Fiquei parada a experienciar várias emoções depois de ter terminado este
livro. Bonito? Tanto o quanto pode ser um livro que nos fala da doença, da morte iminente, da esperança frustrada de alguém que ainda é novo e que se vê com os dias reduzidos a uns poucos.
Mas, apesar do tema forte, achei-o tão bonito! Se não bonito, já que pode ferir susceptibilidades, pelo menos forte. Sem nos apelar à compaixão mas chamando pelos nomes tudo aquilo que uma pessoa passa quando se vê perante um prognóstico de finitude.
Duas estórias são-nos relatadas. Uma professora a quem lhe é detectado um cancro na mama e a história de amor de seus bisavós, Álvaro Amândio e Madalena Brízida, que ela, no decorrer da sua doença vai descobrindo através de uma centena de cartas que vai lendo.
E digo ela porque ja não recordo o nome desta personagem que em jeito de confidência vai falando de si e da descoberta da história de seus bisavós. É importante o seu nome? Não creio (tampouco sei se o foi referido na obra!). O tom é intimista. Em jeito de confidência, nalgumas partes, a narradora vai descobrindo os segredos que encerraram a relação dos seus bisavós e a forma como as atitudes de Madalena foram criticadas pela família.
Gostei muito da história em si e da escrita também. Cuidada sem ser pretensiosa, que se lê muito bem embora tenha ido procurar um ou dois termos ao dicionário, porque quando não sei nada é melhor... Achei engraçado como a autora colocou no meio da narrativa o nome dos seus anteriores livros, facto que pode passar despercebido a quem ainda não os leu. Há um que preciso com urgência de lhe pegar, o "Rua de Paris em Dia de Chuva".
Terminado em 22 de Marco de 2022
Estrelas: 5*
Sinopse
Obrigada pela partilha! :)
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A inocência, em voz sentida
Beijos. Boa tarde!
Muitas vezes, é nos momentos de maior provação que nos vamos descobrindo e aos outros.
ResponderEliminarParece interessante. Beijinhos
ResponderEliminarBoa noite