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segunda-feira, 21 de novembro de 2022

"As Pequenas Virtudes" de Natalia Ginzburg

Como já tinha lido dois livros desta autora (opiniões aqui e aqui) e ela foca-se muito em retratos e acontecimentos da sua vida, foi delicioso ler estas "Pequenas Virtudes". Pequenos nadas, aqui e ali, fizeram todo o sentido para mim porque tinha conhecimento de acontecimentos da sua vida, por ter lido sobretudo o "Léxico Familiar" e consegui relacioná-los com estas crónicas tão assertivas e íntimas, que nos falam de si, da perda inevitável que a vida acarreta, mas também do seu crescimento inerente, do ofício da escrita, etc. 

Se em "Léxico Familiar" achei a escrita desprovida do "eu", quando relatava episódios ocorridos durante a sua vida, aqui o tom é mais a meu gosto, um pouco mais pessoal muito embora Annie não tropece nunca num tom lamechas que não lhe cairia bem! Mas os sentimentos e as emoções estão aqui mais  representados, facto que me fez gostar mais que o livro referido anteriormente.

Pequenas crónicas que gostei muitíssimo de ler. E olhem que textos pequenos não são a minha praia! Livro e autora abordados num clube de leitura o que enriquece e nos dá outras visões e outros sentires.

Terminado em 6  de Novembro de 2022

Estrelas: 5*

Sinopse 

Entre 1944 e 1962, Natalia Ginzburg escreveu um conjunto de onze ensaios de pendor autobiográfico. São textos essenciais, o legado de uma das mais importantes escritoras do século xx, que viveu retirada no campo com o marido durante o governo de Mussolini e nos anos 60 se deslocou para Londres.

Por eles, passam as suas impressões sobre a juventude e a idade adulta, as consequências da guerra, o medo, a pobreza e a solidão, as recordações de Cesare Pavese e a experiência de ser mãe e mulher quando se é escritora.

São páginas de uma perturbadora beleza, lúcidas, plenas de sabedoria, testemunho de uma escrita capaz de transformar objectos e experiências quotidianos em assuntos de grande significado sobre os quais o tempo parece não passar.

Cris

4 comentários: