Este livro é especial. Senti isso logo no início e comentei com algumas amigas mas também lhes disse que tudo dependeria de como seria desenvolvida a história e como é que a autora conseguiria colocar um "ponto final" nela.
O tema que está subjacente a esta trama é um pouco tabu para todos nós porque não é fácil aceitar algo permanente, imutável e desconhecido: a morte. E quando a morte visita alguém em plena juventude ainda pior.
As palavras precisam de ser escolhidas com cuidado e delicadeza ao abordar esse monstro. E foram. Não é um livro lamechas e a personagem principal, também narradora na sua maior parte dos capítulos, Lenni, é uma jovem cheia de vida e de projectos, que revoluciona a vida de muita gente do hospital onde está internada. É, uma jovem cheia de vida, como referi. Só que possui uma doença terminal.
E, ao referir isto, vocês vão pensar que este livro não é para vocês porque é muito pesado! Enganam-se redondamente. O que mais me encantou foi a delicadeza das palavras encontradas, a beleza de uma história que tinha tudo para ser um drama pesadíssimo e não é. Lenni é uma menina de 17 anos que procura respostas e conhece Margot, de 83 anos, que tem toda uma vida já vivida para recordar. Unidas por uma amizade que as vai marcar a ambas, estas duas meninas/mulheres têm muito que aprender e ensinar uma com a outra. O leitor, no meio, sentirá um misto de emoções, às vezes contraditórias, que o inquietam muito mas que, espantosamente, também o acalmam!
Um título que tem tudo a ver, um final estrondosamente bonito, real e triste. Adorei!
Terminado em 23 de Agosto de 2021
Estrelas: 6*
Sinopse
LENNI TEM 17 ANOS E POUCO TEMPO DE VIDA.
MAS O ENCONTRO COM MARGOT, UM ESPÍRITO REBELDE COM 83, ESTÁ PRESTES A MUDAR TUDO NOS SEUS DIAS.
A vida é curta. Ninguém sabe isso melhor do que Lenni, de 17 anos, internada numa enfermaria para doentes terminais. Em breve, aprenderá que não é apenas o que se faz com a vida que importa - mas também como e com quem a partilhamos.
Contrariando as ordens do médico, Lenni começa a frequentar aulas de arte. É lá que conhece Margot, uma doente de outra enfermaria, com 83 anos e um espírito rebelde. O laço que se cria entre elas é instantâneo, ao perceberem que, somando as suas idades, viveram cem anos incríveis.
Para celebrar o seu século em comum, decidem pintar as histórias das suas vidas: de como é envelhecer e ser jovem, dar alegria, receber bondade, perder o amor ou encontrar a pessoa da nossa vida.
À medida que esta maravilhosa amizade se aprofunda, os dias de Lenni e Margot ganham cada vez mais luz, esperança e… vida.
Extraordinariamente espirituoso e cheio de ternura, Os Cem Anos de Lenni e Margot é um romance que nos relembra de que é feito, verdadeiramente, o admirável dom da vida. Uma história sobre a nossa capacidade infinita de criar amizade e amor, mesmo nos momentos mais difíceis - em que mais precisamos deles.
Cris
Uma leitura que me deixou muito curiosa. Interessante... :)
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Tens a doçura que ninguém domina
.
Beijo, e um excelente dia.