Desta vez comecei a ler a “Sentinela” com alguma desconfiança, porque sabia ser muito diferente de todos os outros e porque tinha tido uma opinião desfavorável de alguém muito próximo.
No entanto a minha opinião foi diferente e posso dizer que gostei bastante deste livro.
Pensei que ia ler mais um livro policial, mas para mim foi muito mais que isso e foi esse facto que me agradou tanto.
O centro da história não foi, em minha opinião, colocado no caso de polícia mas sim nos aspectos psicológicos do inspector que investiga o crime e que nos é apresentado como uma pessoa complexa, com um passado aterrador que lhe vai provocar um Transtorno Dissociativo de Identidade criando nele um outro “Eu” que assume o comando em ocasiões críticas, (quando tentava proteger o seu irmão dos abusos do pai ou quando em adulto tenta resolver os crimes que lhe são distribuídos).
Se foi, complicado ler algumas partes pelas cenas de violência psicológica e física a que os personagens principais são sujeitos e os relatos de maus tratos que fazem com que o irmão mais velho se sinta o responsável pela sobrevivência do mais novo, foi também gratificante sentir a união indestrutível dos dois irmãos ao logo da história, união que se vai manter para sempre, uma ligação feita da necessidade de se protegerem do perigo, feita de cumplicidade e de amor fraternal.
…não faço um resumo da história, nunca gostei de resumos, apenas dou a minha opinião deixando que sintam vontade de ler o Livro.
Marília Leonardo G.
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