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quarta-feira, 4 de dezembro de 2024

"Solitária" de Eliana Alves Cruz

Constituída maioritariamente por dois narradores, esta obra conquista facilmente o
leitor. A história prende rapidamente e decorre num país de múltiplos contrastes e diferenças sociais e económicas, o Brasil.

A escrita é simples, a trama cunhada de um realismo que sabemos verdadeiro. Mãe e filha disputam a oralidade nos capítulos curtos, como se estivessem a falar para o leitor. Narradoras com um percurso de vida duro e esse facto transborda nas suas palavras e na realidade que descrevem.

No final somos surpreendidos com outro narrador e o título do livro, que no decorrer da leitura vai fazendo sentido, percebemos que está em sintonia com a história e não podia ter sido melhor escolhido!

Gostei muito e recomendo! 
 
Terminado em 28 de Setembro de 2024

Estrelas: 6*

Sinopse

Solitária é superação.

É esperança.

Quantas prisões existem em cada um de nós? E de quantas ainda tem o mundo de se libertar? «Eu e mamãe continuávamos ali, na gaiola dourada do edifício Golden Plate.

Éramos pássaros dentro de um viveiro luxuoso, mas uma jaula deixa de ser a vilã da liberdade só porque é pintada de dourado? Tínhamos asas condicionadas que vez ou outra nos levavam para outros pousos: nossa casinha no subúrbio distante ou para algum outro lugar, mas o retorno ao ‘criadouro’ era certo.

«Não há paz enquanto se habita o tumultuado quarto de despejo — seja ele real, seja metafórico.
O silêncio da solitária é um estrondo, uma trovoada de desprezo que não para de soar na cabeça e na alma.
(…) Foi com a consciência muito atenta a esse fato que Mabel e Eunice finalmente me deixaram chegar em suas vidas.» 

Cris

1 comentário: