelo mau da fita. Que não teve a certeza até ao fim de quem o mau da fita seria. Que se vingou de coisas que vive no dia a dia. Que reviveu a sua própria juventude nos amores e desamores de David Hayes. Nas músicas "cantadas" no livro. Ou será um outro filme? Que matou por justiça. Que se surpreendeu ao deparar-se com a sua possível capacidade de atravessar uma linha que separa o seu lado bom, do seu lado mais negro.
Por vingança? Por justiça?
Por amor?
Se arrancar emoções assim a quem leu qualquer um dos meus dois livros - como muitos mo disseram -, então, vale a pena escrever histórias.
E sonhar.
É o que levamos daqui.
J.Pedro Baltasar
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