Os navios de guerra americanos aportam aos cais japoneses desembarcando milhares de jovens homens.
A população tenta manter o distanciamento dos ocupantes preservando a sua identidade, tradições e cultura, evitando os contactos com os americanos.
É neste contexto que uma jovem japonesa e um militar americano se vão encontrar e apaixonar.
A história poderia reportar-nos a tantas outras com este mesmo mote, um amor impossível, no entanto, a autora leva-nos além do cliché mostrando-nos os costumes, a forma de agir e encarar a vida dos japoneses onde a honra da familia, (que cada membro deve preservar em prol de todos), é o mais importante mesmo que isso implique renunciar a quem se ama.
Um casamento com um estrangeiro e uma criança concebida em tais circunstâncias significava a vergonha e a perda da honra de toda a família. Os Japoneses criaram estratégias para se desembaraçarem destas mães grávidas e das suas crianças.
Também os Americanos não viam com bons olhos estas uniões, dificultando em tudo os pedidos de licenças de casamento e embarque para os Estados Unidos destes casais.
Inevitavelmente as raparigas ficavam para trás, no Japão, e os seus homens refaziam as suas vidas no seu pais de origem.
É a filha de um antigo militar americano que nos conta esta história, descoberta depois da morte do seu pai. Os contornos obscuros e contrários a tudo o que acredita ter sido o carácter do seu pai leva-a partir em busca da verdade e de uma possível irmã.
Marília Gonçalves
Um livro interessante!:)
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Se o mundo rodasse numa esfera colorida
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Beijo e um excelente dia