Laura Messina conseguiu abordar um tema difícil, tabu para muitos, com uma delicadeza aparentemente frágil, mas que seduz o leitor pela capacidade de considerar que o que está a ler é realmente especial. A morte, a saudade que deixa, as palavras que não se disseram mas que atormentam o coração de quem fica. No meio de um jardim, a muitas horas de Tóquio, existe uma cabine telefónica desactivada que estaria cheia de palavras, de mensagens se os que a frequentam não achassem que alguém as recebe, nesse sítio para onde se vai quando se deixa a mãe Terra.
Quem lá vai, fala. Aquilo que não disse, porque às vezes, quando temos as pessoas connosco achamos que não são precisas palavras mas quando já não estão presentes essas palavras ficam entaladas e querem sair. E essa cabine tem a capacidade de levar essas mensagens àqueles que aqui não estão. É o Telefone do Vento.
Uma história que nos mostra que a vida nos pode dar momentos felizes mesmo após grandes perdas.
Terminado em 27 de Janeiro de 2021
Estrelas: 6*
Sinopse
No jardim Bell Gardia, no lado íngreme de Kujira-yama, a Montanha da Baleia, há uma cabine cujo telefone que repousa dentro não funciona. É através dele que milhares de pessoas falam com aqueles que já partiram. Ao saber deste lugar, Yui, uma jovem de trinta anos, vai até Bell Gardia, onde conhece Takeshi e a filha de quatro anos que perdeu a voz no dia em que a mãe morreu. Mas um furacão ameaça destruir este jardim precioso e Yui decide enfrentar o vento.
Um livro sobre a perda e tudo o que fica por dizer.
Cris
Interessante!!
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Já anseio por uma nova Primavera
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Beijo e uma excelente noite! :)
Muito atrativo. Obrigada
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