Tinha a opinião deste livro pronta e depois... puff! Aqueles contratempos informáticos que nos deixam aborrecidos tanto mais que a tinha feita logo que terminei e já não me lembro do que escrevi... Mas, aprender a relativizar é algo que esta época nos está a ensinar!
O essencial aqui vai: gostei muito. É uma história baseada em factos verídicos sobre uma jovem judia de 16 anos que sobrevive a Auschwitz e com 19 é levada para um campo de trabalho (gulag) na Sibéria, em Vorkuta, acusada de ter colaborado com os nazis e de "ter dormido com eles".
Sai de um horror para entrar noutro, igualmente terrível e onde permaneceu cerca de 10 anos. A sua força de vontade é algo verdadeiramente inspirador e impressionante.
Esta história faz-nos refletir sobre o que faríamos para sobreviver, até onde chegaríamos. Desta autora li "O Tatuador de Auschwitz", que recomendo de igual forma. Estes dois personagens (verídicos) tiveram contactos no campo de concentração e o destino quis que chegassem a salvar a vida um do outro. Bom, o destino não! A vontade destes dois seres impressionantes e com uma força tal que os fez sobreviver. Não convém esquecer que quem lá viveu, os prisioneiros, e que fez os possíveis por sobreviver, não foram os maus da História. Os maus eram outros.
Fazer por arranjar um trabalho onde conseguissem arranjar mais um pouco de comida não era crime. Crime era estar na posse da comida e não a fornecer.
Cilka teve direito à felicidade. Pagou-a bem caro. Depois de sobreviver a Auschwitz, ainda viveu muitos anos num gulag. Aqui não se matava por gás, como na maioria dos campos de Hitler. O frio, a fome e a exaustão substituíam-no na perfeição. Estaline ou Hitler, venha o diabo e escolha!
Um livro recomendadíssimo!
Terminado em Março de 2020
Estrelas: 6*
Sinopse
«É um privilégio trazer esta história de incrível coragem, paixão, e triunfo do espírito humano» - Heather MorrisA beleza salvou-lhe a vida - e condenou-a.
Em 1942, com apenas 16 anos, Cilka Klein é levada para o campo de concentração de Auschwitz-Birkenau. O comandante do campo, Johann Schwarzhuber, sente-se de imediato atraído pela beleza dos seus longos cabelos e decide separá-la das outras prisioneiras. Cilka depressa aprende que o poder pode ditar a sobrevivência.
Após a libertação, Cilka acaba por ser condenada pelos russos por ter colaborado com os nazis e é enviada para Vorkuta, um desolado e horrendo campo de trabalhos forçados na Sibéria, no Círculo Polar Ártico.
Inocente, mas de novo prisioneira, Cilka enfrenta novos desafios, igualmente aterradores, numa batalha diária pela sobrevivência. Trava amizade com uma médica de Vorkuta e aprende a cuidar dos prisioneiros doentes esforçando-se para tratar deles, sob condições inimagináveis. Mas é ao cuidar de um homem chamado Aleksandr que Cilka descobre que, apesar de tudo, ainda há espaço no seu coração para o amor.
Baseado em factos conhecidos sobre o período em que Cilka Klein esteve detida em Auschwitz e nos testemunhos de prisioneiras nos campos de trabalhos forçados na Sibéria, A Coragem de Cilka é a continuação da narrativa do bestseller internacional O Tatuador de Auschwitz. É uma obra de cortar o fôlego, uma poderosa homenagem ao triunfo da resiliência, um romance que nos leva às lágrimas. Mas é também uma história que nos deixa estarrecidos e encorajados pela feroz determinação de uma mulher que, contra todas as probabilidades, sobreviveu.
Cris
É sem dúvida uma publicação com uma boa sugestão! Obrigada
ResponderEliminar-
Primavera assombrada...
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Campos vazios em prosas floridas
Vai tudo ficar bem
Beijos e uma excelente tarde
Adoro leitura seja qual for. Coragem é o que precisamos, actualmente.
ResponderEliminarEstamos aqui :) http://dizmecomochegasteaqui.blogspot.com/
Bj
Adorava ler este livro.
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