Como o nome indica o livro é sobre a história dos filhos de D. João I, Mestre de Avis e de D. Filipa de Lencastre, sendo a história narrada pela sua única filha a Infanta D. Isabel, que viria a ser Duquesa da Borgonha pelo seu casamento com Philippe III.
Uma Infanta culta que, por insistência de sua mãe, recebeu a mesma educação académica que os seus irmãos homens, o que lhe vira a ser extremamente útil ao longo da sua vida.
A Infanta partiu de Portugal mas nunca se desligou do seu país e da sua família tendo contribuído monetariamente e incentivado o seu irmão, o infante D. Henrique para que procurasse novas terras nomeadamente o reino de Preste João, que se acreditava ser fabulosamente rico, e assim trazer benefícios aos dois países.
Perseguiu até ao fim da sua vida o objectivo de trazer para Portugal os restos mortais do seu irmão, o infante D. Fernando, Infante Santo, cativo e morto no Norte de Africa, na sequência da infeliz campanha para tomar Tânger aos Mouros.
D. Isabel viria a ter também um papel importante em várias negociações diplomáticas entre Borgonha, França, Inglaterra. Essas negociações tinham sempre como objectivo final aumentar o poder da Borgonha.
Destroçada pelas infidelidades constantes do seu marido e pela morte dos seus dois primeiros filhos, centra a sua vida no único herdeiro, Carlos, e arquitecta alianças que faz e desfaz para lhe aumentar o poder e as terras no futuro. Isabel chega mesmo trair a sua linhagem materna Plantageneta, negociando e unindo o filho com uma princesa York, numa reviravolta estratégica desfavorecendo assim a sua família Lancaster.
Este livro fez-me recordar, com gosto, o tempo das descobertas Portuguesas, a guerra entre França e Inglaterra com o envolvimento de Joana d’Arc e o período da Guerra das Rosas em Inglaterra, período da Idade Média de que gosto muitíssimo.
Valeu a pena ler!
Marília Gonçalves
Obrigada Cris.
ResponderEliminar