Edição/reimpressão: 2012
Páginas: 320
Editor: Casa das Letras
ISBN: 9789724620961
Sabem aquele livro que precisamos ter na prateleira?
Pois é, este é um deles! Infelizmente este foi-me emprestado por uma amiga que, quase todos os dias logo de manhã, caminha (como eu!), para um ginásio com um livro debaixo do braço. Por isso, vou ter de o arranjar porque as minhas prateleiras chamam por ele!
Surpreendeu-me deveras esta leitura! Foi o primeiro livro que li deste escritor, embora cá tenha em casa o "Quando Lisboa tremeu", que já me disseram ser muito bom e "Enquanto Salazar dormia".
Como explicar-vos o que senti ao lê-lo? Domingos Amaral tem uma escrita que nos apaixona; nada complicada; chamando as coisas pelos nomes sem chocar; analisando, sob o ponto de vista do narrador, os seus pensamentos bem como o das mulheres que o rodeiam; com um humor que nos coloca um sorriso aberto e interior. Senti necessidade de voltar a trás e reler algumas frases porque achei por demais cómico algumas situações...
Um romance completo. Tem de tudo: amor, mistério, crimes e factos históricos verídicos que nos situam nos meses seguintes a Abril de 75 com uma análise sumária do que foram esses tempos conturbados sem cansar nem maçar o leitor.
Um livro cheio de imaginação, criatividade e humor onde a resolução do mistério permanece até ao fim. O facto de ser escrito na primeira pessoa, torna o narrador como que "nosso" e sentimos de imediato empatia pelos seus sentimentos, dúvidas e até conquistas. As personagens femininas que giram à sua volta são, aparentemente, portadoras da resolução do mistério. Um livro que tem tanto de romance como de policial e que vai agradar aos apreciadores dos dois géneros literários.
Nota máxima para este escritor! Aconselho vivamente!
Terminado em 29 de Setembro de 2012
Estrelas: 6*
Sinopse
Em 1975, no auge do Verão Quente, com Portugal à beira de uma guerra civil, Julieta é encontrada inanimada e cega, depois de cair pela escada, na sua casa de família na Arrábida. E, num dos quartos do primeiro andar, são descobertos, já mortos, o seu marido, Miguel, e a sua irmã, Madalena. Seminus e ambos atingidos com duas balas junto ao coração, as suas mortes levam o tribunal a condenar Julieta pelo duplo homicídio. Vinte e oito anos depois, em 2003, a cegueira traumática de Julieta desaparece e ela volta a ver. Começa também a recordar-se de muitos pormenores daquela tarde trágica em que aconteceu o crime, e em conjunto com Redonda, a sua bonita filha, e o narrador da história, vão tentar reconstituir e desvendar o terrível segredo da Arrábida, que destrui aquela família para sempre. Quem matou Miguel e Madalena e porquê? Será que eles eram mesmo amantes, como a polícia suspeitou? Será que Julieta descobriu a traição infiel do marido e da irmã? Ou será Álvaro, exmarido de Madalena e um dos «Capitães de abril», o mandante daquele crime?
Não conheço nada do autor, mas parece-me bem interessante. Fiquei curiosa.
ResponderEliminarGosto mesmo muito Arttemizza!
ResponderEliminarÉ um livrinho que quero ler em breve. De Domingos Amaral li Precisamente "Quando Lisboa Tremeu" e "Enquanto Salazar Dormia" e gostei bastante (principalmente do Primeiro.
ResponderEliminarExcelente escolha.
Boas Leituras.
Nuno achei a leitura muito cativante
ResponderEliminarGizela Mota
ResponderEliminarTambém adorei este. Experimenta também o livro "Quando lisboa tremeu"- a história romanceada do terramoto de Lisboa. O autor tem a mestria de referir fatos verídicos num romance ficional, de modo tão envolvente, que nem sabemos onde acaba a fição e começa a realidade.