Condenada à Morte
de Antonella Napoli
Por sua causa, o mundo susteve a respiração. Por sua causa, o mundo mobilizou-se. Quem é esta mulher que juntou num coro de protestos e indignação o Papa Francisco, Michelle Obama e milhões de pessoas anónimas nos cinco continentes? Chama-se Meriam Ibrahim e nasceu no Sudão em 1987. A sua história deu origem a “Condenada à Morte”, escrita pela jornalista e escritora italiana Antonella Napoli, que criou o movimento #SaveMeriam para dar a conhecer o caso.
Abandonada pelo pai muçulmano, Meriam foi criada no seio da fé cristã da sua mãe. Licenciou-se em Medicina e, mais tarde, casou com Daniel, também ele cristão. Meriam nunca se considerou muçulmana. Mas, em 2013, um parente não pensou da mesma maneira e acusou-a de adultério com o argumento de que a lei islâmica não reconhece o casamento entre mulheres muçulmanas e homens cristãos.
Grávida e com um filho pequeno nos braços, Meriam foi presa e chicoteada cem vezes. Nem mesmo a sua condição impediu que os maus-tratos continuassem e, no oitavo mês da gravidez, deu à luz acorrentada. Entre as paredes da prisão e em condições desumanas, nasceu Maya, a sua linda filha. Seria de esperar que tamanha crueldade quebrasse o espírito de Meriam. Mas ela não cedeu. Não renunciou à sua fé. Como castigo, os seus carrascos condenaram-na à morte.
A indignação do mundo fez-se ouvir como nunca antes. De tal forma que Meriam foi libertada em 2014. Atualmente vive nos Estados Unidos com o marido e os dois filhos. “Condenada à Morte” é a sua história, contada pela jornalista e escritora italiana que criou o movimento #SaveMeriam (http://savemeriam.org), onde o seu caso foi divulgado ao Mundo.
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