Estava à espera que uma palavra, um adjectivo, me viesse à cabeça mal acabasse este livro mas... Nada! Fiquei a pensar nos pormenores (tantos!) que me preencheram a visão aquando desta leitura.
Gostei muito mesmo! O narrador, o personagem principal, relata-nos um acontecimento que, aos 13 anos, mudou a sua vida para sempre: a bárbara agressão e violação de sua mãe e as consequências que isso veio trazer tanto para si como para a sua família mais chegada e amigos.
Para além da abordagem psicológica bem conseguida com todas as especificidades que caracterizam tanto a vítima como os seus familiares, vamo-nos apercebendo de alguns comportamentos, costumes e hábitos de quem pertence e vive numa reserva índia. Com todos os condicionalismos perante a lei que isso acarreta. E esse facto choca-nos e, em simultâneo prende-nos à narrativa.
Com mistério e crimes q.b., esta obra fala-nos sobretudo do amor que une uma família, de como ele fica fragilizado quando algo interfere e quebra esses fortes laços mas, fala-nos, de igual modo, de como se sobrevive ao ódio, ao rancor e ao ressentimento. E de como uma decisão tomada com base nesses sentimentos muda o sentido e o trajecto de uma vida...
Terminado em 8 de Outubro de 2013
Estrelas: 5*
Sinopse
A Casa Redonda é um romance brilhante, uma obra-prima da ficção literária. Vencedor do National Book Award de 2012 e eleito um dos melhores romances do ano por diversas publicações, este livro fala de sentimentos poderosos e lança nova luz sobre a maneira como a maturidade pode alterar a relação entre pais e filhos.
Erdrich aborda o amor, o ressentimento, a necessidade e as obrigações que unem as famílias. A autora abarca neste livro o trágico, o cómico, um mundo espiritual bem presente nas vidas das suas personagens tão humanas, e uma história sobre um caso de injustiça que, infelizmente, é um reflexo do que acontece hoje no nosso mundo.
Sem comentários:
Enviar um comentário