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quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Novidades Papiro Editora

Os Contos da Raia são pequenas histórias romanceadas que acontecem,  temporalmente, entre os anos 70 e os dias de hoje e, espacialmente, em  toda a zona ribeirinha de Melgaço, Serra da Peneda e de Barroso,  termas do Peso e Galiza. À volta das tradições e crenças do povo dessa região, o leitor deparar-se-á com possessões demoníacas, bruxedos, ciganas adivinhas, contrabando, vacas de olhar lânguido, casamentos pouco sustentáveis e amores fatais. Se alguns contos são sátiras que provocam facilmente o riso, outros são episódios pungentes, de um romantismo clássico, que convidam à lágrima.
Em Contos da Raia o leitor encontrará as mais deliciosas fábulas e lendas, as mais caricatas personagens humanas e animais e peculiaridades linguísticas e etnográficas essenciais ao património imaterial deste povo raiano. Tudo isto embrulhado pelas mais belas descrições da deslumbrante paisagem minhota.
Contos da Raia é um documento de incomensurável valor cultural.


Do Éden ao Inferno: por entre páginas e parábolas, Ângelo Santos enuncia um conjunto de episódios ficcionais que, pela sua violência, poderiam tornar-se argumentos de filme. No entanto, muitos destes episódios repetem-se quotidianamente e apenas se altera a identidade de um agressor impune, as vítimas permanecem as mesmas.
Qual o fundamento de tanto ódio? Por que motivo Deus não intervém nessas alturas, se é omnipresente e omnipotente?
Respondendo a estas e outras questões, o presente livro tenta diluir desalentos e constitui-se como mensagem de fé, compreensão e perseverança.

Na Calada da Noite, primeiro romance de Elisa Vila Nova, oferece-nos uma subtil análise do Portugal continental e colonial do século XX nas vivências da protagonista, Sónia, e outras personagens ocasionais. Acontecimentos marcantes do século passado são, aqui, narrados de forma poética e intimista e entrecruzados com uma comovente história de amor transversal. Em suas reflexões oportunas para o contraponto entre o passado histórico e o presente, a autora de Na Calada da Noite envolve o leitor e transforma-o em seu principal confidente.



O Livro dos Ecos
No final das suas anotações, Madalena escreveu: 
«E o fim da história é sempre um começo. Talvez a melhor forma de começar algo seja inventar-me como personagem. Eventualmente desdobrar-me. Posso ser todos numa história. Afinal os outros são pedaços de mim e eu sou reflexo de todos com quem me cruzo. A originalidade, se houver alguma, reside na arquitectura que elaboro. Agrada-me ter vários nomes e estados e géneros. Sentir a várias vozes… 
Não há recriação. Não vou contar a minha vida perspectivada por outros olhares. Vou antes dividir-me e deixar sair os outros de mim. Uns conheço bem, coabito pacífica e prazenteiramente com eles. Outros irrompem e espantam-me. Não sei quem são, mas estão lá. Abraço-os para não me assustarem. Sei o risco que corro: esquizofrenia absoluta. Mas não posso evitar o desafio, não posso proibir-me de ser todas as possibilidades. 
Não saio de mim nem fujo de mim. Apenas tenho a coragem de assumir que não tenho centro. Essa é a minha provável solidez. (…)»


O Livro de Deusar
A religião, refúgio do homem quando a ciência lhe falha, é seguramente a maior invenção da humanidade!
Leonardo tem dúvidas. Existirá alguém que as não tenha? Indigna-se também Leonardo, que é um direito que a todos assiste.
Mas as dúvidas e a indignação desta irreverente personagem não são suficientemente leves para que o vento lhas leve. Com o motivo de tanta dúvida e indignação no bolso – um velho livro de autoria desconhecida – Leonardo parte na busca de auxílio, que pensa vir a encontra junto de alguém que acredita ser quem melhor o poderá ajudar. Alguém que, aliás, há quem diga ser o filho do misterioso autor do livro.
 É no deserto que encontra esse alguém providencial, só, imundo e ascético talvez. Alguém que acabará por beber nas dúvidas e na indignação de Leonardo a inspiração para o seu projecto: “ (…) conquistar estas terras a este seu senhor derrotando-o e assim fazendo-o conhecer a humildade de vir aos homens, em vez de se impor do seu trono intocável, inexorável e solitário numa solidão que o torna desconfiado, injusto, bélico e vingativo”.


Reflexo de Emoções
Nos tempos que correm, a vida é muito stressante para todos os grupos etários. Quer adultos quer jovens são sujeitos a um quotidiano de grande exigência e dificuldades sendo ainda obrigados a uma vivência “em alta velocidade”. Quando as pessoas não têm uma estrutura psicológica forte, que lhes permita encarar e ultrapassar os obstáculos que vão encontrando, inicia-se um processo de negação em que não acreditam nas suas capacidades e acabam por cair na depressão, ou pior ainda. Os poemas e reflexões deste livro têm como finalidade dar força a cada pessoa fazendo-a acreditar em si própria, lembrando-lhe que cada um é o dono do seu destino.   


Esmeralda cor-de-rosa
Quem tem ideais na vida terá, certamente, um ou mais mentores que como faróis, lhe indicarão rumos certos de rota e escolhos a evitar. Raramente o mentor será um modelo de conduta tão abrangente que se ajuste a todas as facetas da vida. Assim podemos ter mentores no campo da vida familiar, da vocação profissional, da vida artística, da vida amorosa e até na vida religiosa.
O autor, Carlos Reys, adaptou um mentor ficcional, Guilherme Esteves, que o terá inspirado para a vida e que ele escolheu como personagem condutor de uma saga de pessoas que preenchem o tempo que vai do após a Primeira Guerra Mundial até aos nossos dias e cujas existências vão colorir uma cidade portuguesa, banhada por um rio que é fonte de sustento e de evasão de um Portugal oprimido até à libertação do 25 de Abril de 1974.Não sendo um livro histórico o retrato das personagens que o habitam é pelas suas características uma referência da sociedade média de Portugal do século XX.

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