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terça-feira, 6 de março de 2012

A convidada escolhe: A ponte invisível



Um livro que dei nota 6*. Sem mais palavras, a minha opinião aqui.

"Não pensei duas vezes para começar a ler este livro. Na opinião da nossa Cris, as 792 páginas poderiam ser mais… Partilho inteiramente, cada capítulo surpreende mais que o anterior!

Gosto de ler livros sobre a Segunda Guerra, porque nunca é demais relembrar os horrores que passaram os judeus nesse período tão negro da nossa História. Mas, neste livro, eles são relatados de uma forma “simples”, sem exageros dramáticos, sendo a melhor palavra para o descrever: elegante!

O percurso de uma família e dos seus amigos pelos anos atrozes da guerra, sempre acompanhados do amor e carinho que os unia e, não menos importante, da Fé que os levaria a bom porto… recordo aqui as palavras do pai de Andras: “Deus exige mais àqueles que mais ama”… As vicissitudes porque passaram todos os membros desta família são incontáveis, mas em todas elas, se sente que o amor verdadeiro ajuda a tudo ultrapassar! Comoveu-me que Andras pensasse ser egoísmo receber uma bolsa que o levou até Paris! Onde chega o desejo de tudo partilhar com quem amamos…

É este sentimento que trespassa cada página deste livro. Quando pensamos ser impossível mais desaires, aí vem mais outro pior que o anterior. Terão fim?

Pensei muitas vezes o porquê do título – A Ponte Invisível – e, para mim, esta ponte foi a forte e indestrutível união dos membros desta família que os ajudou a sobreviver aos mais pesados trabalhos/castigos, a que alguns foram sujeitos. Com eles, e os seus amigos, aprendemos a aceitar as especificidades de cada um…e tanto haveria para dizer! Deixo-o à vossa imaginação, quando mergulharem neste livro, que recomendo vivamente.

Ficou-me na memória uma frase de Andras sobre o ventre da sua amada Klara: “O berço dos meus filhos… o berço da minha felicidade…”

Não sei como classificar este livro! Apetece-me atribuir-lhe uma estrela por cada um dos judeus que a teve de ostentar nas suas roupas (muitas vezes, apenas farrapos) como sinal do apartheid de que foram alvo..."

Ana Bento

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