Livro rápido de se ler e que prende depressa o leitor porque logo no começo é largada uma bomba: "No verão de 1963 apaixonei-me e o meu pai afogou-se". Gosto quando o início tem o condão de nos agarrar e quando até nos é contada grande parte da história. Isto tem de ser feito com a sabedoria necessária para nos instigar a leitura. Foi o caso.
Um livro bom para se ler no verão, leve q.b., que nos conta a história de um adolescente de 16 anos e da sua família próxima, que decorre num verão em que vários acontecimentos se tornam impactantes para o seu crescimento e personalidade. Um verão de descobertas diversas que vão desde o amor até desilusões bem maiores. As tensões familiares sempre presentes.
Passado junto a uma região costeira, o mar está presente com a sua calmaria mas também revolto como só ele sabe ser.
Gostei bastante deste romance breve mas com uma forte intensidade no que concerne aos sentimentos do personagem principal, Michael, que nos faz lembrar como tudo na adolescência pode tomar proporções maiores. Crescer, pode doer.
Terminado em 12 de Junho de 2025
Estrelas: 4*
Sinopse
Água Salgada é uma obra de rara inteligência narrativa, guiada por um instinto visceral que escava o coração da história para revelar uma beleza sem igual. Charles Simmons tece uma narrativa sublime sobre a descoberta do primeiro amor e mergulha no âmago da necessidade humana de ser desejado, explorando com sensibilidade os laços entre pai e filho e os desafios da adolescência, descrevendo uma corrente intensa de anseios, descobertas e desilusões.
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«No verão de 1963, apaixonei-me e o meu pai afogou-se.» Assim começa este romance inquietante. Numa ilha isolada ao largo da costa atlântica, Michael, de dezasseis anos, passa as férias como sempre, ao lado dos pais na sua magnífica casa de praia em Bone Point.
Mas este não será um verão como os outros. A chegada da enigmática Sra. Mertz — herdeira de uma linhagem russa — e da sua filha Zina, uma jovem de vinte anos vibrante e irresistivelmente sedutora, desencadeia um turbilhão de emoções.
Michael será levado aos limites do desejo, experimentando a doçura e a dor do primeiro amor, os segredos da vida adulta e as consequências irreversíveis das diferentes formas de afeto.
Entre descobertas e desilusões, este é o retrato delicado e devastador de um último verão de inocência, e o que poderia não ter passado de um amor de verão, toma um rumo inesperado.
Uma obra-prima literária com reminiscências de O Primeiro Amor de Turguénev e Werther de Goethe.
Cris
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