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domingo, 21 de julho de 2013
Ao Domingo com... Catarina Ferreira
Chamo-me Catarina Ferreira, tenho 22 anos e sou de Vila Nova de Gaia.
Ao longo da minha adolescência, escrever era uma necessidade. Quando escrevia somente para mim, nunca para ninguém ver. Algo íntimo, e quando escrevia no meu diário sentia-me livre. Acontecia o mesmo quando lia um livro.
Tenho o hábito de dividir a minha vida por fases, e numa delas, escrever e ler simplesmente não se enquadravam. O que, claro, não foi uma das melhores jornadas da minha vida. Por vezes sentia-me vazia.
Mas tudo mudou quando me impeliram para ler o “Crepúsculo” de Stephenie Meyer. Fui assaltada por uma mistura de emoções. Sempre que mudava de capítulo perguntava-me porquê é que eu parei de ler? A paixão pela leitura refloresceu e fui inspirada por autoras como Madeline Hunter, Sherrilyn Kenyon, Lauren Conrad, Kami Garcia e Margareth Stohl, L.J. Smith e Alyson Nöel.
Quando leio um livro perco-me no turbilhão de emoções que sinto e gostaria de poder provocar o mesmo em alguém. Fazer sorrir, chorar, surpreender com o poder das palavras. Mas escrever um livro? Isso nunca me passou pela cabeça.
Até que numa noite, estava no computador a refletir sobre a minha vida. Comecei a escrever sobre uma rapariga de 19 anos que fez escolhas erradas e perdeu-se no seu caminho. Sem objetivos e sonhos, mudou o seu rumo de vida. É através da amizade e amor que volta a
acreditar em si e aventura-se a viver novamente. É um romance que faz viajar até ao tempo dos primeiros passos como jovem adulto. As grandes decisões que decidem o rumo da nossa vida.
Posso dizer que aconteceu, nada foi forçado nem tive bloqueios. Como se tivesse sido atingida por um relâmpago.
Precisava de uma opinião e pedi à minha cunhada para o ler, sem saber que era eu pois não queria que dissesse aquilo que eu queria ouvir. Quando lhe contei, foi ela que me fez acreditar que, afinal, os sonhos podem realizar-se e encorajou-me a enviá-lo para editoras. Foi o que eu fiz. Enviei para duas editoras e ambas aceitaram. A minha felicidade durou 5 segundos, pois o orçamento era elevado, para mim neste momento, e tive de recusar.
Estranho, não é? Desejar que seja aceite e quando finalmente acontece sou eu a recusar.
Sem deitar a toalha para o chão, decidi procurar uma alternativa. Encontrei um artigo sobre auto publicação e decidi arriscar. Não importava em que formato iria ser publicado, só queria que a história de Samanta fosse lida.
Quando alguém lê a minha história e diz que se identifica com alguma das personagens sinto que a minha missão foi cumprida. Dediquei este livro a todos os que sofreram uma grande desilusão na vida, pois nem sempre o que desejamos ocorre da forma que nós queremos. E eu que o diga.
Felizmente não antevejo o meu futuro, mas estou de dedos cruzados para que esta aventura termine com um final feliz.
Obrigada pela oportunidade de me deixares ser ouvida, Cristina.
http://cat-ferreira.blogspot.com
Catarina Ferreira
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