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sexta-feira, 22 de julho de 2022

"Claraboia" de José Saramago

Apetece-me ler Saramago. Li "O Ensaio Sobre a Cegueira" e vi o filme tempos depois. Lembro mais do livro, de ter gostado daquele atropelo das palavras que me soube tão bem, de como essa forma de escrever me catapultou para a história com muita rapidez! Depois disso peguei em alguns (Caim, por exemplo) e larguei. Pode ser a que a altura seja esta...

Aconselharam-me "Claraboia" talvez por ser uma das suas primeiras obras e a forma típica da escrita do nobel não estar ainda aqui espelhada. Mas, sinceramente, não foi esse aspecto que me afastou das suas obras. Desde que a estória me cative, essa forma gulosa de escrever sem grandes sinais ortográficos não me perturba.

Nesse aspecto Claraboia é bem diferente, pois. Mas foi com muito prazer que iniciei esta caminhada por entre os tantos personagens de um prédio na zona de Lisboa. Com papel e lápis para ir apontando os laços de parentesco destas gentes tão sui generis e que  representam tão bem o Portugal salazarista, fechado em si mesmo e pouco aberto às novidades como foi o nosso país há alguns anos. Retrato perfeito de uma época, escrito por Saramago em 1953.

Gostei muito e vou continuar. "Todos os Nomes" ou "A Viagem do Elefante" -  será um destes o próximo.

Terminado em 8 de Julho de 2022

Estrelas: 5*

Sinopse

«Claraboia é a história de um prédio com seis inquilinos sucessivamente envolvidos num enredo. Acho que o livro não está mal construído. Enfim, é um livro também ingénuo, mas que, tanto quanto me recordo, tem coisas que já têm que ver com o meu modo de ser.»
José Saramago

Claraboia, cuja redação José Saramago terminou a 5 de janeiro de 1953, consiste num datiloscrito de 319 páginas, assinado com o pseudónimo de «Honorato». 

Cris

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