Li a sinopse e gostei, por isso quis ler este livro. Agora que o terminei sei bem que partes gostei e aquelas que achei desnecessárias porque me fizeram perder o fia à meada. Creio que a autora se perdeu em divagações que quase me fizeram quase desistir de o ler e que não achei pertinentes para a história em si.
Tirando essas, talvez umas 30/40 páginas, e analisando o cômputo final achei muito interessante como a autora narra esta história, de como aborda um tema tão pesado, a finitude de quem sabe que o fim está próximo e aguarda em sofrimento a própria morte. E, também, de como se torna difícil para quem está próximo agir e comportar-se da "melhor" maneira.
Duas amigas, uma com uma doença em estado terminal, após demorada conversa, decidem passar juntas os dias que ainda possuem. Sendo que a intenção de uma delas é pôr termo à vida para o que necessita de ajuda da outra, a narradora. São as personagens centrais do enredo
Todos os sentimentos envolvidos, de parte a parte, estão rigorosamente colocados no papel com mestria. A narradora questiona-se frequentemente como agir, o que falar, e vai recordando pequenos episódios passados. E neste processo há uma amizade que se fortalece e risos, muitos risos, também os há, surpreendentemente.
Gostei do final. Que final seria possível sem ser o previsível? Este.
Não se lê este livro com um sentimento de opressão e isso agradou-me muito.
Terminado em 30 de Junho de 2025
Estrelas: 4*
Sinopse
Todo o ser humano tem necessidade de falar sobre si e de ser ouvido.
É com esta convicção que a mulher que aqui nos narra olha em redor, presta atenção às histórias das pessoas e se questiona sobre as suas dores.
Quando toma conhecimento de que uma amiga que não vê há longos anos está internada com um cancro terminal, visita-a e aceita partilhar casa com ela e acompanhá-la até ao fim.
Conversam, riem, leem, veem filmes, recordam a juventude e as relações mais ou menos complicadas dos seus passados, produzindo uma reflexão comovente, polvilhada de humor e de crítica social, sobre o nosso tempo e o absurdo da vida e da morte.
Qual É o Teu Tormento é um texto extraordinário de homenagem ao poder da empatia e do companheirismo.
Cris
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