Gosta deste blog? Então siga-me...

Também estamos no Facebook e Twitter

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

A convidada escolhe: As serviçais

Este livro desespera na minha estante... Está por ler e chama-me constantemente. Será que é desta que vai para o início da pilha? Eis a opinião da Odete, que o adorou, como podem ver:

"Que dizer deste maravilhoso livro? Muita coisa podemos aprender desta história soberba contada através de 3 mulheres magnificas,Aibi­leen, Minny e Ske­e­ter. Fiquei muitas vezes com o coração cheio de tristeza e nem queria acreditar como é possível seres humanos terem tanta maldade perante outros só pelo facto de serem de raça diferente.

É um livro com sentido de humor, inteligente, muito tocante, profundo que nos fala sobre uma época e momento histórico no Mississípi, nos anos 60, na América.
Fala-nos sobre a segregação racial, um assunto bastante delicado que provocou muitos dramas horríveis e terríveis no relacionamento entre brancos e negros,
uma prática revoltante e injusta.

Sobre as personagens principais:
-Aibileen, criada negra de meia-idade, é um doce com as crianças, tem uma história trágica pois após criar 17 crianças brancas o seu único filho morre.
Mesmo assim não deixa de criar com todo o carinho e amor o bebé da sua patroa, ensinando-o e inculcando-lhe auto estima que a mãe não lhe dá.
Um excerto sobre Aibileen: "É o que adoro na Aibilleen, é capaz de pegar nas coisas mais complicadas e embrulhá-las de uma maneira tão pequena e simples que nos cabem no bolso."

-Minny, é a melhor amiga de Aibi­leen e também uma criada negra, mas que anda sempre a perder os empregos, pois ela tem uma língua afiada, é rebelde e revoltada pelo tratamento que a raça dela recebe.

-Skee­ter é uma jovem recém-licenciada que que se destaca tanto fisicamente como intelectualmente e em vez de casar como as amigas, como a sua mãe queria, prefere fazer algo contra o racismo e lutar contra a hipocrisia das amigas e daquela localidade - que preferem ajudar os negros em África do que aqueles
que vivem em bairros perto de si e trabalham nas suas próprias casas.

São estas três magnificas personagens que vão tentar mudar a sociedade racista, onde os negros eram vistos como seres inferiores, por isso não tinham direito às mesmas profissões dos brancos, trabalhavam em fábricas, nos campos de algodão ou como criadas e amas domésticas, e as crianças frequentavam escolas diferentes das dos brancos para não terem as mesmas oportunidade no futuro.

Apesar disso, como é óbvio, também existiam pessoas boas e que, como patrões ou patroas, tratavam bem os criados. E ainda havia outros que embora fossem bons, perante a sociedade se queriam estar integrados nela e no grupo de amigas, tinham que lhes fazer a vontade, e tornavam-se pessoas racistas sem no fundo o ser, só para serem aceites.

É um livro cheio de emoções fortes, dava por mim a torcer pelas personagens, ri em muitas partes, mas no final também chorei... foram muitos momentos tocantes repletos de afecto e de esperança.

Não referi mas o livro "Por Favor Não Matem a Cotovia" é citado várias vezes, achei isso bastante interessante. Não queria terminar a sua leitura pois consegue agarrar-nos em cada página de maneira a ficarmos colados. Adorei ler e acho que vou relê-lo um dia mais tarde porque vale a pena sem dúvida alguma.

Recomendo a todos!!!"

Odete  Silva

1 comentário:

  1. Eu comprei-o no fim de semana em Portugal! Será, de certeza, uma das minhas próximas leituras..

    ResponderEliminar