Este livro tem uma personagem fortíssima que nos marca de uma maneira determinante por ser completamente fora da caixa e não possuir um comportamento nada expectável para o estereótipo que possuímos de uma pediatra. Deixa-nos sem chão muitas vezes, desconstrói o que imaginamos saber sobre essa profissão, faz-nos rir amiúde! Adorei toda esta falta de carácter, de linguagem cáustica, mordaz e sarcástica.
Tudo o que é espectável ser ou fazer uma pediatra, Cecília não é, não faz. Uma personagem que nos obriga a gostar dela, pese embora seja ridiculamente cruel nas suas atitudes, deontologicamente pouco fiável no tratamento dos seus pacientes. Como é possível amarmos alguém que não é suposto conseguir a nossa admiração?
Respondendo à questão anterior: só alguém com muito talento nos fazia gostar desta personagem imprevisível, audaz e de mau carácter! Muitos parabéns Andrea Del Fuego! Criou uma personagem admirável!
Terminado em 13 de Junho de 2022
Estrelas: 5*
Sinopse
Cecília é o oposto do que
se imagina de uma pediatra – uma mulher sem espírito maternal, pouco
apreço por crianças e zero paciência para os pais e mães que as
acompanham. Porém a medicina era um caminho natural para ela, que seguiu
os passos do pai. Apesar de sua frieza com os pacientes, ela tem um
consultório bem-sucedido, mas aos poucos se vê perdendo lugar para um
pediatra humanista, que trabalha com doulas, parteiras e acompanha até
partos domiciliares. Mesmo a obstetra cesarista com quem Cecília sempre
colaborou agora parece preferi-lo.
Ela fará, então, um mergulho
investigativo na vida das mulheres que seguem o caminho do parto natural
e da medicina alternativa, práticas que despreza profundamente. Em
paralelo, vive uma relação com um homem casado, de cujo filho ela
acompanhou o nascimento como neonatologista. E é esse menino que irá
despertar sentimentos nunca antes experimentados pela pediatra.
Cris
Muito interessante. Obrigada.
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