
Que dizer deste livro? Fiquei um pouco sem palavras, tive de me sentar, depois da última folha para pôr em ordem os meus tumultuosos pensamentos!
O enredo, em certas partes, é um pouco previsível. Sentimos que as coisas vão correr de determinada forma. Não que o facto de alguns acontecimentos serem expectáveis faça esmorecer o apetite do leitor em continuar a leitura, não, de todo! É uma leitura que se faz rápida e sente-se uma empatia imediata com a personagem principal. Esse, em parte, foi um problema para mim. Faye tem um aspecto muito sombrio na sua personalidade que a faz agir de determinadas formas para conseguir os seus fins e não acredito que todos os meios justifiquem os fins... Sentimos empatia pelo seu lado de vítima mas ao mesmo tempo questionamos os seus valores morais. Será que a vingança é o motivo certo que deve impulsionar alguém para avançar com a sua vida e tentar vencer?
Faye é uma personagem que está muito bem caracterizada pois a autora soube, com mestria, desenvolver-lhe um carácter ambíguo, propício a discussão por parte dos leitores dado que as suas acções são extremas e passa de vítima a castigadora num abrir e fechar de olhos! Creio que esse aspecto dá uma boa discussão entre leitores...
Fiquei curiosa com os outros livros da autora. Ainda bem que a Feira do Livro de Lisboa se aproxima...
Terminado em 30 de Abril de 2019
Estrelas: 4*
Sinopse
Uma história dramática sobre fraude, redenção e vingança.
Aparentemente, Faye parece ter tudo. Um marido perfeito, uma filha que muito ama e um apartamento de luxo na melhor zona de Estocolmo. No entanto, algumas memórias sombrias da sua infância em Fjällbacka assombram-na e ela sente-se cada vez mais como se estivesse presa numa gaiola de ouro.
Antes de desistir de tudo pelo marido, Jack, era uma mulher forte e ambiciosa. Quando ele a engana, o mundo de Faye desmorona-se e ela tudo perde, ficando completamente devastada. É então que decide retaliar e levar a cabo uma cruel vingança…
Uma Gaiola de Ouro é um romance destemido sobre uma mulher que foi usada e traída, até tomar conta do próprio destino.
Cris
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