Sou uma leitora que gosta, maioritariamente, de livros que tenham “o pé no chão”, que nos contem histórias reais ou, se não reais pelo menos verosímeis. Então o que me faz gostar de um livro com uma premissa tão fora do comum? Tão irreal?
“Uma mulher é puxada da terra, viva, num jardim da localidade de Almofala, na fronteira entre Portugal e Espanha. Os únicos traços da sua origem são o sotaque brasileiro e um colar de búzios, mas quem a recebe parece aguardar-lhe há muito a chegada.” Aparecida, nome que lhe é atribuído, surge do nada. Nada se lembra, tudo tem de aprender. É recolhida por um casal e começa a viver uma vida nova sem passado. As marcas que traz no corpo denunciam uma morte violenta. O nada saber angustia-a.
Respondendo à pergunta que fiz no início: A escrita. Uma escrita que envolve, que encanta, que nos conduz por vias desconhecidas e que faz amar uma história onde uma mulher é desenterrada viva, vinda de, supostamente, terras brasileiras. Uma ressurecta. Uma imaginação prodigiosa, pontas que se vão colando, um puzzle que se vai construindo.
E, volto à escrita - Tão bonita! Frases em que apetece permanecer. ”Joana gostava de anoitecer na praia.” Pág 156.
Terminado em 31 de Janeiro de 2025
Estrelas: 6*
Sinopse
Na fronteira entre Portugal e Espanha, ela é desenterrada vida.
Tem sotaque brasileiro e um colar de búzios.
Só o tempo e o amor explicarão quem ela é.
Uma mulher é puxada da terra, viva, num jardim da localidade de Almofala, na fronteira entre Portugal e Espanha.
Os únicos traços da sua origem são o sotaque brasileiro e um colar de búzios, mas quem a recebe parece aguardar-lhe há muito a chegada.
Essa mulher sem identidade ou memória irá reconstruir a vida num lugar desconhecido, e Jorge será o homem que vai encontrar nela uma inesperada paixão.
Do outro lado do Atlântico, está Joana, o fantasma de um amor há muitos anos perdido por Miguel.
Quando estas quatro personagens se entrecruzam no tempo em busca de respostas às próprias angústias, revela-se uma trama fantástica de magia, ancestralidade e pertença.
Cris
Título muito interessante. Imagino ser um bom livro.
ResponderEliminarCumprimentos poéticos