Livro de poucas páginas mas com muitas camadas que me levaram a lê-lo mais devagar do que esperava. Não é uma leitura ligeira e faz-nos pensar bastante.
A narradora é cozinheira num cargueiro. Solitária, não se considerando uma cozinheira de mão cheia, sabe que, no entanto, cumpre as suas funções. Trabalha por cama e comida, não recebendo salário. Essa vida basta-lhe até que conhece uma mulher por quem se apaixona. Muda a sua vida, o amor inunda-lhe o corpo e as palavras. Mudam-se para Reiquiavique, onde Samsa arranja emprego.
O dia a dia traz a monotonia que Boulder tenta combater. Quando Samsa pretende ter um filho, a suas vidas sofrem alterações que a autora soube transpor com mestria para o papel. A entrada de um novo ser cria rotinas e desafios que Boulder não sabe superar. Será que o quer verdadeiramente?
Uma viagem ao interior de uma mulher, aos seus pensamentos e desejos e às suas resoluções ao verificar que se ia sentindo presa cada vez mais sem vontade própria que a satisfizesse.
Li com gosto mas não me satisfez na sua totalidade. Realidades diferentes que não me tocaram?
Terminado em 8 de Julho de 2025
Estrelas: 4*
Sinopse
A trabalhar como cozinheira num cargueiro, uma mulher conhece e
apaixona-se por outra mulher, Samsa, que lhe chama «Boulder». Quando
Samsa consegue um emprego em Reiquiavique e o casal decide mudar-se,
Samsa quer ter um filho. Tem quarenta anos e não pode deixar passar a
oportunidade. Boulder, menos entusiasmada, não sabe como dizer não e
vê-se arrastada para uma jornada difícil.
Enquanto assiste ao modo como a maternidade transforma Samsa numa
estranha, Boulder vê-se obrigada a organizar as suas prioridades. Pode o
anseio por liberdade superar o desejo por amor?
Cris
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